Como já falamos, o Festival Europalia.Brasil, aberto em 4 de outubro pelo Rei, pela Rainha da Bélgica e pela Presidenta Dilma no Palácio de Belas Artes de Bruxelas, contou com várias iniciativas, entre elas uma exposição de jóias escravas sob o tema “Perle de Liberté – Bijoux Afro-Brésilens”.
Quen nos conta é a Vanda Klabin que, além de cientista social e historiadora é uma grande curadora de artes plásticas – campos que domina por conta de sua formação em Ciências Políticas e Sociais, sua graduação em História da Arte com licenciatura em Educação Artística e História da Arte e com pós- graduação em História da Arte e Arquitetura no Brasil.
“ Essa exposição, que faz parte da Europália-Brasil, o maior festival de cultura da Bélgica, que esse ano tem a cultura brasileira como tema, reúne, pela primeira vez, um grande acervo histórico de jóias e ornamentos usados por escravas brasileiras que conquistaram a liberdade, nos séculos XVIII e XIX, no Brasil.
A emergência dessa joalheria, com características tão singulares, derivada do tráfico negreiro e da escravidão no Brasil, são consideradas pelos historiadores, uma invenção brasileira. Essa ourivesaria colonial vai se apropriar das referências africanas e européias, sendo fabricadas por ourives e artesãos anônimos, de origem africana.
Essas jóias-amuletos são indicadoras de uma mobilidade social ou econômica, sendo as pencas ou balangandãs, significativas de preceitos religiosos, fertilidade, sexualidade, devoção ou proteção contra maus olhados.
Essas jóias eram o símbolo de riqueza, poder e de distinção social , as verdadeiras pérolas da cultura brasileira“, diz Roberto Conduru, curador da mostra. O essencial era explorar o material, de forma a ser visualmente importante e as técnicas como filigrana e a ciselure são praticadas pelos artesãos para explorar, ao máximo, a luminosidade do metal e gera imagens de grande opulência.
Acompanha a exposição a coleção de colares de pérolas dos processos de iniciação, concebidos por Jorge Rodrigues e Júnior de Odé, seguido de um conjunto de fotografias de Pierre Verger, Marc Ferrez, Marcel Gautherot, José Medeiros, Adenor Gondim, Francisco Moreira da Costa e Ayrson Heráclito, que testemunham as jóias incorporadas ao vestuário e a presença negra na arte brasileira.
O local que abriga a mostra, uma antiga fábrica de carvão de estilo neoclássico, erguida entre 1810/1830 quase na fronteira da França, é de uma beleza inigualável e desde os anos oitenta ,faz parte do patrimônio histórico mundial e realiza importantes exposições temporárias internacionais.”
Texto e fotos por Vanda Klabin.
Quen nos conta é a Vanda Klabin que, além de cientista social e historiadora é uma grande curadora de artes plásticas – campos que domina por conta de sua formação em Ciências Políticas e Sociais, sua graduação em História da Arte com licenciatura em Educação Artística e História da Arte e com pós- graduação em História da Arte e Arquitetura no Brasil.
“ Essa exposição, que faz parte da Europália-Brasil, o maior festival de cultura da Bélgica, que esse ano tem a cultura brasileira como tema, reúne, pela primeira vez, um grande acervo histórico de jóias e ornamentos usados por escravas brasileiras que conquistaram a liberdade, nos séculos XVIII e XIX, no Brasil.
A emergência dessa joalheria, com características tão singulares, derivada do tráfico negreiro e da escravidão no Brasil, são consideradas pelos historiadores, uma invenção brasileira. Essa ourivesaria colonial vai se apropriar das referências africanas e européias, sendo fabricadas por ourives e artesãos anônimos, de origem africana.
Essas jóias-amuletos são indicadoras de uma mobilidade social ou econômica, sendo as pencas ou balangandãs, significativas de preceitos religiosos, fertilidade, sexualidade, devoção ou proteção contra maus olhados.
Essas jóias eram o símbolo de riqueza, poder e de distinção social , as verdadeiras pérolas da cultura brasileira“, diz Roberto Conduru, curador da mostra. O essencial era explorar o material, de forma a ser visualmente importante e as técnicas como filigrana e a ciselure são praticadas pelos artesãos para explorar, ao máximo, a luminosidade do metal e gera imagens de grande opulência.
Acompanha a exposição a coleção de colares de pérolas dos processos de iniciação, concebidos por Jorge Rodrigues e Júnior de Odé, seguido de um conjunto de fotografias de Pierre Verger, Marc Ferrez, Marcel Gautherot, José Medeiros, Adenor Gondim, Francisco Moreira da Costa e Ayrson Heráclito, que testemunham as jóias incorporadas ao vestuário e a presença negra na arte brasileira.
O local que abriga a mostra, uma antiga fábrica de carvão de estilo neoclássico, erguida entre 1810/1830 quase na fronteira da França, é de uma beleza inigualável e desde os anos oitenta ,faz parte do patrimônio histórico mundial e realiza importantes exposições temporárias internacionais.”
Texto e fotos por Vanda Klabin.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Normas para publicação: acusações insultuosas, palavrões e comentários em desacordo com o tema da notícia ou do post serão despublicados e seus autores poderão ter o envio de comentários bloqueado.