Sua época de palácio real se deu sob os merovíngios e entre os Séculos X a XIV, foi a sede da coroa real francesa na Idade Média, sendo sob Louis IX (Saint Louis) e Philippe IV (Philippe le Bel) o palácio merovíngio foi ampliado e fortificado: Louis IX acrescentou a notável Sainte-Chapelle e suas galerias associadas, enquanto Philippe IV criou a fachada e as torres no lado do Sena e o Grand Salle – um dos maiores salões reais de toda a Europa.
Os primeiros reis da dinastia Valois continuaram a melhorar o palácio até que Charles V o abandonou em 1358, transferindo-se para o Louvre, ficando o antigo palácio com funções administrativas até que em 1391 seu uso foi convertido para prisão, sendo seus prisioneiros uma mistura de criminosos comuns e presos políticos.
A Conciergerie já tinha, portanto, uma reputação desagradável antes de se tornar internacionalmente famosa como a "antecâmara da guilhotina" durante o “reinado do terror”, a fase mais sangrenta da Revolução Francesa.
Nesta época abrigou o Tribunal Revolucionário e até 1.200 prisioneiros – homens e mulheres ao mesmo tempo – e suas regras eram simples, com apenas dois vereditos possíveis: inocente e seria libertado ou culpado e seria morto.
Na maioria dos casos, o último veredito era sempre escolhido e de lá foram mandados cerca de 2.600 prisioneiros para a morte na engenhoca, entre eles Marie Antoinette, o poeta André Chénier e Madame du Barry.
Após a restauração promovida sob os Bourbons, no Século XIX, a Conciergerie e o Palais de Justice tiveram sua aparência externa muito alterada a ponto de hoje, ao olharmos para sua fachada, não imaginamos que data apenas de 1858.
A prisão da Conciergerie foi descomissionada em 1914, sendo aberta ao público como um monumento histórico e é hoje uma atração turística popular, embora apenas uma parte relativamente pequena do prédio está aberto ao acesso público porque em grande parte ainda é utilizado para os tribunais de justiça.
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