Em 1240 a Ordem dos Templários (que foi fundada em 1129) construiu, na parte norte do Marais – à época fora dos muros de Paris – uma igreja fortificada, transformando essa zona em uma área atraente a ponde de Charles I d’Anjou, Rei de Nápoles e Sicília e irmão do Rei Louis IX da França construiu sua residência perto do atual n° 7 da Rue de Sévigné.
Pouco mais de um século depois, em 1361, o Rei Charles V lá construiu o Hôtel Saint-Pol, que serviu como sede da Corte durante o seu reinado, assim como o de seu filho.
Desde então e especialmente após a criação da Place Royale (atual Place des Vosges) por Henri IV em 1605, o Marais era o local favorito de residência da nobreza francesa.
Na década de 1950, o bairro tornou-se uma área da classe trabalhadora e a maioria de suas obras arquitetônicas estavam em péssimo estado de conservação até que, em 1964, André Malraux, Ministro da Cultura do General de Gaulle fez do Marais o primeiro “Secteur Sauvegarde”, a fim de proteger e conservar lugares de importância cultural especial.
Nas décadas seguintes o governo praticou uma intensa uma política de reabilitação e de restauração dos principais hôtels particuliers que foram transformados em museus: o Hôtel Salé hospeda o Museu Picasso, o Hôtel Carnavalet hospeda o Museu Histórico de Paris, o Hôtel Donon hospeda o Museu Cognac-Jay e até a própria Place de Vosges foi revigorada.
O Beaubourg, que fica na parte oeste do Marais, foi o local escolhido para o Centre Georges Pompidou, que hospeda o Museu de Arte Moderna da França, um dos mais importantes do mundo.
Também é reconhecido como o bairro judeu e, por conta dessa sua herança judaica, lá encontramos vários pequenos restaurantes que oferecem quitutes típicos e, é claro, todos kosher.
Esse movimento começou após a nobreza se mudar para o entorno do Faubourg Saint-Germain (onde hoje encontramos parte do 6ème e do 7ème arrondissements) no Século XVII e o bairro se tornou-se área comercial, popular e muito ativa.
Ao final do Século XIX e durante a primeira metade do Século XX, a região em torno da Rue des Rosiers recebeu muitos judeus da Europa Oriental (Ashkenazi) que infelizmente foram perseguidos durante a ocupação Nazista da França na Segunda Guerra Mundial e hoje em dia esta região está plenamente revitalizada, recebendo muitos turistas e bastante frequentada pela comunidade gay que lá encontra lojas de griffes, brechós transados, pequenos bistrôs, bares da moda e galerias de arte.
Mas uma característica escapa aos olhares da maioria dos brasileiros: o Marais é também conhecido pela forte comunidade chinesa que lá se encontra e cuja ocupação começou durante a Primeira Guerra Mundial.
Naquela época a França precisava de trabalhadores para substituir os seus soldados em guerra e a China decidiu então enviar milhares de chineses sob uma condição: de que eles não participariam da guerra.
Após a vitória de 1918, muitos decidiram ficar em Paris, se estabeleceu no norte do bairro, principalmente no entorno da Place de la République e vivem, basicamente, do comércio de jóias e de artigos de couro.
Para ver mais do Maris, acesse:
http://www.youtube.com/watch?v=25R6VSMdqWM&feature=player_embedded
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