terça-feira, 31 de março de 2015

Uma receita simples de Boeuf Bourguignon





Ingredientes

Boeuf Bourguignon
1,5 kg carne (músculo)
30 ml óleo canola ou girassol
60 gr manteiga
300 g farinha de trigo
400 g champignons de Paris
Sal e pimenta-do-reino a gosto
35 unid Echalotes
200 g Bacon magro sem couro
1 unid Cebola grande
3 unid cravo-da-índia
1 garrafa de vinho Pinot Noir (mais suave) ou Cabernet Sauvignon (se quiser mais forte)
Bouquet Garni
1 ramo de tomilho
1 folha de louro
1 ramo de alecrim
1 Ramo de salsinha
1 ramo de cebolinha
1 tablete de caldo de carne
2 pacotes (mesma proporção champignon) cenoura baby

Purê de Batata

5 batatas descascadas
½ noz-moscada
500 ml de creme de leite
2 copos de leite integral
2 colheres de sopa de manteiga
Pitada de sal

Decoração
Salsinha

Modo de preparo


Cortar a carne em pedaços de 80 g, salpicar sal e pimenta nos cubos de carne. Cortar o bacon (metade – 100 gr ) em pequenos cubos. Em uma panela de pressão, esquentar o óleo e colocar 40 gr de colher de sopa de manteiga e cubos de bacon. Deixe por alguns segundos. Coloque os pedaços de carne para dourar por 3 a 4 minutos. Virar algumas vezes para que fiquem selados uniformemente. Retirá-los com ajuda de uma escumadeira.

Retirar o suco da carne da panela e acrescentar meia colher de sopa de manteiga, retornar com a carne depois salpicar a farinha virando-os várias vezes em fogo alto até selar. Colocar o vinho para ferver junto com uma cebola e 3 cravos-da-índia espetados. Após ferver o vinho, retirar a cebola e derramar o vinho ainda quente na panela de pressão. Inserir o caldo de carne, o restante do suco da carne, bouquet garni (Tomilho, Louro, Salsinha, Alecrim e Cebolinha). Cozinhar na panela de pressão até ferver (+/- 20 min) ou até apitar. Tirar da panela de pressão e cozinhar em fogo baixo durante 2h. Retificar o tempero no meio do cozimento.

Preparar os champignons (cortar em pedaços e retirar o caule) e descascar as echalotes.

Cortar o restante do bacon em cubos e fritá-los em uma panela, durante 3 min. Colocar as echalotes na panela. Cozinhar tampada por uns 10 minutos em fogo bem baixo, depois algum tempo descoberta para dourá-las ligeiramente. Reservar com o bacon.

Por fim, acrescentar o champignon e o restante da manteiga na panela e cozinhá-los a fogo médio por 5 min. Incorporar o bacon e as echalotes.

Verificar o cozimento da carne. Acrescentar cenouras 1 hora antes. Colocar o bacon, os champignons e continuar o cozimento faltando 30 min. Desligue fogo.
Purê de Batata

Descascar as batatas no sal e cortá-las em rodelas de espessura de 1cm. Espremer batatas cozidas na panela e adicionar lentamente a manteiga, o leite e depois o creme de leite fresco, sempre mexendo bastante deixando-o bem cremoso. Deixe ferver por alguns minutos e enquanto ferve, rale noz-moscada por cima para que sabor incorpore às batatas. Desligue o fogo.

Para servir: arrumar o purê e salpicar salsinha nos pratos acompanhando o Boeuf Bourguignon.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Minha Prima Vera não chega



Todos temos primos e primas que amamos muito. Eu, por exemplo, amo minha prima Vera e a convidei, como faço todos os anos, para chegar aqui em casa no dia 21 de março, mas até hoje, nada de prima Vera chegar.

O que é uma pena porque como sempre fazia ao chegar, prima Vera mudava a cara da cidade, trazia alegria, flores, pessoas saíam às ruas, a temperatura ficava mais agradável e outros pequenos detalhes de alegria, por assim dizer.

Mas, sem a presença de prima Vera a cidade continua cinza, cheia de gente encasacada, sem sinal de flores e com temperaturas e sensações térmicas entre 3º e 11º, sendo que para o próxima quinta (2) há previsão de muita chuva. Imaginem isso.

E tudo por conta da falta de consideração da prima Vera que ainda não chegou, apesar do atraso de quase uma semana e até os cachorros aqui de casa perceberam que ela está fora do prazo porque são obrigado a ficar pouco tempo na rua.

Já sei, vou reclamar com meu tio Pedro e aí quero ver como vai ficar.

domingo, 29 de março de 2015

Sarkozy é o grande vencedor das eleições regionais francesas

Nicolas Sarkozy, líder de partido político conservador e ex-presidente francês, assiste a uma conferência de imprensa após o encerramento de urnas (Foto: Christian Hartmann/Reuters)

A oposição de direita obteve uma ampla vitória nas eleições regionais francesas, em que a esquerda governista sofreu uma derrota severa, segundo as primeiras estimativas dos institutos de pesquisa.

Estas eleições são acompanhadas com particular interesse, por serem consideradas um primeiro teste eleitoral com vistas às eleições presidenciais de 2017.


Após a divulgação dos primeiros resultados, o ex-presidente Nicolas Sarkozy, líder da direita, considerou que se tratavam de uma "desautorização sem apelação" do governo socialista. "A alternância está em andamento, e nada irá detê-la."

Segundo as primeiras estimativas, a direita ganharia entre 64 e 70 dos 101 departamentos franceses, e a esquerda, entre 27 e 37. A Frente Nacional obteve várias cadeiras, mas não estava certa de alcançar o objetivo de dirigir ao menos um dos departamentos.

A esquerda administrava até agora 61 dos 101 departamentos franceses.

Cerca de 40 milhões de eleitores foram convocados a participar das eleições, que abrangeram todo o território francês menos Paris e Lyon, cidades em que as atribuições dos departamentos são exercidas por outras instâncias.

O índice de abstenção foi de 49,8% a 51%, segundo projeções dos institutos de pesquisa, ou cerca de um eleitor em cada dois.

O resultado do governista Partido Socialista poderia ser um mau presságio para as eleições presidenciais de 2017.

A esquerda havia se esforçado para mobilizar seu eleitorado após o primeiro turno, para limitar a derrota. O primeiro-ministro Manuel Valls multiplicou os comícios nas últimas semanas, convocando uma união da esquerda e uma mobilização para deter o avanço da ultradireitista Frente Nacional (FN), de Marine Le Pen

Mudança no cenário político

Hollande havia anunciado que Valls, que completa esta semana dois anos no cargo, continuaria sendo o chefe de governo, independentemente do resultado.

No entanto, uma reforma ministerial poderia ocorrer no começo de abril, trazendo de volta ao governo os ambientalistas, que, no primeiro turno, recusaram-se a apoiar o governo, que consideram muito liberal em sua política econômica.

O momento é delicado para Hollande, impopular devido à economia, que continua estagnada, com o desemprego em níveis recordes e um crescimento muito baixo.

Um assessor do presidente, preocupado, antecipava uma "amplificação" neste domingo do "tapa" levado no primeiro turno: "À frente de uma maioria muito frágil e fragmentada, falta margem de manobra para realizar novas reformas, e todos (no Eliseu) temem a sua eliminação no primeiro turno (das eleições presidenciais) de 2017."

Com a implantação confirmada da extrema direita na política francesa, caracterizada durante décadas por uma rivalidade entre esquerda e direita, o país entrou no tripartidarismo, um fenômeno duradouro, segundo o cientista político Pierre Martin.

O eleitorado, "cada vez mais polarizado em relação à imigração, à insegurança e ao sentimento de declínio econômico da França", acredita que "os partidos estabelecidos falharam e já não são confiáveis", explicou o especialista, citado pelo jornal "Le Parisien".

Valls afirmou hoje que os resultados da FN significam "uma transformação duradoura no cenário político francês. Os resultados bastante significativos da extrema direita representam, mais do que nunca, um desafio para todos os republicanos", afirmou.

Já Marine Le Pen citou hoje o "nível eleitoral excepcional" da FN, assinalando que o mesmo constitui "a base de grandes vitórias futuras", confirmando suas ambições presidenciais. "O fato histórico após estas eleições é o estabelecimento da FN como força política poderosa em vários territórios."

Femen protesta contra Marine Le Pen

De topless, ativistas do Femen protestaram contra a líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen (Foto: Denis Charlet/AFP)

De topless, ativistas do Femen protestaram neste domingo (29) contra a líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, no momento em que ela votava no segundo turno das eleições regionais em Henin-Beaumont, norte da França.

sábado, 28 de março de 2015

Prostitutas fazem ato em Paris contra criminalização da profissão

Manifestantes criticaram projeto de lei em análise no Parlamento (Foto: Jacques Demarthon/AFP)

Segundo informações da AFP, centenas de prostitutas reuniram-se neste sábado (28) na região de Pigalle, em Paris, para protestar contra a criminalização da prostituição na França - debatida a partir de segunda-feira no parlamento.

As manifestantes, a maioria chinesas ou pessoas transgênero de origem sul-americanas, desfilaram da praça de Pigalle até Belleville, duas regiões tradicionais da prostituição na capital parisiense, a convite de diversas associações.

Escondidas atrás de máscaras, chapéus ou cachecóis, as manifestantes se opuseram a um projeto de lei que será avaliada nas próximas segunda e terça-feira pelos senadores.

O texto previa inicialmente punir o pagamento de ato sexual com uma multa de 1.500 euros (cerca de R$ 5.000) e revogar o delito de solicitação de prostituição, muito criticado. Modificado em comissão, ele agora pretende manter o delito de solicitação, que existe desde 2003.

"Somos contra a criminalização dos clientes e contra o crime de solicitação", resumiu Aying, presidente de uma associação de prostitutas chinesas.

Para as associações, o crime de solicitação de prostitutas precarizou e estigmatizou as prostitutas, vítimas assédio e prisões abusivas.

"A prostituição é legal na França", insistiu Franceline Lepany, da associação dos Amigos do ”nibus das Mulheres. "Este projeto de lei quer estigmatizar ainda mais as prostitutas".

"Precisamos enfrentar a máfia, e não as mulheres. Foi um pulo para trás. Tudo isso para dar um verniz de bons modos à nossa sociedade", criticou a senadora ecologista Esther Benbassa, que foi à passeata prestar seu apoio.

"Por que prejudicar a liberdade de dispor de nossos corpos em um país democrático?", lançou Ornella, profissional do sexo da famosa rua Saint-Denis. "Não vamos misturar as tradicionais, que escolheram voluntariamente a prostituição" e as que são vítimas de redes mafiosas, insistiu.

Na França, onde a prostituição é legal, estima-se em cerca de 30 mil o número de prostitutas, em sua maioria estrangeiras vindas especialmente da Europa Oriental, África, China e América do Sul.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Após vencer a França em Paris, seleção é exaltada pela imprensa europeia

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A imprensa esportiva europeia exaltou a vitória brasileira sobre a França por 3 a 1, de virada, em pleno Stade de France, nesta quinta-feira, como uma espécie de “renascimento” da seleção após o fracasso na Copa do Mundo. Todos os grandes jornais europeus lembraram os 7 a 1 da Alemanha na Copa do Mundo, exaltaram a atuação de Neymar e elogiaram a postura tática do time de Dunga.

Se na véspera o “L'Équipe”, por exemplo, lembrava o fracasso do Brasil na Copa do Mundo em casa, nesta sexta-feira o jornal francês se rendeu-se à “superioridade brasileira”. Na manchete da edição impressa, o diário publicou "Cartão amarelo", em alusão ao sinal de alerta para a França e também em referência à camisa canarinho.

“Os ‘Bleus’ (como eles chamam a seleção francesa) agora olham para a partida contra a Dinamarca, no domingo, como uma oportunidade de apagar a derrota diante do Brasil”, publicou o “L'Équipe”.

No dia da partida, o mesmo “L'Équipe” chegou a listar, em sua capa, numa alusão aos 7 a 1 da Alemanha, “sete razões para o Brasil não ser mais um sonho no futebol”.

Na Espanha, o “Marca” lembrou a última vez em que o Brasil jogou contra a França no Stade de France (a derrota por 3 a 0 na final da Copa de 1998) e classificou a vitória do Brasil como “la retomada de la Canarinha em Paris”, sob o comando de Neymar, que, diz o jornal madrilenho, “recuperou o olfato do gol”. E segue:

“O Brasil voltou a despertar. Após o fracasso no seu Mundial, a seleção voltou a ganhar uma partida ‘e entidade’ (com alma, numa tradução livre).”

O “Mundo Deportivo”, de Barcelona, disse que a seleção “teve a sua revanche 17 anos depois, com grande gol de Neymar”.

A agência “Reuters” afirmou: “A França levou um choque de realidade no Stade de France.”

quinta-feira, 26 de março de 2015

Apple terá mini-loja em Paris para o Apple Watch



O próximo grande lançamento da Apple ganhará uma atenção ainda mais especial em três das maiores cidades do planeta. Confirmando rumores recentes, a companhia anunciou que vai abrir já no próximo dia 10 de abril três mini-lojas em Londres, Paris e Tóquio especialmente para a chegada do Apple Watch.

Cada um desses locais receberá um espaço reservado para a venda antecipada do relógio inteligente da Maçã. Na capital britânica, os usuários poderão comprar o aparelho na Selfridges, conhecida por oferecer relógios e joias de marcas famosas, como Cartier, Bulgari, Gucci, Montblanc e TAG Heuer. Por lá, os interessados no Apple Watch ficarão em uma sala própria onde poderão testar o dispositivo.

Enquanto isso em Paris, na França, o relógio ficará exposto na Galeries Lafayette, que contará com quatro balcões exclusivos no segundo andar para visitantes experimentarem o acessório. Já na capital do Japão, o gadget estará à venda na famosa loja de departamento Isetan Shiniuku. A expectativa é que o local de exposição do Apple Watch em Tóquio seja permanente, indicando um ponto oficial de vendas do aparelho. As lojas nas outras capitais também podem se tornar pontos oficiais.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Uma receita bem simples de Quiche de Brie e Cogumelos

Ingredientes

Massa

300 g farinha de tirgo tipo 1
1 pitada de sal
200 g manteiga gelada cortada em cubos
50 g água gelada




Recheio

6 ovos
4 gemas
350 ml creme
noz-moscada
sal e pimenta do reino
350 g cogumelos paris
250 g queijo brie
3 colheres de sopa de salsa picada
manteiga para untar
óleo de girassol para fritar o bacon

Modo de preparo

Em uma tigela, coloque a farinha, o sal e a manteiga. Vá esfregando os ingredientes até que fique com aspecto de farofa. Adicione á água e trabalhe com uma colher de pau até que forme uma bola. Enrole em filme plástico e deixe descansar na geladeira por 1 hora.
Fatie os cogumelos com 5 mm de espessura. Aqueça muito bem uma frigideira com um pouco de azeite e refogue os cogumelos, até que estejam levemente dourados. Retire do fogo e deixe-os em uma peneira, sobre uma tigela, para que solte sua água.

Em um bowl misture os ovos, as gemas e o creme. Tempere com sal pimenta e noz moscada. Pique o brie bem grosseiramente. Reserve. Abra a massa com um rolo para que fique com 4mm de espessura.

Para transportar a massa, enrole-a de volta no próprio rolo e desenrole-a sobre a forma. Cubra todos os lados com a massa, deixando o excesso cair sobre as bordas. Pré-aqueça o forno a 220ºC.

Espalhe metade do brie, dos cogumelos e da salsa picada no fundo da massa e despeje o recheio.

Coloque o restante dos cogumelos, massa e salsa picada. Asse por cerca de uma hora em forno a 180ºC. Deixe amornar, retire o excesso de massa sobre as bordas e desenforme. Reserve em um lugar quente até servir.

terça-feira, 24 de março de 2015

Lições aprendidas pelo Brasil no Salão do Livro de Paris



Segundo o repórter Bolívar Torres, enviado especial do jornal o Globo, o encerramento do 35º Salão do Livro de Paris, ontem (23), marcou o fechamento de um ciclo para o Brasil. Nos últimos dois anos, o país foi homenageado em três das quatro principais feiras do mundo — Frankfurt, em 2013, Bolonha, em 2014, e agora Paris. Para o diretor de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) do Ministério da Cultura, Jéferson Assumção, a meta agora é continuar investindo nesses eventos de forma permanente, seguindo algumas lições aprendidas nos quatro dias da feira.

— O Brasil passou por um período de homenagens, com visibilidade grande — diz Assumção. — Ao mesmo tempo, fomos aprendendo a melhor maneira de participar. Agora a ideia é ter delegações mais enxutas e visão mais estratégica de curadoria. Em Paris foi muito importante selecionar somente autores já traduzidos para a língua do país. Eles têm algo para mostrar ao público e acabam puxando a venda de outros.

LINS E HATOUM VENDERAM BEM

Nos quatro dias de evento, o Brasil recebeu forte atenção da mídia francesa, com reportagens sobre seus autores nos principais veículos do país. Na sexta, o escritor Paulo Lins declarou ao GLOBO que a presença dos autores em debates em nada influenciava a venda dos livros. Mas os números divulgados pela Fnac, responsável por comercializar títulos no estande brasileiro, provam o contrário. Autores convidados foram o carro-chefe das cerca de oito mil obras vendidas no espaço. Por ironia, o escritor mais vendido — depois de Machado de Assis — foi o próprio Lins, seguido por Milton Hatoum. Apesar da promessa, Paulo Coelho acabou não aparecendo.

Entre os visitantes do salão, calcula-se que 60 mil circularam pelo pavilhão nacional. Em sua maior parte brasileiro, o público lotou as mesas-redondas e as sessões de autógrafos, ajudando a bater a meta de vendas de livros esperada pela Câmara Brasileira do Livro. Mas os bons números não esconderam preocupações para o futuro, como a falta de bons tradutores de português na França — o que é visto como entrave para uma maior e mais constante penetração da literatura nacional por lá.

— O Brasil é o único país a ter sido homenageado duas vezes no Salão do Livro de Paris. O evento vai nos trazer mais estudantes, e isso deve repercutir na formação dos tradutores — prevê Leonardo Tonus, professor da Universidade de Paris-Sorbonne (Paris IV) e um dos curadores da delegação brasileira. — Há uma ausência de tradutores no mercado francês, é urgente formar novos profissionais. Isso passará por uma estabilização do ensino do português e da penetração da literatura brasileira na França.

*O repórter viajou a convite do Consultado da França no RJ

segunda-feira, 23 de março de 2015

La Tour D’Argent continua em ascensão


O La Tour D’Argent continua sua retomada rumo ao estrelato e fico muito feliz com isso porque, além de vizinho, sou seu cliente há quase 40 anos e fã de carteirinha de seus magníficos salões - abertos aos clientes no último andar e privados no penúltimo - que proporcionam uma maravilhosa vista do Sena, da Catedral de Notre Dame e de parte das ilhas de la Cité e de Saint Louis.

Fundado em 1582, é tido como um dos mais antigos restaurantes do mundo e era frequentado pelo rei Henri III - dizem que foi lá que ele aprendeu a usar o garfo - e também por Richelieu - que haveria tomado café pela primeira vez no local.

Sua adega é uma das mais completas e famosas do mundo, com cerca de 500.000 garrafas avaliadas em milhões de Euros e vigiada 24 horas por dia, 7 dias por semana e que, durante a ocupação alemã na Segunda Guerra, foi alvo da cobiça de Hermann Göring, mas seus proprietários conseguiram esconder a maior parte de seu tesouro atrás de paredes falsas.

Suas pièces de résistance são as receitas à base de patos - o restaurante mantém sua própria granja onde cria suas aves - e seu prato mais famoso é o Caneton Tour d'Argent, criado em 1890 por Méchenet e que a cada vez que é servido, recebe um "cartão" com um número sequencial - este ano deve bater a casa de 1.300.000 pratos servidos.

Em 1996 o Guide Michelin o deixou de classificar como um três “estrelas", rebaixando sua cotação para duas e, 10 anos depois, para apenas uma em 2006, ano no qual Claude Terrail - que havia herdado o restaurante de seu pai - faleceu.

Hoje quem o administra é sua viúva e seu filho André Terrail - possui o mesmo nome de seu avô, pai de Claude - e que vêm lentamente recuperando seu brilho, atraindo talentos para suas cozinhas e salões e, principalmente para a clientela que, entre outros, tinha Elizabeth II, Winston Churchill, John Kennedy, Mikhail Gorbachev, além de mim, é claro.

Há quem diga que o Tour D'Argent serviu como inspiração a cenas do desenho animado Ratatouille e que, com isso, recebeu um inesperado impulso publicitário (outros dizem que foi o Taillevent a inspiração do desenho).





Poluição faz Paris decretar rodízio de carros

Foto de 18 de março mostra a Torre Eiffel em meio à poluição; Paris instituiu rodízio de carros nesta segunda-feira (23) para tentar amenizar problema (Foto: Franck Fife/AFP)
Foto de 18 de março mostra a Torre Eiffel em meio à poluição

Segundo informações da AFP e da prefeitura de Paris, o rodízio de carros entrou em vigor nesta segunda-feira (23), em uma resposta ao nível excepcional de poluição na capital da França.

A medida extraordinária entrou em vigor às 5h30 locais e nesta segunda-feira apenas os veículos com placa de final ímpar poderão trafegar por Paris e seus 22 municípios limítrofes.

A polícia mobilizou 750 agentes para monitorar o trânsito em 100 pontos de controle. Os infratores podem pagar uma multa de 22 euros (24 dólares).

A aplicação da medida tem apenas dois precedentes: em 1997 e em 17 de março de 2014.

Na ocasião, a medida foi aplicada no sétimo dia de um episódio de elevada contaminação por partículas finas na região de Paris, um fenômeno que pode provocar câncer, alergia e doenças respiratórias ou cardiovasculares.

Apesar da divulgação intensa no fim de semana, muitas pessoas não respeitaram a medida.

"Eu trabalho e não tenho tempo a perder com isto", disse um motorista em um sinal vermelho de Porte d'Italie, zona sul de Paris, ao ser questionado porque estava sozinho em seu carro, que tem placa de final par.

O rodízio não envolve todos os moradores e entre os isentos estão os veículos "limpos" (elétricos, híbridos) ou aqueles que transportam pelo menos três pessoas. Também estão autorizados a circular os veículos de serviço público (polícia, bombeiros) e alguns veículos profissionais (atividades do comércio, imprensa).

A boa notícia para os passageiros é que o transporte é gratuito, assim como as vagas de estacionamento residenciais.

A decisão de prolongar ou não o tráfego alternado será anunciada durante a segunda-feira, em função das previsões do organismo que monitora a qualidade do ar na região de Paris, o Airparif.

Caso a medida seja prorrogada, apenas os veículos com placa de final par serão autorizados a circular na terça-feira.

domingo, 22 de março de 2015

Museus de Paris se adaptam para lidar com multidões



Segundo a France Presse, por conta de um número cada vez maior de visitantes lotando suas salas e galerias, os maiores museus de Paris tentam se adaptar às multidões, tomando medidas para aumentar a capacidade de receber visitantes, lançando aplicativos e melhorando os serviços como cafeterias e lojas de souvenirs.

Com o turismo de massa impulsionado por voos baratos e economias emergentes mais ricas, cada vez mais visitantes aparecem para ver a Mona Lisa, quadros de Van Gogh ou estátuas de Michelangelo.

Todo ano, o Louvre, em Paris, recebe quase 10 milhões de visitantes, apesar de ter sido planejado para 5 milhões de pessoas. Nos últimos 3 anos temos tido mais de 9 milhões”, afirmou o presidente do museu parisiense, Jean-Luc Martinez.

Martinez lançou o “Projeto Pirâmide”, que pretende, até meados de 2016, melhorar a entrada do museu, reformando os guichês de ingressos, as filas e a chapelaria. “Se não cuidarmos dos visitantes, como podemos esperar que eles tenham uma boa experiência vendo as obras de arte?”, diz Martinez.

O Louvre foi planejado para 5 milhões de pessoas. Nos últimos 3 anos temos tido mais de 9 milhões"
Jean-Luc Martinez, presidente do museu

O famoso Chateau de Versailles, nos arredores de Paris, também está se expandindo. Em breve ele vai abrir um espaço de 2,7 mil metros quadrados para ajudar a comportar as cerca de 10 milhões de pessoas que vão todo ano ao castelo.

Outra opção para lidar com o maior número de visitantes é expandir o horário de funcionamento, por isso o governo francês está pedindo o mesmo ao Louvre, a Versailles e ao Musée d'Orsay que abram todos os dias da semana. Mas para o presidente do Louvre, “o problema não é fazer mais, mas fazer melhor”.

O presidente do Musée d'Orsay, Guy Cogeval, concorda que encontrar uma forma de lidar com 3,5 milhões de visitantes anualmente é uma prioridade. “Administrar o tráfego de visitantes é uma das minhas maiores preocupações. Estamos tentando distribuir melhor as pessoas pelas várias áreas do museu”, afirma.

Com a globalização, não é só o número de pessoas que é maior do que no passado, mas também a diversidade de culturas e de países de origem. Os museus estão descobrindo que não lidam mais com um público versado em história e em movimentos artísticos, mas com pessoas que precisam de mais contextualização e informação para processar o que estão vendo.

“Ainda estamos longe de aprender as lições dessa diversificação”, disse Alain Seban, que dirigiu o Pompidou Centre em Paris nos últimos oito anos.

Estrangeiros compõem 70% dos visitantes do Louvre e 80% dos de Versailles, com o contingente de chineses crescendo especialmente. “Isso impõe uma outra forma de recebê-los e de tentar entender o que eles vieram ver”, diz a presidente do Chateau de Versailles, Catherine Pegard.

Geralmente em grupos ou famílias, os turistas de países distantes tendem a priorizar as obras de arte mais famosas de cada museu: a Mona Lisa e a Venus de Milo no Louvre, por exemplo.

Pesquisas mostram que muitas pessoas vão a apenas um museu por ano e que sua idade caiu significativamente. No Musee d’Orsay, 30% dos visitantes têm menos de 26 anos, e no Louvre metade têm menos de 30.

“Você tem que trabalhar com a ideia de que essas pessoas não sabem nada”, diz Martinez, do Louvre. Referências que podem soar óbvias precisam ser explicadas, com múltiplas traduções.

Vários museus estão também recorrendo ao mundo digital para ajudar a mostrar suas coleções e dar aos visitantes informações em seus smartphones ou tablets antes de entrar nas galerias.

No Centre Pompidou, em breve será lançado um aplicativo que oferecerá uma visita guiada personalizada, baseada nos interesses do visitante revelados em um quiz e no futuro, provavelmente as visitas serão ainda mais personalizadas, com os museus usando táticas e tecnologias de grandes lojas. A internet também está abrigando um modelo virtual de museus que é tão popular quanto o espaço real.

“É paradoxal apresentar o número de visitantes como um problema”, diz Martinez. “A missão de um museu, no fim das contas, é dar a chance ao maior número possível de pessoas de ver suas coleções.”

sábado, 21 de março de 2015

Segundo a Organização Mundial de Turismo, França vale 14 Brasis




Apesar do Brasil já estar entre os 40 países mais visitados do mundo - segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT) - recebendo cerca de 6 milhões de turistas todos os anos, o país ainda está longe dos líderes do setor.

Em primeiro lugar está a França que recebe cerca de 85 milhões de visitantes por ano.


sexta-feira, 20 de março de 2015

Velázquez no Grand Palais



O Grand Palais exibirá, de 25 deste mês até 13 de julho, uma vasta exposição da obra de Diego Velázquez (1599-1660). O projeto foi idealizado como um panorama do trabalho do célebre pintor espanhol, desde seu início em Sevilha até os últimos anos de vida, incluindo a influência de sua pintura sobre seus contemporâneos.

A mostra acolherá um total de 119 obras, sendo 51 delas de autoria de Velázquez. Entre as telas, estarão algumas recentemente descobertas, como “A educação da virgem” (New Haven, Yale Art Gallery) e “Retrato do inquisidor Sebastián de Huerta” (coleção particular).

Grand Palais
3, Avenue du Général Eisenhower
8ème arrondissement
Telefone: 01 44 13 17 17
www.grandpalais.fr


quinta-feira, 19 de março de 2015

Carne em alta nos pratos de Paris



Segundo o jornalista Fernando Eichenberg, a carne vive momentos de prestígio em cardápios da capital francesa, com uma atenção especial das cozinhas de novos restaurantes e bistrôs.

É o caso do “Bronco”, no 10ème arrondissement e que oferece uma seleção de carnes de qualidade, cozidas em forno de carvão vegetal em alta temperatura. Como entrada, é possível degustar um generoso tutano, um boudin noir ou um foie gras maison com legumes grelhados.

Nos pratos encorpados, destacam-se a côte de boeuf de Galice (um quilo para duas pessoas), o bife tártaro e a bavette Black Angus. A clientela é moderna, o ambiente, acolhedor e a trilha sonora, selecionada. Para alongar a noite, uma escada leva ao “Downstairs”, um subsolo que serve para pequenos shows de jazz a partir das 23h30, com drinques, pista e DJ.

39, Rue des Petites Écuries
10ème arrondissement
Telefone: 01 42 47 86 11
www.bronco.fr

quarta-feira, 18 de março de 2015

“A toalete — nascimento do íntimo”, no Musée Marmottan



Até o dia 5 de julho o Musée Marmottan traz a elogiada exposição “A toalete — nascimento do íntimo”. A ideia - inédita segundo os curadores - foi reunir obras de consagrados artistas, do século XV até os dias de hoje, em torno dos ritos de higiene, seus espaços e gestos cotidianos. É exibida uma centena de quadros, esculturas e fotografias, de artistas como Toulouse-Lautrec, Manet, Degas, Picasso, Bettina Rheims, Bonnard, Kupka, Boucher, Dürer, Georges de La Tour, Léger, Berthe Morisot e Alain Jacquet.

Musée Marmottan
2, Rue Louis-Boilly
16ème arrondissement
Telefone: 01 44 96 50 33
www.marmottan.fr

terça-feira, 17 de março de 2015

“De Giotto a Caravaggio — as paixões de Roberto Longhi”



O Musée Jacquemart-André, do próximo dia 27 até 20 de julho, abrirá a exposição “De Giotto a Caravaggio — as paixões de Roberto Longhi”, numa apresentação de grandes nomes da pintura italiana do século XIV ao XVII. Considerado como um dos mais renomados historiadores da arte italiana, Roberto Longhi (1890-1970) tinha entre seus artistas preferidos, além de Giotto e Caravaggio, nomes como Piero della Francesca, Masaccio, Masolino e Ribera.

Musée Jacquemart-André
158, Boulevard Haussmann
8ème arrondissement
Telefone: 01 45 62 11 59
www.musee-jacquemart-andre.com

segunda-feira, 16 de março de 2015

Galvão Bueno - saudades quase possíveis
































Desde pequenino sempre gostei de assistir as corridas de Fórmula 1 pela televisão - mesmo quando transmitidas pela Tupi em 1974 e pela Bandeirantes em 1980, esta última teve como narrador um certo Galvão, acredite quem quiser – hábito que devo ao Aroldo, meu irmão mais velho, precocemente falecido em 1985.

Ele sempre me levava ao Maqui Mundi, um antigo kartódromo na Barra da Tijuca, onde também iam outros amigos dele como o Pedro (pai de uma atriz famosa), o Paulinho (hoje um bem sucedido construtor de barcos) e o Tonka (amigo do colégio Brasileiro de Almeida, que ficava na Lagoa onde funciona hoje uma unidade da UniverCidade) e todos eles conseguiam dar voltas nos karts, enquanto que eu, com bem menos de dez anos nesse tempo, só olhava.

O tempo passou e passei a curtir uma outra onda: os campeonatos cariocas de moto-cross, em uma barrenta pista construída bem ao lado do mesmo Maqui Mundi, onde era levado pelo Rafael, meu antigo cunhado.

Minha paixão por este esporte levou o Rafael a me dar em 1978, quando tinha apenas treze anos, uma raridade: um raro exemplar das seis Husqvarna WR 250cc existentes no Brasil – que eram iguais a motocicleta que ganhara, em 1976, o Rally Paris-Dakar.

Um pouco mais velho – no equivalente hoje ao 8º ano do ensino médio – um amigo mais ousado, o João, começou a correr no Autódromo de Jacarepaguá, em uma categoria que se chamava nesta época, 1980, de Força-Livre.

Éramos vizinhos e íamos para o Andrews, colégio no qual estudávamos, de Dodge Charger e lembro bem de um azul, de um amarelo e de outro branco e que neles não existiam bancos, a não ser o do motorista: o carona sentava em um caixote de madeira ou no assoalho do carro que aliás, era muito quente já que os escapamentos eram abertos.

Resumindo, adoro corridas mas vamos a um pano rápido, mudando o foco para a grande paixão nacional: o futebol.

Meus amigos, mesmo os mais chegados sempre estranham quando eu afirmo que torço, em proporções iguais, para o Flamengo e para o Botafogo – não necessariamente nesta ordem – e sempre me pedem para explicar como isso aconteceu.

Então vamos lá: o Aroldo, meu irmão lá de cima – do texto e do céu – era Flamenguista doente, daqueles que sabiam a escalação de todos os times, de todos os campeonatos e a ponto de ficar amigo de um atacante argentino chamado Doval, que chegou ao clube em 1969, saírem de noite juntos e tomar café da manhã em um bar da Rua Dias da Rocha – onde morávamos – quase todos os dias.

Esse tipo de farra fez com que ele deixasse o clube em 1971 mas, voltando ao Aroldo, o ponto era simples: eu detestava futebol e ele me forçava a ser Flamengo, senão me dava uns cascudos.

De outra parte, meu primo Ricardo, descendente de uma linhagem de botafoguenses ilustres, e que morava com minha avó Marta (seus pais moravam em SP) a que eu sempre ia visitar em seu apartamento na Praia do Flamengo.

Muitas vezes chegava lá e o Ricardo, antigamente bem maior do que eu, estava jogando futebol de botões com outros primos como o Marquito ou mesmo com seu pai, que vinha visitá-lo e quando perguntavam meu time e eu respondia Flamengo, era uma chuva de cascudos.

Então com o passar do tempo e dos cascudos do Aroldo e os do Ricardo, fui aprendendo a gostar dos dois times e, hoje em dia morando na França, olho para traz e vejo quanta coisa bacana pude acompanhar e viver e sinto saudades até do Galvão Bueno.

Calma, vou explicar: como vocês sabem, o Campeonato de Fórmula 1 começou ontem e, como eu adoro, fui assistir na televisão. Mais precisamente na TF1 – nome apropriado para uma emissora que transmite a F1.

Lá estava eu diante de minha TV ligada, escutando atentamente aos comentaristas, com a largada, minha preocupação virou um verdadeiro desespero que vocês não vão acreditar: há intervalos comerciais durante a transmissão, a cada dez ou quinze minutos.

Definitivamente, quero o Galvão de volta na minha vida, ainda não sei bem como, mas quero.

Em tempo: e se um dos Felipe ganhasse? Como iria escutar o “Tema da Vitória”?

domingo, 15 de março de 2015

Hyper Casher reabre em Paris



O supermercado kosher de Paris onde 9 de janeiro o jihadista Amedy Coulibaly sequestrou 20 pessoas e matou quatro reféns, reabriu suas portas hoje com a presença do ministro de Interior da França, Bernard Cazeneuve.

"Estamos de pé", afirmou o ministro à imprensa, em mensagem clara aos "bárbaros terroristas que atacam os valores de liberdade e fraternidade do povo francês".

Acompanhado de prefeitos de localidades vizinhas, de representantes da comunidade judaica, Cazeneuve visitou o supermercado, que fica na Porte de Vincennes, no leste da cidade, e fez simbolicamente a primeira compra após a reabertura.

O ministro foi até o estoque frigorífico onde um dos funcionários do supermercado, de origem malinesa, escondeu dezenas de clientes quando o sequestro começou. Cazeneuve homenageou as vítimas e afirmou que o governo "faz todo o possível" para defender seus cidadãos da ameaça terrorista e para que na França "se possa viver livremente".

"Temos que mostrar que somos mais fortes do que quem ataca nossos valores, nossos princípios, nossa liberdade", assinalou. O supermercado foi totalmente renovado após os danos sofridos no atentado.

Foi o último ato de três dias de atentados que começaram com a morte de boa parte da redação da revista "Charlie Hebdo" e que, no total, custou a vida de 17 pessoas. Duas pessoas próximas a Coulibaly foram processadas na sexta-feira por vínculos com o jihadista e permanecerão detidas até o julgamento.

O supermercado reabriu com uma direção renovada, já que o gerente ficou ferido no atentado e disse não querer voltar a trabalhar no local, e 11 empregados continuam se recuperando dos ferimentos físicos ou psicológicas, e foram substituídos por outros voluntários.

A rede possui três lojas em Paris, para onde serão realocados os que trabalhavam no dia dos atentados.

A nova direção do mercado emitiu um comunicado no qual assinalou que com a reabertura querem enviar uma mensagem "aos franceses de confissão judaica de que mais do que nunca têm lugar no país".

"Com esta reabertura, queremos reafirmar que a vida sempre será mais forte do que a barbárie. Continuamos determinados a permitir que nossos clientes possam seguir consumindo produtos kosher", acrescentou.

sábado, 14 de março de 2015

Mostra sobre David Bowie na Philharmonie de Paris




Até 31 de maio nos espaços projetados pelo arquiteto Jean Nouvel da recém-inaugurada Philharmonie, no Parc de la Villette, Paris tem uma mostra sobre o multiartista camaleão David Bowie.

O percurso revela 300 dos cerca de 70 mil objetos de seu arquivo pessoal, entre manuscritos, fotografias, vídeos, costumes ou décors. E ainda permite que o visitante participe de ateliês musicais do universo do compositor de emblemáticas canções como “Changes” ou “Space Oddity”.

221, Avenue Jean Jaurès
19ème arrondissement
Telefone: 01 44 84 44 84
www.philharmoniedeparis.fr 


sexta-feira, 13 de março de 2015

Festival de Cinema Brasileiro em Paris




A décima sétima edição do Festival de Cinema Brasileiro de Paris, neste ano, exibirá cinco coproduções do Canal Brasil durante o evento, que acontece do dia 7 até o dia 14 de abril.

"Olho Nu", de Joel Pizzini, "Gata Velha Ainda Mia", de Rafael Primot, "Castanha", de Davi Pretto, "Favela Gay", de Rodrigo Felha e "Samba & Jazz", de Jefferson Mello.

O Festival de Cinema Brasileiro de Paris, que acontece no Cinema l’Arlequin, também realiza homenagens e encontros entre o público e diretores convidados. Neste ano, a cantora Maria Bethânia, que completa 50 anos de carreira, será a homenageada.

Para saber mais sobre o festival, basta acessar o site oficial.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Ex-primeira-dama da França esbofeteia homem em bar

A ex-primeira-dama francesa, Valerie Trierweiler, ao lado do presidente François Hollande, no Palácio do Eliseu, em Paris.

A jornalista Valérie Trierweiler, ex-primeira-dama da França, mostrou que ainda não superou ser traída e largada pelo presidente François Hollande. De acordo com a rádio francesa RTL, nesta quinta-feira, em um café no bairro de Montparnasse, em Paris, Valérie deu bofetada em um homem que perguntou em tom irônico: “Como vai François Hollande?”.

Fora de si, a jornalista primeiro pediu ao homem que se desculpasse por fazer tal pergunta. Como ele se recusou, ela acabou perdendo a cabeça. A cena foi presenciada por muitos frequentadores do café e a vítima denunciou a ex-primeira-dama por agressão.

Não é a primeira vez que Valérie dá bofetadas em público. De acordo com o “Le Figaro”, no dia 28 de setembro do ano passado, ela teria dado um tapa na cara de Valérie de Senneville, uma amiga de longa data, que teria evitado cumprimentá-la num evento.

Autora do best-seller, “Merci pour ce moment”, “Obrigada por este momento”, em tradução livre — em que conta seu romance com o presidente até a ruptura, quando ela descobriu através da imprensa que Hollande tinha um caso há dois anos com a atriz Julie Gayet — Valérie, que nunca foi amada pelos franceses, ganhou mais inimigos após ter escrito a obra. Eles a acusam de ter sido vingativa, ao revelar segredos íntimos do chefe de Estado. O romance deve virar filme em breve e a estimativa da imprensa francesa é que Valérie ficou milionária com o livro, pois já teria faturado €14 milhões.


quarta-feira, 11 de março de 2015

10 museus imperdíveis em Paris



Segundo a repórter Juliana Bianchi, do iG São Paulo, falar em visitar Paris e não incluir no roteiro alguns museus é quase como ir a Roma e pular o Vaticano. Diz a lenda, que a cidade conta com praticamente um museu para cada dia do ano, indo do grandioso Louvre (com mais de 35 mil obras) aos pequeninos e não menos curiosos museus da Boneca, da Mágica e das Artes Lúdicas (com foco em animações e videogame). Daí ser praticamente um sacrilégio limitar as opções ao mais cheio deles.

Por isso solicitou ajuda à brasileira Mariana Berutto, filha da criadora do site Conexão Paris, Lina Hauteville, que desde 1984 mora na Cidade Luz ao lado de um autêntico francês.

Mariana afirma que a proposta do site de sua mãe é "desmistificar a cidade para os brasileiros, que muitas vezes chegam com uma visão deslumbrada” e ainda listou abaixo seus museus preferidos.

1 - Musée d’Orsay
Localizado na margem esquerda do rio Sena, o d’Orsay está instalado em uma antiga estação ferroviária de Paris, datada de 1900 (o relógio original ainda está lá). Seu principal cartão-postal é a galeria principal, com abóboda decorada e grande entrada de luz natural, de onde se pode começar o passeio entre pinturas, esculturas e fotografias assinadas por grandes mestres como Van Gogh, Rodin, Cezanne, Courbet, Degas, Manet, Monet, Renoir, Klint, Munch. Além de oferecer uma bela vista do canal, o museu ainda abriga um simpático café projetado pelos irmãos Campana.

2 - Musée Picasso
Após ficar três anos fechado para reforma do prédio datado de 1659, o museu reabriu no segundo semestre de 2014 inteiramente dedicado a recontar a história de Pablo Picasso de forma cronológica. Aproveite para conhecê-lo durante um passeio pelo Marais. Por ser pequeno, não comprometerá-muito tempo do seu dia.

3 - Musée Rodin
Com esculturas posicionadas pelo jardim, no prédio principal e no espaço antes ocupado pelo ateliê do artista, o Musée Rodin, inaugurado em 1919, é um dos mais charmosos de Paris. Principalmente em dias ensolarados. Ao todo são mais de 300 obras, incluindo peças de Camille Claudel. Vá sem pressa para aproveitar cada ângulo.

4 - Centre Georges Pompidou
Mais conhecido pelos parisienses apenas como Beaubourg (referência à área onde se encontra), o espaço já valeria uma visita pela arquitetura industrial com grandes tubulações aparentes projetada por Renzo Piano. Mas ainda abriga teatros, restaurante, biblioteca e o Museu Nacional de Arte Moderna, com mais de 60 mil obras, entre pinturas, fotografias, instalações e vídeo-arte. Como se não bastasse, as exposições temporárias apresentadas ali estão sempre na lista das mais interessantes em qualquer época do ano.

5 - Grand Palais
Construído em 1900 para abrigar a Exposição Universal, o Grand Palais chama atenção na paisagem próxima à avenida Champs Elysées por sua grandiosidade e cúpula envidraçada. Mas é o grande acervo e a variedade de exposições que abriga – indo de festivais de dança a feiras de joias e carros antigos – que o torna passagem obrigatória em Paris.

6 - Palais de Tokyo
Localizado ao lado do rio Sena e com vista privilegiada para a Torre Eiffel, o Palais de Tokyo é endereço certo para quem gosta arte moderna e contemporânea. Assim como o Grand Palais, mantêm boa agenda de exposições temporárias que serve de ponto de encontro para jovens e parisienses descolados. O espaço abriga também livraria especializada em arte e design, e restaurantes.

7 - Fondation Louis Vuitton
Inaugurado em Paris em 2014 este museu-escultura, projetado no Bois de Boulogne pelo arquiteto Frank Gehry (que também assina o Guggenheim de Bilbao), já é uma atração em si pela novidade. Construído para abrigar parte da coleção particular Bernard Arnault, dono do conglomerado de luxo LVMH, recebe ainda mostras de artistas contemporâneos. Aproveite o restaurante interno para fazer uma pausa e observar um pouco mais a arquitetura.

8- Palais Galliera – Musée de la Mode
Capital da moda, Paris não poderia ficar sem um museu totalmente dedicado ao tema. Com um rico acervo de roupas e acessórios que contam a história do mundo fashion desde o século 18, é parada obrigatória para quem gosta do assunto. Como as coleções permanentes não ficam expostas o tempo todo dada a fragilidade do material, é preciso aproveitar as mostras temporárias para deslumbrar-se. Cheque a programação no site.

9 - Musée Carnavalet
Dedicado a história de Paris, o museu permite voltar no tempo por meio de quadros, objetos, fotos, móveis e reproduções de ambientes inteiros que marcaram a vida na Cidade Luz ao longo dos séculos. Pouco explorado pelos visitantes, é gratuito e uma agradabilíssima surpresa no centro do Marais. Se for no verão ou primavera, não deixe de reparar na beleza do jardim interno.

10 - Musée des Arts et des Métiers
Outra grata surpresa na região é este museu, que conta a história das profissões ao longo do desenvolvimento tecnológico. A influência das técnicas de construção, da mecânica, da produção de energia , dos transporte e da própria ciência na vida das pessoas é retratada a partir de um grande acervo de objetos, ferramentas e materiais. Há ainda uma significativa coleção de autômatos (robôs no melhor estilo “Hugo Cabret”).



terça-feira, 10 de março de 2015

Morte de atletas olímpicos comove França

Bildkombo v.l.n.r. Florence Arthaud, Alexis Vastine, Camille Muffat

A França recebeu com comoção nesta terça-feira (10/03) a notícia do acidente entre dois helicópteros na província argentina de La Rioja, que matou dez pessoas – entre elas três estrelas do esporte francês: a velejadora Florence Arthaud, o boxeador Alexis Vastine e a nadadora Camille Muffat, medalhista de ouro nos Jogos de Londres.

Segundo informações da Deutsche Welle, os motivos do acidente ainda não estão claros. Os dois helicópteros teriam colidido numa região montanhosa durante a gravação da segunda temporada de Dropped, um reality show da emissora de TV francesa TF1 que consiste em deixar um grupo de atletas famosos em um lugar inóspito e desabitado com apenas uma reserva de água.

O primeiro-ministro Manuel Valls afirmou que recebeu a notícia "com dor imensa" e que "toda a França está de luto". O presidente François Hollande manifestou em comunicado sua "imensa tristeza" e "comoção" com a notícia do acidente. Dos dez mortos, oito eram franceses – três atletas e cinco funcionários da emissora TF1 – e dois argentinos – ambos pilotos.

"A morte repentina de nossos compatriotas é uma imensa tristeza", declarou Hollande, que enviou seus pêsames às famílias e aos amigos das vítimas.

O jornal esportivo L'Équipe estampou em seu site uma foto de Camille Muffat segurando a medalha de ouro, sob a manchete: "O esporte francês de luto." Já o Le Monde escreveu que "o mundo do esporte chora por suas lendas".

No Twitter, o ex-jogador da seleção francesa de futebol Sylvain Wiltord, que fazia parte do elenco do programa de TV, lamentou a tragédia: "Estou triste por meus amigos, horrorizado, não tenho palavras."

Florence Arthaud, de 57 anos, conseguiu espaço num esporte majoritariamente dominado por homens e era considerada uma das maiores velejadoras do mundo. Entre suas conquistas está a edição de 1990 da Route du Rhum, uma competição transatlântica realizada de quatro em quatro anos.

Camille Muffat, de 25 anos, foi uma das maiores nadadoras da história da França. Ela conquistou três medalhas nos Jogos de Londres em 2012, incluindo uma de ouro nos 400 metros nado livre. A nadadora surpreendeu o mundo quando, em junho de 2014, com apenas 24 anos, anunciou sua aposentadoria, alegando estar cansada de passar tantas horas treinando.

Alexis Vastine, de 28 anos, também é medalhista olímpico. Ele conquistou o bronze nos Jogos de Pequim, em 2008, na categoria superleve.

O acidente ocorreu nas cercanias de Villa Castelli, no oeste da Argentina. A região montanhosa é popular entre turistas e há anos era cenário das filmagens do programa televisivo.

Hubschrauber-Absturz in Argentinien
Acidente aconteceu nas cercanias de Villa Castelli, no oeste da Argentina


segunda-feira, 9 de março de 2015

Primavera à vista, Paris em festa



Já falei antes que o parisiense tem uma certa proximidade com o carioca, claro que somos mais simpáticos bonitos, mas realmente temos coisas em comum, como a paixão pelo sol e pela vida ao ar livre, por exemplo.

Por estas bandas entramos quase na primavera e com a proximidade da nova estação toda uma mudança acontece na vida das pessoas, pequenos detalhes de alegria, por assim dizer.

Da janela vejo muito mais pessoas e muito menos casacos, apesar da temperatura diurna variar entre 8º e 18º, vejo também uma transformação a cada dia que nasce nas copas das árvores, nos canteiros de flores e nos gramados que aos poucos vão florescendo.

E aos poucos também vai florescendo a alegria dos que aqui moram, natos, de adoção ou Nonatos: uma alegria contagiante que faz com que as pessoas queiram ir aos parques, aos jardins, ficar do lado de fora dos cafés e restaurantes ou simplesmente passear e curtir a cidade sem aquele frio do inverno.

Definitivamente um colorido diferente, especial está tomando conta da cidade, uma mistura de cores, sensações e humores mais leves, mais hospitaleiros como se um interruptor tivesse sido ligado.

Vejo homens e mulheres, garotos e garotas, senhores e senhoras andando de bicicleta, correndo, fazendo jogging ou se exercitando ao ar livre sem se preocuparem em se agasalhar demais, só na medida certa para deixar uma certa tez rosada aparecendo, vez ou outra, nas pernas e nas bochechas.

Até os cachorros aqui de casa perceberam a mudança e estão mais felizes do que nunca: saem três vezes por dia, caminham sempre uma grande distância e aproveitam a claridade, já que faz sol das sete da manhã às sete da noite.

Sei que sou suspeito para falar já que adoro Paris, seja no outono, no inverno, na primavera ou até mesmo no verão porque há uma sutil diferença entre estas estações e a maneira com a qual a cidade interage com cada uma delas.

De minha parte continuo a colaborar com o “climão” vigente: saio em cinco minutos para mais um passeio com os cães e ainda vou aproveitar para tomar um sorvete de casquinha na ilha aqui em frente.

domingo, 8 de março de 2015

Alexandre Birman apresenta coleção de inverno sexy e seventies em Paris

Segundo informações da Vogue Brasil, Alexandre Birman apresenta hoje no hotel Le Bristol sua nova coleção de inverno, que trás os anos setenta de volta à moda através de referências bem específicas que o designer de sapatos brasileiro usou para a criação de seu inverno 2015, que contorna o estilo boho para apostar no significado mais sofisticado para o sexy na época.

Como uma continuação de seu pre-fall, mules ganham destaque na coleção, com saltos grossos e shapes mais bold dos que o criador costuma usar (o uso de materiais como croco e píton, marcas registradas do criador, continua ali). Completam a coleção boas ankle boots (ora com aplicação de franjas, ora cobertas por texturas exóticas) e os saltos finos hit da marca.

O evento deste domingo promete reunir power names da indústria da moda internacional. No Brasil, os pares poderão ser encontrados a partir de maio.

Editora Globo (Foto: Editora Globo)

Editora Globo (Foto: Editora Globo)

sábado, 7 de março de 2015

Dólar em alta faz brasileiros trocarem Nova York por Paris

Dólar turismo abre negociado a R$ 3,12 - Márcia Foletto / Ag. O Globo


















Segundo reportagem de Rennan Setti, Lucianne Carneiro e Débora Diniz publicada ontem (6) o jornal O Globo, com dólar alto, viajar para Paris já é mais barato do que ir a Nova York - sendo que este movimento da moeda americana não se repete com o euro, que sempre foi visto pelos brasileiros como bem mais caro. Segue a matéria:

"O dólar comercial encerrou acima dos R$ 3 nesta quinta-feira, o que não ocorria desde 16 de agosto de 2004. A divisa fechou em alta de 1,04%, a R$ 3,011, tendo sido negociada a R$ 3,023 na máxima do dia. Nas casas de câmbio de São Paulo, o dólar turismo em espécie era vendido a R$ 3,20, segundo a firma de informações financeiras CMA. No Rio, a cotação era de R$ 3,13.

Mas esse movimento da moeda americana não se repetiu com o euro, que sempre foi visto pelos brasileiros como bem mais caro que o dólar. No mercado à vista, referência para o mercado financeiro, a diferença entre o dólar e o euro na comparação com o real foi de R$ 0,308. O dólar fechou cotado a R$ 3,003, e a moeda europeia, a R$ 3,311. É a menor diferença entre as duas divisas desde 4 de setembro de 2003, quando ficou em R$ 0,2775. Naquela ocasião, o dólar à vista estava em R$ 2,925 e o euro, em R$ 3,203. Ou seja, para os turistas, isso significa que a Europa pode estar valendo mais a pena que os Estados Unidos.

Simulação feita pelo GLOBO junto a agências de viagens mostra que um pacote de sete noites em Paris em hotel de classe turística já está mais barato que para Nova York na semana de 23 de março. Cotação feita pela Sóviagens Turismo para a cidade americana sai a US$ 1.349 por pessoa, em apartamento duplo, sem incluir taxas de embarque, impostos e encargos da agência. Para a capital francesa, o valor é de US$ 1.296.

— As viagens para a Europa estão ficando mais vantajosas, mas as pessoas ainda não perceberam isso — afirma a diretora da Sóviagens, Mariangela Botto.

Ela destaca que “os telefones estão parados” e quem já tem viagem marcada para os EUA está fazendo mudanças na escolha de hotéis, por exemplo, para amenizar o dólar mais caro.

COMPORTAMENTO DOS CLIENTES

Segundo a Express Tours, o valor de sete noites em Paris, com saída em 23 de março e hospedagem em hotel categoria turística, com translados de chegada e saída, custa US$ 1.690. Para Nova York, no mesmo período, o valor é de US$ 1.850. Em ambos os casos, as taxas de embarque saem por US$ 100.

A empresa já sente a diferença no comportamento dos clientes. Quem estava se programando para ir aos EUA está segurando o fechamento do pacote, à espera de que a cotação do dólar recue. Outros clientes começam a rever os destinos.

— A procura pela Europa tem crescido. Hoje os pacotes têm preço equivalente ao dos Estados Unidos e até mesmo ao de alguns destinos da América Latina — afirma Márcia Santos, gerente operacional da Express Tours.

As agências também já começam a tentar convencer os viajantes a trocarem os EUA pela Europa. O diretor comercial da Nascimento Turismo, Cleiton Feijó, a estratégia tem sido oferecer orçamentos para destinos europeus:

— Há um ano, essa diferença do dólar para o euro era de cerca de 30%, e hoje está em 10%. É bem mais atraente hoje viajar para a Europa que para os Estados Unidos, mas ainda não há essa percepção entre as pessoas, só entre os que acompanham mais esse mercado.

A preocupação dos viajantes, segundo Feijó, é com a oscilação das moedas — tanto o dólar quanto o euro —, que dificulta um planejamento mais claro dos custos da viagem.

Na Visual Turismo, o presidente Afonso Gomes Louro também percebeu aumento da procura por cidades na Europa, além da troca dos EUA por destinos no Brasil:

— Quando há oscilação da moeda, o cliente se retrai. Temos negociado com fornecedores, como hotéis, para reduzir o preço em dólar. E temos visto aumento da procura por Europa, mas também por destinos domésticos.

A CVC também tem observado aumento na procura pela Europa desde o ano passado, quando o euro registrou desvalorização. Isso porque, com as moedas quase equiparadas, as viagens para o continente estão mais atraentes para os consumidores.

— Somente em 2014, os embarques de brasileiros na CVC para a Europa cresceram mais de 20% que em relação a 2013, e temos empregado cada vez mais esforços para democratizar o acesso às viagens naquele continente. Além de oferecer promoções de “euro reduzido”, reformulamos nossos pacotes, ao incluir serviços como guias de turismo que falam português e transporte entre países pela Europa — conta Luiz Eduardo Falco, presidente da CVC.

Em 2014, a Europa foi o quarto principal destino internacional dos clientes da empresa, perdendo apenas para Miami-Orlando, Buenos Aires e Caribe. Na Europa, as preferências são por Madri-Barcelona (54%), Lisboa-Porto (27%) e Roma (17%).

BCE: ESTÍMULO COMEÇA NA SEGUNDA-FEIRA

Esse cenário não deve mudar tão cedo. O gerente de câmbio da TOV Corretora, Reginaldo Siaca, ressalta que a tendência da moeda americana ainda é de alta a curto prazo:

— O dólar ganha força diante da expectativa de alta dos juros nos Estados Unidos, e ainda temos fatores internos, como as incertezas políticas, o racionamento, a inflação acima da meta e, agora, o mercado de trabalho. A curto prazo, a moeda americana vai ficar pressionada.

A tendência do dólar ontem foi de valorização global, subindo frente a 15 das 16 principais moedas do mundo. Mas foi o euro que mais chamou a atenção no mercado de câmbio: a moeda única europeia chegou a ser negociada abaixo de US$ 1,10, o que não ocorria há 11 anos. O euro acabou encerrando os negócios a US$ 1,1028, uma queda de 0,5%. Vassili Serebriakov, estrategista de câmbio do BNP Paribas, disse à agência Bloomberg que o banco prevê paridade entre dólar e euro já no início do ano que vem.

A desvalorização da moeda única europeia ontem se deveu ao anúncio dos detalhes sobre o pacote de estímulo financeiro na Europa. O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, explicou ontem que as compras de ativos monetários, de € 60 bilhões por mês, começaram na próxima segunda-feira. Isso equivale a uma injeção de dinheiro nos mercados financeiros.

No cenário brasileiro, contribuem para a valorização do dólar as crescentes dificuldades políticas para o governo fazer o ajuste fiscal e uma intervenção menor do Banco Central no câmbio. Esta semana, a autarquia começou a oferecer diariamente a rolagem de 7.400 mil contratos do chamado swap cambial (venda de dólar no mercado futuro) que venceriam no mês que vem. Se mantiver esse ritmo, o BC irá deixar vencer US$ 2,2 bilhões do lote total de US$ 9,96 bilhões com vencimento em abril. Para rolar tudo, o BC deveria estar oferecendo diariamente 9.500 contratos."

sexta-feira, 6 de março de 2015

Ibrahimovic inaugura estátua de cera no Musée Grévin de Paris



O atacante Ibrahimovic, principal astro do Paris Saint-Germain, acompanhou a chegada de sua estátua de cera no Musée Grévin, na capital francesa. O craque esteve nesta segunda-feira no local, e até brincou na hora de mostrar a obra, que vai ficar perto de Pelé.

- É realmente incrível estar aqui. É uma grande honra. Não se esqueçam de tirar várias fotos comigo - disse o jogador.

Para fazer a estátua de cera, foram necessárias várias sessões com o jogador. No total, ela levou praticamente seis meses para ser finalizada.

Raymond Kopa foi o primeiro jogador a ser feito em cera pelo museu, em 1962. Outros como Platini, Henry, Desailly, Barthez, Zidane e Ronaldo também estão lá.

quinta-feira, 5 de março de 2015

França pede captura de suspeitos de atentado antissemita em 1982

O interior do restaurante Jo-Goldenberg dois dias após
ataque que deixou seis mortos - foto: Joel Robine/AFP
A justiça francesa emitiu ordens de captura internacionais em fevereiro contra três homens suspeitos de participação em um atentado cometido em um bairro judeu de Paris em 1982, que deixou seis mortos.

Os três suspeitos, que moram na Cisjordânia, na Jordânia e na Noruega, foram identificados em uma investigação coordenada pelo juiz de instrução antiterrorista de Paris Marc Trévidic, segundo uma fonte judicial.

Em 9 de agosto de 1982, uma granada foi lançada contra o restaurante Jo Goldenberg na rua Rosiers, em Paris. A explosão aconteceu em meio a quase 100 clientes. Dois homens entraram em seguida no estabelecimento e abriram fogo.

Composto de entre três e cinco homens, segundo uma fonte ligada ao caso, o grupo percorreu depois a rua atirando contra os pedestres com metralhadoras WZ-63, de fabricação polonesa.

O ataque, que durou três minutos, deixou seis mortos e 22 feridos. A operação foi atribuída a um grupo palestino dissidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), o Fatah-Conselho Revolucionário, de Abu Nidal.

A identificação dos suspeitos foi obtida com depoimentos anônimos, após uma longa investigação do Serviço Francês de Segurança Interna (DGSI).

Um dos suspeitos, de 59 anos, mora atualmente em Ramallah, na Cisjordânia ocupada. O segundo, de 56 anos, reside na Noruega, e o terceiro, de 62, na Jordânia, segundo a fonte judicial. Os três são suspeitos de integrar o comando.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Dez drones sobrevoam o céu de Paris



Dez drones foram vistos sobrevoando Paris na noite desta terça-feira (3) e, segundo relatos, a polícia procura quatro homens depois de uma perseguição no leste da cidade. Eles foram vistos pairando sobre a Torre Eiffel e outras áreas mais afastadas do centro da cidade. De acordo com o governo, cerca de 60 drones foram detectados desde outubro sobrevoando locais que vão de pontos turísticos a instalações nucleares e à embaixada americana.

Os voos mais recentes foram registrados na capital da França, disparando alertas de segurança depois do assassinato de 17 pessoas em janeiro em atentados terroristas. O policiamento em pontos chave de Paris foi reforçado depois dos ataques na revista satírica “Charlie Hebdo”, em Montrouge e em uma mercearia judaica.

Segundo o porta-voz do governo, Stephane Le Foll, declarou para a rádio France Info, a polícia francesa vai procurar e prender os operadores dos drones ilegais que estão sobrevoando áreas sensíveis de Paris e instalações nucleares.

— O dia em que encontrarmos as pessoas que estão fazendo isso haverá punições... Nós vamos encontrá-los de um jeito ou de outro.

O voo de aeronaves teleguiadas sobre a capital sem licença é proibido e seu uso noturno não é permitido nem com autorização. O aumento da segurança é considerado um dos motivos pelo qual os drones foram vistos. Em janeiro, uma dessas aeronaves sobrevoou o Palácio do Eliseu, residência do presidente François Hollande, e na semana passada outro foi visto perto da Embaixada dos Estados Unidos. Fontes policiais comunicaram à mídia francesa que os últimos veículos aéreos não pilotados apareceram na terça-feira, às 22h (horário local).


terça-feira, 3 de março de 2015

Luma Grothe é nomeada porta-voz da L’Oréal Paris

Luma Grothe (Foto: Divulgação)


Segundo informações da Vogue Brasil, a brasileira Luma Grothe é a mais nova porta-voz da L’Oréal Paris, se juntando a um time poderoso de tops internacionais que inclui nomes como Karlie Kloss, Barbara Palvin Liya Kebede e Lara Stone.

"A entrada rápida no cenário da moda e o carisma magnético combinados com seus deslumbrantes olhos de esmeralda fazem dela a modelo estreante mais moderna", declarou Cyril Chapuy, presidente global da gigante de beauté ao WWD. "Ela é a garota-propaganda perfeita para mostrar uma visão moderna e multicultural de beleza".

Com ascendência alemã, japonesa e africana, a modelo natural de Joinville,que estrelou um editorial hot by Ellen Von Unwerth para a edição de setembro da Vogue Brasil (foto acima), se mudou para Londres quando tinha 16 anos a trabalho e desde então cruzou passarelas renomadas, tais como Burberry, Vivienne Westwood e Dsquared2.

"Estou muito orgulhosa de representar uma marca tão inspiradora. Para mim, 'Porque você vale a pena' é mais do que um slogan lendário eu cresci. É um lema que continua a ressoar na minha geração ", disse Luma.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Paris, minha mãe e o "penico do mundo"




Quando meu pai serviu em Madrid, ele e minha mãe fizeram amizade com um casal de espanhóis: Wenceslau Verde e Amélia que, tempos depois desembarcaram no Brasil e montaram dois negócios: os Cinemas Condor e a Condor Filmes.

Já no Brasil eles se tornaram muitos chegados de minha mãe, já separada de meu pai, a ponto de todo e qualquer fim-de-semana irmos, ela e eu, ao cozido (não era almoço, não: era cozido) de domingo em sua casa no alto do Jardim Pernambuco.

Lembro de tudo como se fosse hoje: Tio Wence com seu charuto, Tia Amelinha de bata, Carlos, Karla e Flavia (netos e meus amigos até hoje) e eu na piscina – rodeada de lindos jardins criados pelo paisagista Roberto Burle Marx – fazendo muita bagunça e recebendo broncas, o Jorge, copeiro, nos trazendo a grande novidade que era o guaraná em lata da Skol (no Brasil ainda não se produzia a folha de flandres, o que fazia que a lata fosse feita de um metal muito duro e pesado).

E ainda o Kiko Pinto e seus filhos Luciana e Carlos, o nosso dentista Agnelo e seu Puma conversível preto, o casal de dinamarqueses gigantes, caramba: quantas boas lembranças! Mas o que mais lembro é de uma frase que minha mãe sempre dizia quando estávamos para sair de casa, na Praia do Flamengo: vamos torcer para que hoje o penico do mundo não fique cheio.

Ela fazia referência à fama que o Alto Leblon e a Gávea tinham de estar sempre com nuvens (isso mudou hoje, acho que graças à ocupação urbana) e grande possibilidade de chover – apenas lá, diga-se de passagem.

Eu, com cinco, seis anos, achava muito engraçado essa história de penico mas o fato era que não raras vezes, realmente saíamos de casa com sol e chegávamos no Tio Wence com uma chuvinha de nada, mas era uma chuvinha.

Aqui em Paris estamos quase chegando na primavera e como sempre em relação às chuvas, Paris tem um padrão de regularidade, distribuindo-as durante o ano todo mas, entretanto, para surpresa, temos tido chuvas quase que diariamente sem exceção.

Não tem sido raro o dia que pego sol e chuva no mesmo dia, o que me fez comprar um guarda-chuva desses pequenos e dobráveis e com isso tudo, tenho me lembrado de minha mãe, do Tio Wence e da Tia Amelinha e mais ainda da frase sobre o penico do mundo - só que agora, acredito que ele seja aqui e não no Alto Leblon ou na Gávea.

domingo, 1 de março de 2015

Peças raras são roubadas de museu chinês em Fontainebleau

Le salon chinois de l'impératrice Eugénie, aménagé en 1863 au château de Fontainebleau, cambriolé dimanche 1er mars 2015.

Cerca de 15 peças de arte raras foram roubadas na manhã deste domingo (1º) do museu chinês do Chateau de Fontainebleau, no sudoeste de Paris, disse o ministério da Cultura da França.

Entre os artigos, uma coroa do Rei do Sião, dada ao imperador Napoléon III durante a visita oficial do rei à França em 1861, e uma quimera chinesa em esmalte cloisonné do reino de Quianlong (1736-1795), de acordo com o comunicado.

Os artefatos roubados vieram da China e do Sião, conhecido como Tailândia hoje em dia, e foram todos colecionados pela imperatriz Eugenie, esposa de Napoléon. Ela os mantinha guardados em seu museu, criado em 1863.

O ministério informou que o roubo, que aconteceu em uma das partes mais seguras do castelo, levou apenas sete minutos para ser consumado e que uma investigação já foi iniciada.

O Chateau de Fontainebleau foi a residência dos monarcas franceses de Louis VII até Napoléon III, e é agora um museu nacional.


Mandala ou cosmogramme tibétain en or corail et turquoise, dérobé dimanche 1er mars 2015.

Chimère chinoise en émail cloisonné du XVIIIe siècle, volée dimanche 1er mars 2015.

Copie de la couronne du roi de Siam, offerte à Napoléon III en 1861, volée dimanche 1er mars 2015.