segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Robert Polidori na Karsten Greve de Paris



A filial parisiense da galeria alemã Karsten Greve, de Colônia - há outra filial em St. Moritz -, apresenta até o dia 31 de dezembro no Marais, uma mostra do fotógrafo canadense Robert Polidori sobre a destruição: o artista fotografa, na maioria das vezes, locais abandonados em decadência, com um olhar ao mesmo tempo melancólico e majestoso.

Parte dessa exposição já esteve no Brasil, em 2009, sob curadoria do Instituto Moreira Salles e foi a primeira retrospectiva do fotógrafo na América Latina, à exemplo da mostra parisiense, foram apresentados seus principais ensaios realizados desde os anos 1980, sempre com luz natural e em lugares de difícil acesso ou até mesmo fechados ou proibidos ao público como as séries sobre as cidades ucranianas Pripyat e Chernobyl, 15 anos após o acidente nuclear de 1986; New Orleans devastada pelo Katrina, em 2006; e o extenso ensaio sobre as sucessivas restaurações do Château de Versailles, ao qual o artista se dedica há mais de 23 anos.

A mostra traz também cenas urbanas de Alexandria, Havana, Varanasi, Beirute e Aman, que focam na construção civil e nas ruas comerciais dessas cidades e suas ampliações são de grande formato, algumas têm mais de 1,80m de altura e fica aberta ao público das terças aos sábados, das 10h00 às 19h00.

Galerie Karsten Greve Paris
5, Rue Debelleyme
3ème arrondissement
Telefone: 01 42 77 19 37
http://www.artnet.com/galleries/home.asp?gid=480









domingo, 29 de setembro de 2013

Saint Laurent inaugura nova loja na Montaigne



A prestigiada marca Saint Laurent Paris acaba de inaugurar suas novas instalações de 900 m² no famoso “Triangle d’Or”, formado pela avenidas dos Champs Elysées, Montaigne e George V, onde todo o poder se encontra – seja do mundo dos negócios, da moda, do luxo ou ainda mesmo, da própria imprensa.

Exclusivamente dedicada às coleções criadas por Hedi Slimane - seu diretor artístico, disposto a revolucionar a ilustre Maison -, o espaço apresenta uma decoração vanguardista com linhas futuristas, misturando jogos de espelhos, materiais brutos e requintados, como o concreto e o mármore.

53, Avenue Montaigne
8ème arrondissement
Telefone: 01 53 83 84 53
www.ysl.com

sábado, 28 de setembro de 2013

Hard Rock Couture: a moda das estrelas em Paris



Segundo informações da EFE, desde ontem (27), o Hard Rock Café da Cidade Luz traz uma mostra que, coincidindo com a Semana da Moda de Paris, apresenta vinte peças inesquecíveis da história da música e que mostram a estreita relação entre o rock, o pop e a moda.

A exposição 'Hard Rock Couture' mostra uma seleção das 77 mil peças que a cadeia americana restaurantes tem no acervo, que começou com uma guitarra doada por Eric Clapton para deixar claro qual era sua cadeira no local.

Lá vamos encontrar o icônico espartilho pontudo de Madonna, desenhado por Jean-Paul Gaultier e que enlouqueceu plateias de todo o mundo cantando 'Like a Virgin', em 1990 mas há também a jaqueta e calça bordados com flores e incrustações em Swarovski de Madonna na exposição.

O casaco preto de Brandon Flowers com plumas nos ombros é o resultado da admiração do vocalista da banda The Killers, pelos desenhos de Hedi Slimane para a Maison Dior.

A jaqueta de couro vermelha que Michael Jackson vestia no videoclipe de 'Beat It', cheia de tachas e ombreiras metalizadas, está exposta junto do macacão branco com raios negros que deixava nu o torso de Freddie Mercury durante sua turnê em 1978.

Algumas peças que entraram no imaginário popular e outras são também um pouco da história da música, como o macacão puído nos shows do Kiss, que chegou a ser chamuscado por faíscas que saíam da guitarra durante o espetáculo.

O jaqueta marrom usada por John Lennon na capa do álbum 'Rubber Soul' (de 1965) testemunha o rumo os Beatles estavam tomando: canções mais maduras que deixavam para trás uma estética mais formal.

Quem não se lembra de Elvis Presley com sua roupa branca, as calças boca de sino, com um cinto de tachas, tão ao estilo de Las Vegas? É a ilustração dos últimos anos de glória de quem tinha conquistado a massa com uma indumentária bem ousada.

Do início da carreira de Elvis, nos anos 50, está a jaqueta que vestiu no célebre filme 'Prisioneiro do Rock and Roll' ('Jailhouse Rock', de 1957), de couro com botões metálicos e seu número de identificação.

O modelo biker que Sid Vicious, dos Sex Pistols, praticamente não tirava do corpo, e os trajes extravagantes que John Lennon fez sob medida, a partir de um quadro do pintor inglês Thomas Gainsborough, bem ao estilo do século XVIII, também estarão expostas.

A exposição traz também as últimas tendências do mundo da música, como apontam os vestidos de ousadíssima Lady Gaga, de Katy Perry - lantejoulas pretas e plumas rosas, e de Shakira.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

A coleção de Charles Ratton no Musée du Quai-Branly


A exposição "L'Invention des Arts Primitifs", em cartaz no Musée du Quai-Branly traz parte da renomada coleção de Charles Ratton, especialista em arte e renomado marchand que, antes de morrer, em 1986, propôs deixar sua coleção de herança ao Musée du Louvre.

Contudo e apesar de ter trabalhado desde 1930 para promover o reconhecimento de que as "artes da América pré-Colombiana, da África e da Oceania são dignas da mesma estima que as ditas Artes Clássicas", sua oferta foi recusada.

Musée du Quai-Branly
37, Quai Branly
7ème arrondissement
Telefone: 01 56 61 70 00
www.quaibranly.fr

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Paris na vanguarda da Street Art

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Criada pela Galerie Itinerrance, a mostra "La Tour Paris 13" é a maior exposição de Street Art já realizada na França.

A partir de 1o. de outubro até 31 de outubro um prédio construído nos anos 50, com nove andares e 36 apartamentos, no 13ème arrondissement, será transformado em um grande espaço com mais de 4.500 m² onde serão apresentadas superfícies decoradas por "artistas de rua".

Veja aqui o vídeo promocional da exposição: http://www.dailymotion.com/video/x14nqjb_tour-paris-13_creationhttp://www.dailymotion.com/video/x14nqjb_tour-paris-13_creation

Tour Paris 13
1-5, Rue Fulton
13ème arrondissement
www.tourparis13.fr

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Musée D'Orsay e os homens nus





































Até o dia 2 de janeiro o Musée d’Orsay apresenta uma exposição que explora o corpo masculino na Arte de 1800 até os nossos dias e o resultado é que o museu, um dos mais importantes da toda Europa, está recheado de homens nus.

Como se nota, muitos dos grandes artistas sempre adoraram retratar suas musas sem roupa, mas pouco se vê quadros de homens nus e é por essa razão que, pela primeira vez, um museu de porte internacional resolveu despir os homens e fazer uma exposição dedicada exclusivamente à nudez masculina: são 180 obras do início do século XIX até a atualidade.

Indagados se essa mostra poderia afugentar parte do seu público, composto de pessoas mais conservadoras, seu Curador respondeu que a mostra, inteligente e descontraída, não se leva tão a sério.

Musée D'Orsay
62, Rue de Lille
Terça a domingo das 9h30 às 18h00 (quinta até 21h00)
www.musee-orsay.fr

terça-feira, 24 de setembro de 2013

La Coop: a Savoie em Saint-Germain-des-Prés




Se um dia você estiver perto do Jardin du Luxembourg, aproveite para fazer uma degustação de queijos da Savoie no La Coop, um bar à fromage e uma boutique de produtos regionais da Coopérative Laitière du Beaufortain que serve o maravilhoso beaufort em generosas porções, sempre muito bem acompanhado de vinhos selecionados da mesma região.

9, Rue Corneille
6ème arrondissement
Telefone: 01 43 29 91 07
Site geral: www.cooperative-de-beaufort.com
Site Paris: www.cooperative-de-beaufort.com/les_points_de_vente-paris_.html 
 

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A França, segundos os próprios franceses

O que os belgas pensam da França não é bom, nem os italianos, alemãs, espanhóis ou ainda os ingleses. Mas engraçado mesmo é como os franceses das várias regiões do país vêem a França.

A França vista pelos habitantes de Paris:

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A França vista pelos habitantes de Marseille:

masreille


A França vista pelos habitantes de Toulouse:

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A França vista pelos habitantes da Bretagne, opção 1:
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A França vista pelos habitantes da Bretagne, opção 2:
bretons1


A França vista pelos habitantes das Ardennes:

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A França vista pelos habitantes da Normandie:

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A França vista pelos habitantes da Alsace:

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A França vista pelos habitantes do Sul:
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domingo, 22 de setembro de 2013

O esplendor de Paris visto do céu

Quem sobe a Tour Eiffel pode garantir uma impressionante vista de parte da Cidade Luz, mas admirar a própria torre de cima e ainda outros monumentos e pontos de interesse não é algo tão comum ou fácil, como mostram abaixo dez fotos de Charles Platiau (Reuters) sobre a cidade mais romântica da Europa.

1) a Tour Eiffel, inaugurada em 1889, domina a região central da cidade:



2) inaugurado em 1836, após ter sido encomendado por Napoleão Bonaparte para comemorar suas vitórias militares, o Arc du Triomphe fica na Place Charles de Gaulle:



3) comemorando 850 anos em 2013, a Catredale de Notre Dame de Paris é uma das mais imponentes do mundo em estilo gótico e fica no berço de Paris, na Île de la Cité:



4) abertos ao público desde 1874, os jardins do Palais Royal eram antes exclusivos para uso da realeza, atualmente é popular entre os próprios parisienses e turistas:



5) o Hòtel des Invalides foi construído por Louis XIV para atender os feridos do exército em 1670, mas é mais conhecido por abrigar o túmulo de Napoleão, o Musée de l'Armée, o Musée de Plans Reliefs e o Memorial Charles de Gaule:



6) os jardins do Louvre e os jardins do Palais Royal são muito próximos:



7) a Île Saint-Louis, cuja ocupação começou no Século XVII, é uma das duas ilhas da Paris "intra-muros" do Sena e é vizinha à Île de la Cité:



8) a Basilique du Sacré-Coeur, no aldo da Butte Montmarte, foi construída no estilo romano-bizantino e, apesar de ter 126 anos, foi consagrada em 1919:



9) quase desconhecida dos turistas, a Place des Victoires fica entre os 1er e 2ème arrondissements e tem, ao seu centro, uma estátua em homenagem à Louis XIV:



10) a revitalização feita pelo Barão de Haussman, sob as ordens de Napoleão III entre 1853 e 1870 e perfeitamente visível através da arquitetura característica e dos grandes bulevares abertos em sua gestão:

sábado, 21 de setembro de 2013

A Riviera Francesa desvendada ao longo do ano

A Croisette, rua símbolo de Cannes, vista a partir da suíte Christian Dior, no Hotel Majestic.
Foto: Bruno Agostini / O Globo

O repórter Bruno Agostini, de O Globo, publicou nesta última quinta, (19), uma excelente reportagem sobre como se pode aproveitar a Riviera Francesa o ano todo, que reproduzo e recomendo a leitura, segue a peça:

Um roteiro para aproveitar a Riviera Francesa o ano todo

Banhadas pelo Mar Mediterrâneo, as badaladas Cannes e Antibes são ótimas opções também fora do verão

CANNES - No centro de Cannes existe uma loja de equipamentos de esportes e roupas de neve. Não se trata de um devaneio comercial. A menos de uma hora da cidade famosa pelo festival de cinema estão L’Audibergue e Gréolières, duas pequeninas e charmosas estações de esqui encravadas nos Alpes-Marítimos, e durante a temporada de inverno muitos visitantes se hospedam na cidade litorânea, e sobem as montanhas para deslizar nas pistas.

Na vizinha Antibes, a cerca de dez quilômetros de Cannes, eterno reduto de magnatas, e também de pintores e outros artistas plásticos, o cenário é inspirador. Paisagem tão sugestiva que até existe um circuito turístico pontilhado pela reprodução de alguns dos muitos quadros pintados neste balneário chique. Às vezes, a obra em questão retrata o panorama invernal, com as montanhas nevadas e as árvores desfolhadas, porque muitos desses artistas iam para lá no período mais frio do ano, aproveitando o clima ameno da região em relação às áreas mais ao norte da Europa. Sim, existe vida na Riviera Francesa fora dos meses mais quentes do calendário.

Mesmo quem não pretende praticar esporte de inverno, ou pintar quadros, também encontra razões para subir as montanhas. Porque nelas estão algumas das cidadelas mais charmosas da França, como St-Paul-de-Vence, vilarejo medieval que durante o verão fervilha de gente, e agora começa e ficar um pouco mais calmo e tranquilo, mas não menos belo, ou Mougins, terra de escolas de cozinha, e onde Picasso passou os últimos anos. Conforme nos aproximamos do final do ano, os prazeres da região vão deixando aos poucos de ser a combinação de sol, mar e badalação para dar lugar à boa mesa, à lareira, ao vinho tinto e ao ambiente romântico.

História e compras na cidade do cinema

Para além do glamour cinematográfico do Festival de Cannes, e das estrelas que pisam no tapete vermelho esticado nas escadarias do Palais des Festivals et des Congrès, na ponta oeste da Croisette, existe uma cidade com construções medievais bem preservadas, um porto de onde zarpam passeios de barco para ilhas mediterrâneas e uma seleção respeitável de hotéis, restaurantes e lojas de grife, à altura das celebridades que frequentam o balneário ao longo do ano. Em Cannes, mesmo no verão, a praia é só um detalhe.

Caminhar pela Croisette é a maneira mais charmosa e agradável de se chegar à área mais antiga de Cannes, passando pelo mercado provençal de Forville, uma daquelas tentadoras feiras que apresentam os produtos locais em barracas coloridas cobertas de delícias da terra, como os queijos de cabra biológicos produzidos nas cercanias, em seus diversos níveis de maturação, ou os barris de madeira repletos de azeitonas reluzentes.

Logo adiante encontramos as ladeiras que cortam o centro antigo de Cannes, um emaranhado de ruelas que conduzem até o alto da colina, de onde se descortina um panorama privilegiado da cidade e dos arredores, tendo a orla da Croisette e o Vieux Port, com Antibes ao fundo, de um lado, e parte do Golfe de la Napoule e o Boulevard du Midi Louise Moreau, que leva às praias mais ocidentais, do outro.

Dominando a paisagem, uma torre serve de marco geográfico. A Tour du Mont-Chevalier resiste ao tempo, e hoje, além de ser um mirante, também indica a localização do Musée de la Castre, cujo acervo guarda iconografia sobre a cidade, além de uma bela coleção de arte primitiva, com peças africanas e asiáticas, incluindo uma sala repleta de instrumentos.

Se a Croisette é o caminho mais charmoso, a Rue Meynadier é o mais “perigoso”, especialmente para os que não resistem às compras. Na mais famosa rua comercial de Cannes, junto com a Rue d’Antibes, cabem tentações para perfis variados: o vestuário é o forte, com grandes grifes e marcas locais, mas também há desde lojas de suvenires, cafés e restaurantes a açougues, padarias e queijarias. A Meynadier, rua de pedestres sempre cheia de gente, estreita e quase caótica, começa na parte antiga de Cannes, passando por detrás do porto, onde estão ancorados iates, muitos deles disponíveis para aluguel para passeios pelo Mar Mediterrâneo.

No final da Meynadier, a Rue Rouguière é uma discreta conexão entre dois eixos comerciais, nos fazendo chegar à Rue d’Antibes, na altura do icônico Splendid, um dos tantos hotéis clássicos de Cannes. Paralela à Croisette, a Rue d’Antibes é maior, com tráfego intenso de carros, e comércio mais elegante, dominado por marcas de luxo, de grifes de roupa a joalherias, de lojas de móveis e objetos de design a filial da Fnac.

Passear pelo porto rende belas fotos das diferentes embarcações que enfeitam o cenário. Algumas delas fazem passeios regulares,com roteiros variados, entre eles visitas às Îles de Lérins, arquipélago com quatro ilhas. Duas delas, maiores, recebem visitantes, e estão bem perto do continente — olhando da praia, até parecem uma extensão da Croisette. Sainte-Marguerite é a maior, com praias repletas de banhistas no verão, famosa por ter abrigado o lendário Homem da Máscara de Ferro, história misteriosa que ganhou o cinema em 1998, com direção de Randall Wallace, e Leonardo DiCaprio no elenco.

Logo em frente, separada por um canal repleto de barcos, com visitantes que aproveitam as águas calmas, está Saint-Honorat, cujo apelo são os aspectos históricos, já que não é possível se banhar nas suas águas claras, porque a ilha pertence a um monastério, o Monastère Fortifié de l’Abbaye de Lérins, que proíbe biquínis e afins. O passeio para cada uma das ilhas custa € 11, e inclui o barco e o ingresso na ilha.

Saint-Honorat é um lugar tão pitoresco que um mergulho nem faz falta. Logo na chegada encontramos um restaurante, La Tonelle, com vista para o mar, onde é possível beber uma taça de Taittinger (€ 13) e comer pratos como queijo de cabra grelhado com mel e nozes (€ 14,50), brochete de camarões (€ 75) ou frutos do mar “a la plancha” (€ 158, para duas ou até três pessoas). Nos dias de semana, há menus com entrada, prato principal e sobremesa por € 29,90. Ao lado está a lojinha que vende os vinhos produzidos na ilha pelos monges, que também cultivam oliveiras. São vários rótulos, entre tintos e brancos, como o Saint Sauveur, um syrah feito com uvas de um vinhedo antigo (€ 42). Os monges fazem milagres, e produzem até um pinot noir, o Saint Salonius, que custa nada menos que € 190. Além de vinhos, os religiosos vendem azeite, mel e essência de lavanda.

Caminhando pela Ilha Saint-Honorat chega-se à abadia, com seus jardins bem cuidados e atmosfera tranquila, e à torre que servia para proteger a ilha dos invasores, de onde se tem lindas vistas do lugar. Há quem se hospede ali, dedicando o tempo à contemplação da bela natureza local, à leitura e ao descanso.

Hospedar-se seguindo o modelo de simplicidade monástica está longe de ser regra em Cannes, muito pelo contrário. Além do Splendid, a cidade tem uma respeitável seleção de hotéis clássicos, que se espalham ao longo da Croisette. No número 10 da avenida à beira-mar, o Majestic Barrière está praticamente debruçado sobre o Palácio dos Festivais, e tem uma suíte com a assinatura de Christian Dior. Um pouco adiante, o Carlton, no número 58, é um dos prédios mais fotografados da cidade, símbolo da Belle Époque. É quase vizinho do Martinez, outro ícone de Cannes, que abriga o melhor restaurante do pedaço, o elegante La Palme d’Or, com duas estrelas Michelin.

Woody Allen, Picasso e absinto

Sentadas com disciplina oriental no chão do Museu Picasso, no centro antigo de Antibes, as crianças escutam a explicação da professora, atentas e interessadas. Enquanto isso, vão desenhando o que se vê na tela. Estão diante do quadro “La joie de vivre” (1946), com o perdão do trocadilho, verdadeira joia, uma das estrelas do acervo da instituição. Instalado numa antiga fortificação, o museu guarda parte importante da obra do pintor espanhol, incluindo uma rara coleção de pratos de cerâmica. A professora explica que a tela é uma paródia de outro quadro famoso, “Bonheur de vivre”, de Matisse, e fala sobre os aspectos estéticos da obra, as cores, as formas, a revolução artística que acontecia àquela altura. Há ótimos guias trabalhando no museu, mas pescar informações de uma aula externa dessas parece bem mais divertido.

Antibes é assim. Cheia de surpresas. O mar verde-esmeralda característico desta parte do litoral francês, no coração da Côte d’Azur, já é conhecido. A antiga tradição em atrair artistas, entre pintores, músicos e escritores, e milionários, com a combinação de paisagem idílica e temperaturas agradáveis, também, bem como as belezas do seu centrinho antigo. A cidadela à beira-mar tem uma marina cheia de iates inacreditáveis, como o Eclipse, do bilionário russo Roman Abramovich, dono do Château de la Croë, em Cap d’Antibes, a área mais chique do pedaço, cenário de mansões, helicópteros e embarcações de sonho.

— Aqui na Riviera, existe um culto aos cabos. Chique mesmo é estar em Cap d’Antibes, em Cap Ferrat, em Cap d’Ail — brinca, sem deixar de ter razão, Marianne Estène-Chauvin, dona do hotel Belles Rives, em Juan-les-Pins, que junto com Cap d’Antibes e Antibes forma um dos mais exclusivos circuitos turísticos de todo o Mediterrâneo.

O hotel em questão, se já é bem famoso, por ter sido residência do casal Zelda e Scott Fitzgerald, pode ficar ainda mais conhecido nos próximos anos.

— O próximo filme de Woody Alen, a ser lançado em 2014, terá cenas gravadas aqui — conta Marianne, que recentemente recepcionou o diretor norte-americano no bar do hotel, com direito a fotos postadas no Facebook dele sentado nas famosas poltronas com estampa de oncinha do bar.

A própria história do lugar já é motivo para uma visita. Para os que não pretendem se hospedar ali, vale investir em um drinque no bar, ou uma refeição no restaurante (ou, melhor ainda, os dois juntos). Nas paredes do piano-bar Fitzgerald vemos fotos em preto e branco de outros frequentadores famosos de Antibes, como Pablo Picaso, Jean Cocteau e Ernest Hemingway. No salão, há um bom pianista a postos, dedilhando um belo instrumento de cauda. Melhor sentar no terraço, debruçado sobre o mar, para acompanhar o espetáculo diário do sol morrendo ali defronte.

Depois de brindar com champanhe o final do dia, o restaurante La Passagère garante uma refeição impecável, preparada pelo chef Yoric Tieche, que trabalhou, entre outros, com Yannick Alleno, no Le Meurice, em Paris. O cardápio muda ao sabor das estações (€ 70, com couvert, entrada, prato principal e sobremesa), e reflete a influência italiana na região. Para começar, manteiga de anchovas e purê de fava com pimenta acompanham pães quentinhos. Peixes e frutos do mar brilham em receitas como a cavala com vinagre de gengibre e geleia de ponzu ou versões de pratos clássicos da região, como a bouillabaisse e a salada niçoise.

Além da vida que gravita ao redor de hotéis, restaurantes, café, boates e cassinos, esses dois últimos mais concentrados em Juan-les-Pins, o centrinho antigo de Antibes tem os seus encantos, a começar pelo circuito de quadros pintados na cidade, colocados no local onde teriam sido feitos. Podemos começar o roteiro artístico no mercado provençal da Cours Masséna, com aquele repertório de gostosuras que faz dessa uma das regiões mais saborosas do mundo, com vegetais, queijos, azeitonas, temperos... Os limões confitados de Antibes, por exemplo, são realmente sublimes.

Aproveitando que estamos ali, é fundamental uma visita ao Absinthe Bar, um tanto escondido, dentro de uma loja de suvenires. Descendo as escadas encontramos um salão com paredes de pedra, um museu da bebida, com cartazes antigos, garrafas e vários acessórios de serviço, além de uma coleção de chapéus. O dono estimula os clientes a usarem os adereços, tornando ainda mais divertido o ambiente antigo dessa construção do século IX.

— Não posso organizar nada pelas redes sociais, porque fica cheio demais. Preciso ser discreto — diz Frédéric Rosenfelder, dono da casa que lota noite sim, outra também e garimpador de peças relacionadas à bebida.

SERVIÇO

Para circular entre Cannes e Antibes, e outras cidades do litoral, e algumas nas montanhas, como Grasse, existe um eficiente sistema de transporte público, com ônibus confortáveis (€ 1,5, ou € 10, o passe de dez viagens) que transitam em intervalos regulares.

ONDE COMER:

Em Antibes

Oscar’s: 8 Rue du Docteur Rostan. Tel. 33 -4-9334-9014. oscars-antibes.com

Em Cannes

Le Parc 45: Le Grand Hôtel. 45 Boulevard de la Croisette. Tel. 33-4-9338-1545. grand-hotel-cannes.com

ONDE FICAR:

Em Antibes

Belles Rives: Diárias a partir de € 175. 33 Boulevard Edouard Baudoin, Juan-les-Pins. Tel. 33-4-9361-0279. bellesrives.com

Garden Beach: Diárias a partir de € 99. 15-17 Boulevard Baudoin, Juan les Pins. Tel. 33-4-9293-5757. hotel-gardenbeach.com

Em Cannes

Carlton: Diárias a partir de € 189.58 Boulevard de la Croisette. Tel. 33-4-9306-4006. intercontinental-carlton-cannes.com

JW Marriott: Diárias a partir de € 189. 50 Boulevard de la Croisette. Tel. 33-4-9299-7000. marriott.com

Majestic: Diárias a partir de € 200. 10 Boulevard de la Croisette. Tel. 33-4-9298-7700. lucienbarriere.com

Martinez: Diárias a partir de € 190. 73 Boulevard de la Croisette. Tel. 33-4-9298-7300. cannesmartinez.grand.hyatt.com

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Saint-Paul-de-Vence e Mougins: duas pérolas da Riviera Francesa

A cidadela medieval de St-Paul-de-Vence se impõe no alto de uma colina. Foto: Bruno Agostini / O Globo
O repórter Bruno Agostini, de O Globo, publicou nesta última quarta, (18), uma excelente reportagem sobre as cidades de Saint-Paul-de-Vence e Mougins, na Riviera Francesa e que reproduzo e recomendo a leitura, segue a peça:

O charme medieval de Saint-Paul-de-Vence e Mougins, na França

Cidades nas colinas da Riviera Francesa, perto de Cannes e Nice, atraem artistas e chefs de cozinha

CANNES - Na entrada da cidadela de Saint-Paul-de-Vence, dominando o alto de uma colina, uma esplanada de terra batida parece ser o epicentro da vida social do lugar. O nome oficial? Place du Jeu de Boules. Em frente ao Café de la Place, é uma espécie de arena esportiva, com meio-fio funcionando como arquibancada, cenário de disputadas partidas simultâneas de pétanque, primo da bocha, uma paixão nacional do sul da França.

Sob a sombra de plátanos, os moradores lançam as bolas metálicas, e a plateia não tão atenta assim mistura locais e forasteiros. Não que este seja um esporte emocionante, mas se sentar nas mesas da varanda do bar observando o movimento dos jogadores é uma boa maneira de começar a se aclimatar ao lugar. Porque, apesar do tamanho acanhado, St-Paul-de-Vence merece ser visitada com a calma de quem vê um jogo de bocha.

Explorar tranquilamente este vilarejo medieval bem preservado, encarapitado no alto de uma colina, é praticamente impossível no verão, porque mal dá para caminhar pelas ruas. E quando as multidões diminuem, pouca gente aproveita para fazer isso. Muitos ônibus de excursão parados do lado de fora dos muros da fortaleza indicam que grande parte dos visitantes passa apenas algumas horas ali, muitas vezes aproveitando uma escala de navio de cruzeiro, entre os tantos que circulam na região(este é um bate e volta clássico dos cruzeiristas do Mar Mediterrâneo).

Realmente, para percorrer as três ruas principais, paralelas, e as outras vias de St-Paul, seus becos e ruelas perpendiculares, não é preciso muito tempo. Para cruzar a Rue Grande em toda a sua extensão, com cerca de 300 metros, não se leva mais do que cinco ou seis minutos, mesmo parando em uma ou outra vitrine.

Mas St-Paul-de-Vence é um cartão-postal todo encravado de saborosos e belos segredinhos, com galerias de arte, cafés, restaurantes, lojas. Entrando e saindo de seus becos medievais podemos encontrar maravilhas praticamente escondidas, como La Petite Cave de Saint-Paul, um desses lugares que deixam apreciadores de vinho em polvorosa. O lugar é a realização do sonho do sommelier Frédéric Theys, que trabalhou em hotéis de Paris, como George V e Ritz, antes de se mudar de mala e adega para a cidadela. Em um espaço tão acanhado quanto aconchegante ele guarda muitos dos vinhos mais caros e raros da França, numa seleção de encher os olhos dos colecionadores, com preços que podem chegar a mais de € 4 mil. Mas também há garrafas que custam € 4 ou € 5.

— Recebo sempre brasileiros aqui, que são bons compradores — conta o sommelier, que tem uma ótima seleção de vinhos da região, incluindo muitos rótulos orgânicos e biodinâmicos.

Caminhando pelas ruas de St-Paul-de-Vence é impossível não reparar na graça das placas com os nomes das vias em pedras irregulares. Chegando ao final da Rue Grande encontramos uma fonte para matar a sede com água fresca, e um mirante sobre o cemitério, com linda vista para o Mediterrâneo, com o tapete verde das montanhas interrompido apenas por poucas construções.

O cenário gracioso associado ao imenso fluxo de turistas faz de St-Paul-de-Vence um reduto de artistas plásticos. Difícil imaginar algum lugar com concentração maior de galerias de arte. Vemos uma ao lado da outra, uma em frente à outra, algumas na Rue Grande, outras escondidinhas. Há de tudo: desde paisagens locais, vendidas como suvenires, a manifestações artísticas de vanguarda. Garimpando é possível encontrar algo interessante, incluindo peças de design e objetos de decoração. Além de galerias de arte, há lojas de produtos regionais, como a Première Pression Provence, de azeites, ou a Beatitude, de brinquedos artesanais, uma graça de lugar.

Para uma refeição intramuros, o restaurante Le Saint-Paul, no hotel de mesmo nome, que faz parte da associação Relais & Châteax, está entre os mais recomendáveis, com um serviço impecável. Além de a cozinha ser considerada a melhor da cidadela, as mesas ficam dispostas em um agradável terraço — nas noites mais frias, é possível se refugiar no salão com piso e paredes de pedra. No cardápio de sotaque italiano, há muitos peixes, sempre frescos, e também massas artesanais.

Porém, a refeição mais concorrida de St-Paul-de-Vence acontece no restaurante La Colombe d’Or, onde mesmo fora da alta temporada é difícil conseguir uma mesa sem reserva.

A comida é elogiada, mas a realidade é que grande parte dos clientes vai pela mística do local, e para ver as obras de arte de tantos pintores que passaram por lá, em especial nos anos 1950, como Joan Miró e Marc Chagall.

Mougins, um reduto de chefs e artistas

No caminho entre Cannes, ponto de partida deste roteiro, e Grasse, a terra dos perfumes, Mougins é uma cidadezinha charmosa que tem um curioso fluxo de visitantes: muitos chegam pela manhã e partem no final da tarde. Isso porque vão para almoçar, e aproveitam para passear pelas ruas tranquilas do centrinho antigo, com construções bem preservadas, um casario de paredes rosadas que, além de restaurante e bares, também abriga pelo menos dois bons museus, galerias de arte e um interessante time de lojas.

Inaugurado há pouco mais de dois anos, o Musée d’Art Classique tem peças romanas, gregas e egípcias, além de obras de artistas de várias gerações e estilos, como Picasso, Matisse, Chagall, Cézanne, Rodin, Dalí, Andy Warhol e Damien Hirst. Para apreciadores de Picasso, o Musée de la Photo André Villers apresenta várias imagens do pintor.

De noite, mais gente chega para o jantar. Ninguém sabe explicar direito porque Mougins se converteu em reduto de chefs — dizem que nos anos 1930 uma bouillabaisse teria sido a origem da tradição — mas o fato é que se vai até a cidade para comer bem.

Há restaurantes de cozinha regional, claro, e italiana, como em toda a Riviera Francesa. Mas também encontramos casas dedicadas à gastronomia de várias partes do mundo, de China, Camboja, Vietnã e Tailândia a Líbano e Marrocos.

Essa tradição culinária também deu origem a um festival gastronômico, que está chegando a sua oitava edição na semana que vem, nos dias 27, 28 e 29, tendo como convidado Gérald Passédat, dono de três estrelas Michelin no restaurante Le Petit Nice, em Marselha.

Outro reflexo da forte cultura gastronômica em Mougins são as escolas de cozinha e aulas de culinárias que acontecem ali. Restaurante mais famoso da cidade, Le Moulin de Mougins organiza cursos diversos, aos sábados pela manhã, para até dez pessoas (€ 80). Comandado pelo chef Erwan Louaisil, a casa apresenta receitas criativas, com forte acento italiano, como suflê de parmigiano com sorbet de tomate e manjericão (€ 34) e fricassé de lagosta com pimenta rosa e sauternes (€ 54).

Menos famoso, mas não menos recomendável, com uma cozinha em ascensão, o restaurante La Place de Mougins, de Denis Fétisson, que também dá aulas de culinária, vem chamando a atenção pelos pratos criativos, que exploram a riqueza dos ingredientes locais. Os menus de almoço custam € 25 (entrada e sobremesa) ou € 35 (entrada, prato principal e sobremesa) e estão entre as melhores pedidas das redondezas — que tal flores de abobrinha recheada com lagostins, azeitonas pretas e ragu de legumes? Para apetites maiores, o menu degustação do jantar (€ 130) vai além da matéria-prima regional, trazendo iguarias como caviar, trufas e carne de wagyu.

Mesmo em lugares mais simples, como La Cave de Mougins, com boa oferta de vinhos em taça, come-se bem em Mougins. Para acompanhar a bebida há pratos rápidos, servidos em pequenas porções.

Para perfumar e temperar

No número 5 do Boulevard de la Croisette, em frente aos Palais des Festivals, encontramos uma loja Chanel. Foi o endereço da marca, em Cannes, que deu origem a uma das mais famosas fragâncias do mundo, o Chanel nº 5, que por sua vez amplificou a fama de Grasse.

A cidade é hoje é conhecida como a “capital mundial do perfume”, e também como o lugar em que morreu a cantora Edith Piaf. Existem tours diários a partir de Cannes, Antibes e Nice para visitar Grasse, com ênfase no perfume, que custam em média € 50.

As ervas e flores que crescem nos arredores da cidade são especialmente aromáticas, devido às condições climáticas, ricas em óleos essenciais, e essas características desenvolveram uma rica cadeia produtiva de aromas, que também é usada na indústria de alimentos. Marcas tradicionais de perfumaria, como Galimard, Molinard and Fragonard, estão baseadas em Grasse, e organizam visitas turísticas.

Naturalmente, com tamanha riqueza de matéria-prima, a área também atrai chefs de cozinha, como Emmanuel Ruz, do restaurante Lou Fassun, a cinco quilômetros do centro de Grasse.

— É fácil cozinhar aqui. Além dos peixes frescos do Mediterrâneo, e também dos vegetais da região, tenho os melhores temperos do mundo. As ervas do Chanel nº 5 crescem abaixo do meu restaurante — gaba-se o chef.

SERVIÇO

ONDE COMER:

Em Mougins

La Place de Mougins: Place du commandant Lamy. Tel. 33-4-9390-1578. laplacedemougins.com

Em St-Paul-de-Vence

Le Saint Paul: 86 Rue Grande. Tel. 33-4-9332-6525. lesaintpaul.com

ONDE FICAR:

Em Mougins

Le Mas Candille: Diárias a partir de € 305. Blvd. Clément Rebuffel. Tel. 33-4-9228-4343. lemascandille.com

Le Moulin de Mougins: 1.028 Avenue Notre-Dame de Vie. Tel. 33-4-9375-7824. moulindemougins.com

Em St-Paul-de-Vence

La Vague de Saint Paul: Diárias a partir de € 228. Chemin des Salettes. Tel. 33-4-9211-2000. vaguesaintpaul.com

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Café Français, o mais novo hot-spot de Gilbert e Thierry Costes


O recém inaugurado Café Français tem decoração assinada pela famosa designer India Mahdavi, uma diva do estilo e é o lugar ideal saborear drinks e refeições em frente à estátua "Le Génie de la Bastille".

A cozinha é comandada pelo Chef Pascal Lognon-Duval, ex-Grand Véfour que, em conjunto com Jean-François Piège, construiu um menu repleto de pratos da mais pura culinária francêsa, todos revisitados e servidos em "service continu", a partir de 30 euros à la carte.

1, Place de la Bastille
4ème arrondissement
Telefone: 01 40 29 04 02
www.beaumarly.com/cafe-francais/accueil

CAFÉ FRANÇAIS


CAFÉ FRANÇAIS


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Braque no Grand Palais de Paris



De hoje até o dia 6 de janeiro as Galeries Nationales du Grand Palais recebem um dos gênios fundadores do Cubismo e precursor no uso de colagens, o Mestre francês Georges Braque.

A exposição – que marca o cinquentenário da morte do artista – traz todas as épocas criativas de Braque (1882-1963), incluindo seus períodos cubistas, fauvistas, as canéforas e culminando com as maravilhosas séries de grandes painéis e pássaros, exploradas em ordem cronológica.

Realizada em conjunto com o Centre Pompidou, mostra reunirá mais de 200 obras cedidas por cerca de cinquenta coleções particulares, setenta museus franceses e também sessenta museus de todo o mundo.

Há ainda duas surpresas: uma é a seção dedicada à obra de Georges Braque segundo a visão dos fotógrafos Man Ray, Doisneau e Cartier-Bresson e outra a reunião, pela primeira vez numa única mostra, da série cubista “Estúdios” (1949-1956), de nove telas.

Grand Palais
3, Avenue du Général Eisenhower
8ème arrondissement
Telefone: 01 44 13 17 17
www.grandpalais.fr




terça-feira, 17 de setembro de 2013

Cerveja, Montmartre e Paris, uma boa combinação

O jornalista correspondente Fernando Eichenberg, de O Globo, publicou nesta segunda (16), uma excelente matéria sobre a People’s Drugstore, uma loja que vende cervejas, mas que não tem permissão para que seus clientes as consumam dentro de suas dependências.

Abaixo reproduzo e recomendo a leitura, segue a peça:

Cerveja nas sarjetas de Montmartre, em Paris
A loja da moda no bairro parisiense vende 300 marcas
de cerveja, que só podem ser degustadas na rua

Loja tem mais de 300 marcas de cerveja - foto: Fernando Eichenberg / O Globo
PARIS - Para os apreciadores de cerveja há um endereço incontornável na capital francesa. O People’s Drugstore (Rue des Martyrs 78), nos altos do bairro de Montmartre, apesar do nome bizarro e em inglês, vale a visita pela oferta e também pelo conceito. Sem licença para funcionar como bar, o local é uma loja de bebidas, com mais de 300 marcas de cerveja do mundo inteiro dispostas em suas estantes. Como não há mesas ou balcão e é proibido degustar no interior, a ideia é comprar a garrafa de seu gosto e beber na rua, em pé mesmo na calçada, encostado à parede ou sentado na mureta ou na sarjeta.

Algumas garrafas já estão geladas em pequenos freezers, mas se aquela que você desejar estiver na prateleira, não há problema: o local dispõe de duas máquinas de gelar rápido, e em cerca de sete minutos a bebida estará numa temperatura apta para ser consumida. Os preços são mais do que acessíveis para os padrões parisienses: € 3 para as garrafas de 330ml e 500ml e € 6 para as de 750ml.

Em tempo: a loja possui um banheiro que pode ser usado por seus clientes. E, claro, sempre haverá a opção de levar as cervejas para casa ou para o hotel, mas a graça não será a mesma. Com a chegada das estações mais frias no hemisfério norte, os simpáticos e atenciosos proprietários esperam em breve transformar o subsolo em uma cave de degustação, mas por enquanto ainda se trata de um projeto. Os donos pretendem também ampliar a oferta de vinhos na casa, já presente, mas ainda em número bastante inferior ao de cervejas.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

La Maison du Chou, do Chef Manuel Martinez

Em pleno coração de Saint Germain des Près, a pâtisserie La Maison du Chou, aberta pelo Chef Manuel Martinez, do estrelado Le Relais Louis XIII - duas estrelas no Guide Michelin Rouge - é um daquales lugares mágicos, com apenas três mesas e que lembra os confeitos de sua avó. Vale a visita, a vista da bucólica praça em frente e prováveis calorias a mais.

Um chou custa 1.70€ (quase o mesmo preço de um macaron na Ladurée), três saem por 5€, seis por 12€ ou uma dúzia por 18€.

7, Rue de Furstenberg
6ème arrondissement
Telefone: 09 54 75 06 05
https://www.facebook.com/MaisonDuChou
















domingo, 15 de setembro de 2013

Fondation Ricard vai escolher o vencedor de seu prêmio



O Grande Prêmio da Fundação Empresarial Ricard será definido por um juri de experts que escolherá entre as obras de oito artistas, com idades variadas até 40 anos, reconhecidos por entidades internacionais ou oriundos do cenário underground e a premiação maior é ter suas obras expostas no Centre Pompidou.

As obras dos finalistas estão expostas até o dia 2 de novembro na própria Fondation Ricard.

12, Rue Boissy-d'Anglas
8ème arrondissement
Telefone: 01 53 30 88 00
www.fondation-entreprise-ricard.com

sábado, 14 de setembro de 2013

Johannesburg em Paris


Em cartaz até o dia 22 de setembro na La Maison Rouge, a exposição My Joburg oferece um painel da capital econômica sul-africana através de quase cinquenta obras, dando ênfase à efervescência artística dos últimos vinte anos e apresenta uma série de artistas de prestígio internacional e ainda jovens talentos ainda pouco conhecidos fora de seu país.

La Maison Rouge
10, Boulevard de la Bastille
12ème arrondissement
Telefone: 01 40 01 08 81
www.maisonrouge.org

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Bomba é detectada no Eurostar Paris-Londres


Segundo informações da AFP, ontem (12), um obus foi detectado dentro de uma mala de um passageiro do Eurostar na direção Paris-Londres e a Gare Paris Nord foi esvaziada durante quase uma hora mas nem o tipo de obus ou o nome do passageiro ou suas motivações foram divulgados.

- "Como acontece de vez em quando, um passageiro tentou subir no trem Eurostar com um obus em sua maleta, mas, evidentemente, ao passar pela porta de controle foi detectado", disse à AFP Antoine Debièvre, funcionário da estação da SNCF, empresa estatal de ferrovias da França.

O termo "obus" é utilizado por algumas forças armadas para designar, por analogia, uma a granada de artilharia disparado pelos obuses (armas) e são, essencialmente, recipientes metálicos cilíndricos com ponta ogival contendo explosivos, agentes químicos, agentes biológicos ou artefatos nucleares, que detonam no impacto ou a alturas previamente programadas.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Atoll de Tetiaroa na Polinésia Francesa ganhará eco-resort de alto luxo



O Atoll de Tetiaroa, um paraíso de 27 km² na Polynésie Française e que pertenceu ao ator Marlon Brando, morto em 2004, ganhará um luxuoso eco-resort em julho de 2004 sob a administração do grupo Pacific Beachcomber (www.pacificbeachcomber.com).

A ilha abrigará o The Brando (http://thebrando.com), um conjunto hoteleiro de vilas privadas e ainda de 25 lotes privados que formarão um pequeno condomínio com casas no mesmo estilo arquitetônico do hotel, que contará com um total de 41 quartos, sendo 30 vilas de um quarto só; 4 com dois quartos e 1 de três quartos, terá classificação de "seis estrelas" e contará com dois restaurantes, dois bares, um spa erguido sobre uma lagoa de água doce; hortas de legumes e verduras; além de um pomar.

Em construção desde 2005, foi necessário criar toda a infra-estrutura da ilha que, até então, não tinha água encanada, eletricidade ou esgotos e segue o sonho de seu antigo dono, que era criar um lugar isolado onde celebridades como ele pudessem se esconder do mundo.

Brando achou a ilha ao procurar na Polynésie Française locações para filmar “O Grande Motim” e acabou por conhecer e o Atoll de Tetiaroa e o comprou por US$ 300 mil em 1960.

Veja aqui o vídeo sobre o atol: http://vimeo.com/28206957