quarta-feira, 30 de abril de 2014

Torá é comprada por mais de 2,7 milhões de euros em Paris

Obra compõe um dos cinco livros que constituem o texto central do judaísmo (Foto: Divulgação/Christie's)

Segundo informações da France Presse, um raro exemplar da Torá - nome dado a um dos cinco primeiros livros que constituem o texto central do judaísmo - foi vendido por 2.785.500 euros em um leilão organizado pela Christie's de Paris.

A avaliação inicial era de um milhão de euros e - "este é um recorde mundial para um livro judaico impresso e um recorde na França para um livro impresso" declarou a Christie's nesta quarta-feira (30).

Impresso em hebraico em janeiro de 1482 na Bolonha, na Itália, esta obra é a primeira em que estão reunidos os cinco primeiros livros que formam o Pentateuco e é também o primeiro livro em que foram adicionados os sinais de vocalização e cantilena (pronúncia da altura musical das vogais), essencial para a leitura e cântico do texto da Torá.

Ao longo dos últimos cem anos, apenas dois exemplares desta rara edição foram a leilão: o primeiro em 1970, impresso em papel vegetal e completo, o segunda em 1998, impresso em papel e incompleto de oito folhas, de acordo com a casa de leilões.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Hollande: abandonado pelo povo e pela amante

Hollande e Julie / Montagem com fotos AP e Reuters

Depois de alcançar os níveis de popularidade mais baixos de um presidente francês e manter dois relacionamentos amorosos, François Hollande entrou para o clube dos solteiros, contou a revista "Gala".

Segundo a publicação, o presidente francês foi abandonado pela atriz Julie Gayet, com quem teria um relacionamento amoroso mesmo quando ainda estava vivendo com Valérie Trierweiler - com quem mantinha relação desde 2007, sem casamento formal.

Uma fonte afirmou à "Gala" que Julie não suportou a "pressão" e a "dimensão" que o episódio tomou e preferiu ficar sozinha.

"Como uma atriz ela pode ser usada para ter atenção pública, mas com Hollande isso se tornou demais para ela", disse uma amiga de Julie.

De acordo com a fonte, também pesou para o rompimento o fato de Ségolène Royal, mãe de quatro filhos do presidente francês e candidata à Presidência em 2007, ter retornado ao Gabinete, no cargo de ministra da Ecologia.


As duas mulheres do presidente: Valerie (à esq.) e Julie / Fotos: AP

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Índios norte-americanos conquistam Paris

A arte dos índios dos planícies norte-americanas, Cheyenne, Sioux, Blackfoot, Pawnee ou Comanche conquistam Paris a partir do Musée du Quai Branly, onde uma exposição conta toda sua história até o dia 20 de julho.

O Musée du Quai Branly, em parceria com o Kansas City Museum e o MET de Nova York, apresenta a continuidade da expressão artística destes povos do Século XVI ao Século XX que, apesar de sua diversidade, as tribos dos índios das planícies formavam uma área cultural onde compartilhavam uma vida nômade baseada na caça ao bisão, além de artes e crenças semelhantes.

Materiais europeus estão integrados nas produções indígenas (pérolas escarlates) sem romper o ambiente e o estilo e as cenas de caça e de guerra pintadas em peles de bisão e de cervo são imperdíveis. De 8 de abril a 20 de julho.

Musée du Quai Branly
37, Quai Branly
Telefone: 01 56 61 70 00
7ème arrondissment
www.quaibranly.fr






domingo, 27 de abril de 2014

Hôtel du Continent, por Christian Lacroix



O Hôtel du Continent tem um quarto projetado por Christian Lacroix, nas vizinhanças da Place Vendôme, reúne as obsessões barrocas do estilista: tecidos furta-cor, papeis de parede inspirados no Século XVIII, peles de animais, paredes aciduladas, móveis coloridos e grande variedade de objetos curiosos.

Uma atmosfera altamente sofisticada e muito glamourosa, que poderá ser descoberta em qualquer dos vinte e cinco apartamentos - todos diferentes - deste 3 estrelas que esbanja estilo e de custo bem acessível: a partir de apenas 130 euros por noite.

30, Rue du Mont-Thabor
1er arrondissement
Telefone: 01 42 60 75 32
www.hotelcontinent.com

sábado, 26 de abril de 2014

As dez maiores atrações da Provence

Melhor momento para visitar a Região de Provence-Alpes-Côte d'Azur, no sul da França, com seus campos de lavanda, montanhas, praias belíssimas, cidades medievais é a primavera e o verão no Hemisfério Norte, quando fica ainda mais bonita. Para quem está se programando para visitar a região, reproduzimos a matéria do Globo Online que listou as dez atrações que não se deve perder por lá.


1) Marseille

Marseille não é só a mais antiga das cidades francesas, com cerca de 2.600 anos, mas também o porto mais agitado do país. A bela combinação entre história e modernidade da cidade é bem exemplificada pelo belo Museu das Civilizações da Europa e do Mediterrâneo (Mucem), que funciona em um prédio arrojado. O Vieux-Port reúne restaurantes e cafés e de lá partem passeios para lindas praias mediterrâneas.






















2) Aix-en-Provence

A arquitetura renascentista, bem preservada em praças e palacetes, é a marca registrada em Aix-en-Provence, onde se respira romantismo e arte. Não é à toa que é a cidade natal do pintor Paul Cézanne, que se inspirou em suas paisagens, como a famosa montanha Sainte-Victoire, e as retratou em diversas telas.






















3) Saint-Tropez

Destino turístico badalado por celebridades e magnatas, Saint-Tropez é o principal símbolo da Côte d'Azur. De Matisse a Brigitte Bardot, o calçadão da cidade já viu passar muita gente boa, e o "people watching" ainda é uma das grandes diversões dos turistas. O charmoso vilarejo, de ruas estreitas, reúne também excelentes adegas e restaurantes.





















4) Avignon

Conhecida como a "cidade dos papas", Avignon ainda hoje usa o período, de 1309 a 1377, quando o comando da Igreja Católica se transferiu para lá, para atrair turistas. O Palácio dos Papas, tombado pela Unesco, realmente vale a visita, mas não é o único encanto da cidade. O centro histórico tem ainda as muralhas medievais, a ponte Saint-Bénezet e muitos museus. No verão, a cidade abriga um prestigiado festival de teatro. É um pecado não ir.






















5) Arles

O conjunto de monumentos romanos e românticos de Arles, cidade fundada pelo imperador Júlio Cesar, é declarado Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco. Construídas em 90 AC, seguindo o mesmo padrão do Coliseu de Roma, as arenas da cidade sediam corridas de touros. Um hábito tão espanhol quanto Pablo Picasso, um dos tantos pintores que, como Van Gogh e Gauguin, passavam temporadas na cidade atraídos por sua luz única.






















6) Campos de lavanda

Onze em cada dez pessoas que visitam a Provence querem ver de perto os campos de lavanda. De junho a setembro as flores roxas colorem os campos do Planalto de Sault até o Pays Buëch, nos contrafortes alpinos. Nesta época há diversos passeios focados na lavanda e em alguns o turista pode até participar da colheita.






















7) Do Mont-Ventoux ao Lubéron

Chamado de "o gigante provençal", o Mont-Ventoux tem 1.909 metros de altura e oferece uma das melhores vistas para a Provence, o vale do Rhône e até o Mont Blanc, em dias de céu limpo. O roteiro que vai da encosta sul da montanha até o Vale do Lubéron, passando por campos de lavanda e o Planalto de Sault, é um clássico da região, com belas paisagens naturais, vilarejos de montanha e castelos medievais.






















8) Garganta de Verdon

Explorar o Parque Natural Regional do Verdon é um programa obrigatório para os amantes da natureza. A área, inclusive, é considerada um dos parques mais bonitos da Europa. Do alto do vale cortado pelo Rio Verdon as vistas são espetaculares. E para relaxar ou praticar esportes náuticos, nada melhor que o Lago Sainte-Croix, de águas muito verde e tranquilas.





















9) Vinícolas da Provence

Se hoje vinhos deliciosos saem da Provence, a culpa é dos gregos, que implantaram a cultura de uvas na região, no século V AC. Hoje, o enoturismo é um dos fortes da Provence, com ótimos rótulos locais servidos nos restaurantes, bares e adegas e belas vinícolas, sobretudo nas regiões de Côtes-de-Provence e Côtes-de-Rhône, que atraem visitantes de todo o mundo.






















10) Alpes do Sul

A parte alpina da região Provence-Alpes-Côte d'Azur é um dos recantos mais bonitos do país, com serras que podem ser exploradas a pé ou de bicicleta nos meses mais quentes do ano. As serras Galibier, Vars, Lautaret, Izoard, La Bonette e La Cayole fazem parte até do mítico Tour de France, um dos eventos esportivos mais cultuados na Europa.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Surfistas brasileiros fazem stand up paddle no Sena

































Segundo informações da jornalista Thamine Leta, da Coluna Gente Boa, do jornal O Globo, dois surfistas brasileiros fizeram stand up paddle no Rio Sena, bem em frente à Tour Eiffel, em Paris.

Caio e Ian Vaz comiam um crêpe au chocolat, na beira do Rio Sena quando tiveram uma ideia:
- “Vamos dar uma remada nessas águas?”. Sim, era arriscado. Eles não pesquisaram sobre o rio, não sabiam sua profundidade. Deu na telha e eles resolveram tentar. “Ficamos com medo de parar na cadeia, né? Mas deu tudo certo”, conta Caio.

Tão certo que as cenas do passeio pelas águas gélidas do Sena entraram no programa “Irmãos Vaz”, que estreou a terceira temporada esta semana no Canal Off. “O acesso para entrar e sair do rio era complicado. Tinha uma correnteza enorme, o que dificultou bastante a remada”, conta. Há belas imagens da dupla passando por baixo da exuberante Pont Alexandre III e remando ao lado da Tour Eiffel.

“O pessoal não acreditou quando viu nós dois ali, todo mundo parou de fotografar a Torre Eiffel para clicar a gente”, conta. Além da França, Caio e Ian viajaram pela Califórnia e México. Entre os 60 dias em busca de ondas perfeitas, Caio abocanhou o segundo lugar no mundial de stand up paddle, disputado em capitais da Europa.


quinta-feira, 24 de abril de 2014

Dior em Paris é assaltada e ladrões levam € 100 mil

Butique Dior em Paris (Foto: Getty Images)














Segundo informações da Vogue, uma onda de assaltos em butiques de grandes grifes vem ganhando manchetes nos principais jornais da Europa sendo que o último deles aconteceu nesta quarta-feira (23), em Paris: a tradicional flagship store da Christian Dior na Avenue Montaigne, aberta pelo próprio estilista em 1946, foi roubada.

Os ladrões invadiram o almoxarifado da loja nas primeiras horas da manhã e levaram quase € 100 mil em mercadorias. Com cinco andares, o prédio em questão funciona também como escritório e atelier da Maison Dior, onde circulam cerca de 1 mil pessoas por dia.

O ataque é bem semelhante ao ocorrido poucos dias antes em uma loja da Chanel, em Londres, quando bandidos bateram o carro contra a vitrine na loja em Brompton Road e roubaram bolsas e outros itens antes de fugirem em outro carro. Uma fonte da polícia em Paris disse ao WWD que os dois assaltos não estão ligados, embora as investigações ainda estejam em andamento.

Ainda segundo a Vogue, vale lembrar que em março último, a incensada multimarcas parisiense Colette também sofreu um assalto: dois homens armados com uma pistola e um machado invadiram a megastore e conseguiram fugir levando consigo peças cujo valor somado ultrapassava € 600 mil.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Paris entre as dez cidades mais importantes para ricos

Apesar de ter caído uma posição em relação ao ano passado, Paris ainda figura entre as dez mais importantes cidades do mundo para ricos sendo que as cidades de Londres e Nova York devem permanecer pelo menos por mais 10 anos no topo do ranking das cidades mais importantes do mundo para os mais ricos, segundo estudo divulgado pela consultoria Knigh Frank.

Segundo a lista, as duas metrópoles são as localidades os milionários e bilionários vivem melhor e encontram atualmente as melhores oportunidades.

O ranking leva em conta principalmente quatro fatores: atividade econômica, qualidade de vida, rede de conhecimento e influência, e poder político.

Como em 2013, Londres liderou o ranking divulgado neste mês, ficando à frente de Nova York. Na terceira posição aparece Cingapura. Na quarta e quinta posições, respectivamente, estão Hong Kong e Genebra. Completam o top 10 de 2014: Xangai, Miami, Dubai, Pequim e Paris.

Já o ranking de projeção para 2024 traz Nova York na 1ª posição e Londres na vide-liderança. Hong Kong aparece em terceiro lugar e Cingapuera, em quarto. Na sequência, figuram Xangai (5), Pequim (6), Dubai (7), Miami (8), Genebra (9) e Mumbai (10).

A pesquisa aponta também as cidades mais importantes em cada continente e as cinco mais promissoras e que podem vir a se tornar importantes centros de importância: São Paulo, Istanbul, Abu Dhabi, Mumbai e Sydney.

Na América Latina, São Paulo lidera a lista e é seguida por Rio de Janeiro, Buenos Aires, Cidade do México e Santiago.


Estudo lista as cidades mais importantes para os ricos em cada continente  (Foto: Reprodução/Knight Frank)
Estudo lista as cidades mais importantes para os ricos em cada continente (gráfico: reprodução/Knight Frank)

Comparativo entre 2013, 2014 e a previsão para 2024

terça-feira, 22 de abril de 2014

Par'ici é recomendada pela Lonely Planet 2014!

A loja de souvenires turísticos Par'ici - fundada em 1992 - é altamente recomendada pela Lonely Planet 2014 que enaltece seus produtos "Made in France" com preços justos, entre € 1 a 40 € e bem na famosa Rue Mouffetard - em seu número 52, para ser mais preciso - e seus inúmeros bares, restaurantes e feirinha típica, no coração do 5ème arrondissement.

A loja Par'ici localizado na 52 rue Mouffetard PARIS

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Uma noite no Hôtel des Invalides

Pelo terceiro ano consecutivo e fruto da colaboração entre o Musée de l'Armée e Bruno Seillier, responsável pelos shows "200 Ans de Gloire" no Chateau de Versailles e "Luminessences d'Avignon", que entusiasmaram, no verão passado, o público presente na Cours d'Honneur do Palais des Papes, esta terceira edição da "Nuit des Invalides" anuncia-se memorável.

Uma projeção de vídeo em 3D nos 250m da fachada do Hôtel des Invalides contará a história do monumento e dos grandes homens que o marcaram e ainda do centenário da 1ª Guerra Mundial e dos 70 anos da libertação de Paris do domínio nazista durante a 2ª Guerra Mundial, mais de 40 minutos de quadros prestam homenagem aos combatentes.

Acompanhado de efeitos sonoros e das vozes de André Dussollier e Jean Piat, o espetáculo deve revelar-se tão instrutivo quanto impressionante – assista ao vídeo sobre o evento aqui: http://vimeo.com/79409770#embed

129, Rue de Grenelle
7ème arrondissment
www.lanuitauxinvalides.fr






domingo, 20 de abril de 2014

A nova cara do Grand Palais

Segundo informações de Michell Lott da Vogue, por uma Paris mais cristalina, o Grand Palais ganhará cara nova.

O momento, em Paris, parece pedir vida nova aos belos edifícios com enormes cúpulas de vidro característicos do Século XIX. Depois do Carreau du Temple, agora é a vez do icônico Grand Palais ganhar nova roupagem e infraestrutura moderna. Após nove meses de competição entre os escritórios de arquitetura, o escolhido para liderar o grandioso projeto de 30 milhões de euros foi o Lan Architecture.

As imagens divulgadas pelo estúdio mostram que a restauração e reestruturação da construção eclética trará algumas mudanças drásticas, dando a ele um sopro de contemporaneidade e criando um mix entre o clássico e o moderno. Ao mesmo tempo, as mudanças atuais trarão para o espaço um resgate do espírito do projeto original: um edifício inspirado na transparência.

Para isso, todos os detalhes foram inteligentemente pensados. Uma nova rota de circulação dentro do local será implementada.  Para que ela seja mais orgânica, serão criadas passagens, que darão amplitude ao espaço. Além disso, todas as galerias que ficam ao redor da grande nave, o enorme vão coberto pela cúpula de vidro e aço, serão completamente renovadas e modernizadas.

Os espaços para exposições foram pensados para serem versáteis em todos os sentidos. Variando em tamanho e iluminação, eles permitirão que mostras dos mais variados tipos sejam sediadas ali da melhor maneira possível. Apesar de terem uma delimitação clara do limite entre uma galeria e outra, o novo projeto permitirá que algumas delas se fundam facilmente para acomodar exposições maiores.

A vista da Cidade Luz também sera privilegiada. À medida que os visitantes seguirem o novo fluxo de visitação, a paisagem parisiense será apresentada gradativamente por janelas estrategicamente posicionadas.

A admiração pela cidade atingirá o ápice com a abertura do topo do edifício à visitação. Lá, será criado um terraço que permitirá uma nova perspectiva de observação da cidade, sem que nenhum elemento obstrua a sua vista panorâmica.

Do lado de fora, para facilitar o acesso, duas rampas, inspiradas no desenho geométrico das escadas e da fonte do projeto original, serão construídas para deixar claro o caminho a ser percorrido pelos visitantes. E nem o subsolo escapou do retrofit. Lá, será elaborado um centro subterrâneo de logística e um estacionamento mais organizado.

A reforma do Grand Palais busca fortalecer a identidade histórica do edifício, aprimorando seu funcionamento e aumentando as possibilidades de eventos e exposições a serem sediados no local.

Renovação Grand Palais (Foto: Divulgação)


Renovação Grand Palais (Foto: Divulgação)


Renovação Grand Palais (Foto: Divulgação)


Renovação Grand Palais (Foto: Divulgação)


Renovação Grand Palais (Foto: Divulgação)


Renovação Grand Palais (Foto: Divulgação)


Renovação Grand Palais (Foto: Divulgação)


Renovação Grand Palais (Foto: Divulgação)


Renovação Grand Palais (Foto: Divulgação)


Renovação Grand Palais (Foto: Divulgação)


Renovação Grand Palais (Foto: Divulgação)

sábado, 19 de abril de 2014

"Paris 1900, la Ville Spectacle", no Petit Palais



Segundo informações da Globonews, a exposição "Paris 1900, la Ville Spectacle" em cartaz no Petit Palais até 17/08, recria a Paris de 1900 onde o visitante poderá ver móveis e esculturas e cartazes do movimento Art Nouveau.

Em 1900, Paris foi sede da Exposição Universal, um evento onde foram apresentados os avanços da civilização em vários campos, como a ciência, a tecnologia, a arquitetura. A exposição daquele ano foi a maior já realizada na França e durou quase 8 meses.

Na época, Paris era a cidade mais importante do mundo e ganhou, graças ao evento, uma série de edifícios e equipamentos de infraestrutura urbana que existem até hoje. A primeira linha de metrô, estações ferroviárias, além de pontes sobre o Sena como a famosa Ponte Alexandre III – que tem candelabros dourados, são alguns dos exemplos.

Foram construídos também o Grand Palais, espaço de exposições monumental em funcionamento até hoje e o Petit Palais, outro espaço de exposições - que de pequeno não tem nada - e que abriga hoje o Museu de Belas Artes da cidade de Paris.

Hoje, o Petit Palais recebe exposição ‘Paris 1900, a Cidade-Espetáculo’. Ao todo, são mais de 600 obras entre pinturas, objetos de arte, cartazes, figurinos de época e fotos. O visitante poderá ver móveis e esculturas e cartazes do movimento Art Nouveau, reproduzidos pelo mundo todo até hoje, além de obras primas de Cézanne, Monet, Pissaro, Toulouse-Lautrec, entre outros.

‘O que eu acho mais interessante nessa exposição é que nela dá pra entender bem o talento dos franceses em promover sua própria cultura e como eles construíram, passo a passo, o mito de Paris’, afirma o comentarista Paulo Mariotti, da Globonews.

Veja aqui o vídeo da exposição:
http://www.dailymotion.com/video/x1nakal_exposition-paris-1900-petit-palais_creation

Avenue Winston Churchill
8ème arrondissement
Telefone: 01 53 43 40 00
www.petitpalais.paris.fr

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Alain Ducasse e sua segunda loja de chocolates em Paris

O repórter Bruno Agostini, de O Globo, publicou nesta última quinta, (17), uma excelente reportagem sobre o melhor do chocolate em Paris, que reproduzo e recomendo a leitura, segue a peça:

Em Paris, a capital mundial do chocolate,
até Alain Ducasse se rende ao cacau


Chef abre sua segunda loja na cidade francesa,
que tem tradição de grandes chocolateiros




Alain Ducasse na sua segunda chocolateria, em Paris, agora na Rive Gauche
Foto: Divulgação
Alain Ducasse na sua segunda chocolateria, em Paris, agora na Rive Gauche Divulgação

No acervo do Musée du Quai Branly, no 7° arrondissement, também chamado de Museu das Artes e Civilizações de África, Ásia, Oceania e Américas, dedicado às culturas ancestrais desses continentes, uma das coleções que mais se destacam é a de máscaras tribais africanas, entre elas aquela que serviu de inspiração para o cubismo de Picasso. Na loja de Pierre Hermé, com seus sempre deliciosos (e sazonais) macarons de trufas brancas de Alba, o que mais me chamou a atenção foram os chocolates no formato daquelas mesmas máscaras africanas, arte em forma de comida.

Amantes do chocolate dificilmente vão encontrar outra cidade que tantas delícias achocolatadas pode oferecer aos seus visitantes como Paris. Só faltava mesmo um chef como Alain Ducasse se lançar com apetite ao fantástico mundo do chocolate. Então ele inaugurou ano passado La Manufacture de Chocolat, na Rive Droite, na Rue de la Roquette, perto da Place de la Bastille. E agora acaba de abrir a segunda loja, Comptoir Le Chocolat, na Rue Saint-Benoît, a um passo do Boulevard Saint-Germain, na Rive Gauche. Entre uma e outra, melhor escolher visitar a primeira (aberta de terça-feira a sábado), onde é possível acompanhar através de paredes de vidro todo o processo de produção. Nicolas Berger é o mestre chocolatier de Ducasse, e agora concorrente de nomes como Patrick Roger, Christian Constant, Joséphine Vannier, Pierre Hermé e Jean-Paul Hévin (este um especialista em usar especiarias como pimenta e gengibre), o time dos sonhos da chocolateria parisiense. Os chocolates com a grife Ducasse têm mais de 40 sabores. Além das duas lojas, também podem ser encontrados no térreo das Galeries Lafayette (a do Boulevard Haussmann), e, claro, em todos os restaurantes do chef.

Nos principais centros gastronômicos desta cidade que idolatra o pain au chocolat, como a seção Lafayette Goumert e La Grande Épicerie de Paris, no Le Bon Marché, ou as lojas Fauchon e Hédiard, o chocolate e outros derivados do cacau ganham nobre espaço. Tanto Fauchon quanto Hédiard têm chocolates de marca própria, produtos que podem ser encontrados não apenas em suas gôndolas, mas também em outras lojas da cidade. Na primeira, a caixa de bombons com 16 unidades é vendida por € 25 enquanto os “coeurs chocolat lait et caramel” custam € 13. Na dúvida, fique com ambos.

Bem perto da mesma Place de la Madeleine que abriga Fauchon e Hédiard encontramos outro ícone dos sabores parisienses, a classuda Ladurée, famosa por seus macarons e pela produção de pães e doces de primeira linha. Na casa chique de predominantes tons verdes, o salão vive cheio de gente atraída por delicadezas como o plaisir sucre (€ 6,10), um bolo crocante com praliné e chocolate ao leite; o chocolat religieuse (€ 6,15), e uma bela torta de chocolate com laranja (€ 5,50), de parar o trânsito.

O pain au chocolat, também conhecido como chocolatine, é uma categoria à parte, e os melhores chefs de pâtisserie de Paris se dedicam com esmero ao seu preparo. Difícil encontrar algum café da manhã sem eles, entre croissants, brioches e baguetes. Os mais badalados estão nas melhores padarias da cidade, como Le Grenier à Pain, La Boulangerie par Véronique Mauclerc, e Miss Manon, onde encontramos até uma versão com um pouco de framboesa.

Em Paris, um dos sabores de crepe mais apreciado é o de Nutella, a infalível combinação de cacau e avelã. Existe um padrão alto de qualidade em quase todos os lugares, mas alguns pontos são mais famosos, entre eles a simpática Crêperie des Arts, com fachada azul, no número 27 da Rue Saint-André des Arts, em Saint-Germain-des-Prés. Outra referência é o Restaurant Crêperie Le Crepuscule, em Montmartre, com uma linha de crepes doces seguindo a tradição bretã, com perfil mais caseiro.

Sorveterias como a Maison Berthillon (31 Rue Saint-Louis en l’Île), um clássico parisiense, e a Amorino (com 58 lojas na França, 20 delas na capital), de origem italiana, servem sabores como chocolat noir, chocolat blanc e gianduja (chocolate e avelã). Nos meses mais frio, faz sucesso o chocolate quente do café Maison Angelina, garbosamente instalado sob os arcos da Rue de Rivoli, ao lado do hotel Le Meurice. A fila na porta é constante, especialmente a partir do meio da tarde. Além de servir um dos chocolates quentes mais famosos do mundo, a casa prepara outras delícias derivadas do cacau, como éclair e “choc africain", uma espécie de brownie com musse e creme de chocolate.

E de 29 de outubro a 2 de novembro, Paris realiza na Porte de Versailles o Salon du Chocolat — Le Mondial du Chocolat & du Cacao, que chega a sua 20ª edição, cada vez mais concorrida, com a participação de chefs e expositores de todo o mundo.

SERVIÇO
Alain Ducasse: alain-ducasse.com
Angelina: angelina-paris.fr
Fauchon: fauchon.com
Grenier à Pain: legrenierapain.com
Hédiard: hediard.fr
Ladurée: laduree.com
Lafayette Gourmet: galerieslafayette.com
Miss Manon: miss-manon-paris.fr
Pierre Hermé: pierreherme.com

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Poesia e Política na Paris do Século XVIII

Excelente artigo de Leonardo Cazes do Blog Prosa, do Globo Online. Segue:

Em novo livro, historiador Robert Darnton mostra como versos eram utilizados nas intriga
 da Corte em Versalhes e circulavam em complexas redes de comunicação pelas ruas da cidade

François Bonis era estudante de Medicina. Jean Edouard, Inguimbert de Montange e Alexis Dujast eram padres. Jacques Marie Hallaire era estudante de Direito. Denis Louis Jouret era escrevente. Lucien François du Chaufour era estudante de Filosofia. O elo de ligação entre todos esses homens na Paris de 1749 era a ode “O exílio de M. Maurepas”. Isso foi o suficiente para que fossem interrogados, jogados em celas da Bastilha por anos e tivessem suas vidas arruinadas no episódio conhecido como “Caso dos catorze”. A pasta com os documentos relativos ao episódio foi encontrada pelo historiador americano Robert Darnton, diretor da biblioteca da Universidade de Harvard, enquanto fazia uma pesquisa sobre outro tema nos arquivos da Bastilha, hoje guardados na Biblioteca Nacional da França.

Atraído pelo nome sugestivo, o pesquisador resolveu dar uma espiada nos papéis e descobriu a história de uma implacável perseguição policial a um poema que fazia pesadas críticas ao Rei Luís XV. O primeiro verso, o único que restou do texto original, era “Monstro cuja fúria negra” e foi considerado crime de lesa-majestade. A pesquisa resultou no livro “Poesia e polícia: redes de comunicação na Paris do século XVIII” (Companhia das Letras, tradução de Rubens Figueiredo), que acaba de ser lançado no Brasil. A obra traz as tramas palacianas da Corte francesa e reconstrói as complexas redes de circulação de poemas e canções existentes na época.

— Eu nunca tinha ouvido falar do “Caso dos catorze”, assim como ninguém. Instantaneamente fiquei fascinado por essa história de detetive. Os interrogatórios foram conduzidos pelo tenente-general da polícia, um cargo equivalente ao do ministro do Interior hoje, para você ver a importância dado a ele. Trata-se de um enorme dossiê, e percebi que estava seguindo um trabalho de detetive da polícia do século XVIII, mas não só. Estava fazendo o meu próprio trabalho de detetive com outro propósito, que era entender como essas redes de comunicação funcionavam — diz Darnton, em entrevista ao GLOBO por telefone, de Boston.

O pesquisador explica que o Conde de Maurepas foi um dos mais poderosos ministros da história da França. Ele serviu ao governo por 36 anos e chegou a acumular os cargos de ministro da Marinha, da Casa Real e a chefia do departamento de Paris. Contudo, em abril de 1749, Maurepas foi demitido e exilado pelo rei, o que desencadeou uma série de mudanças em Versalhes. O motivo foi a circulação cada vez mais intensa, tanto na Corte quanto nas ruas, de poemas e canções cheias de referências ácidas a uma das amantes reais, Madame de Pompadour. Na mais polêmica delas, havia um jogo de palavras com doenças venéreas.

Com essa queda, o conde D’Argenson, que ocupava o posto de ministro da Guerra, assumiu a chefia do ministério real. Aliado de Pompadour, foi dele a ordem para desencadear a investigação sobre a autoria do poema que atacava Luís XV e sua amante. O historiador afirma que a utilização de canções para atingir os adversários era prática corrente na Corte. O próprio Maurepas os utilizou amplamente para manter o seu poder. Sua coleção de poemas obscenos sobre os reis Luís XIV e Luís XV somam 42 volumes, hoje guardados na Biblioteca Nacional da França sob o nome de “Chansonnier Maurepas”. Os textos, segundo o professor, eram vistos como sinais da opinião do povo sobre o soberano.

— Havia muitas linhas de comunicação entre mundos que, a princípio, parecem completamente separados, como Versalhes e as ruas de Paris. Toda a sociedade do Antigo Regime parece diferente quando se observa como esse sistema de comunicação operava.

Darnton afirma que, ao longo do século XVIII, os cafés, os mercados e as ruas da capital francesa eram inundados todos os dias por centenas de poemas e canções que faziam uma verdadeira crônica da vida nacional numa sociedade marcada pelo analfabetismo. No “Caso dos catorze”, os textos eram copiados à mão em pequenos pedaços de papel e depois guardados em cadernos ou então decorados e recitados de memória. No livro, o historiador desenha um diagrama a partir das informações coletadas durante a investigação policial. Era impossível saber quem compôs os versos. Uma das razões é que, a cada cópia, estrofes inteiras eram apagadas ou incluídas. Há diversas versões diferentes do mesmo texto.

Em alguns casos, os poemas vinham com indicações de melodias conhecidas sobre as quais deveriam ser cantados. Durante sua pesquisa, o historiador conseguiu localizar partituras dessas músicas. A partir delas, gravações foram feitas pela cantora Hélène Delavault e disponibilizadas na internet como um complemento à obra (www.hup.harvard.edu/features/darpoe). Darnton brinca que seu livro “é sobre a internet antes da internet”.

— Temos uma ideia ingênua hoje de que nós criamos a Era da Informação, como se outras épocas também não o fossem. Claro que em cada uma delas, a informação circulou de acordo com os meios disponíveis. Quando você olha as redes que operavam em Paris, a maneira como as mensagens viajavam de uma pessoa para outra, como não pensar na internet hoje? É um pouco exagerado, mas você pode comparar alguns desses poemas curtos como posts de blogs ou tweets. Se pudéssemos andar nas ruas de Paris em 1750 veríamos pessoas cantando os acontecimentos em todo lugar. A música era um meio poderoso para comunicar notícias.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

"Guerra e Paz" de Cândido Portinari no Grand Palais

Segundo a jornalista Isabela Bastos, da Coluna Gente Boa do jornal O Globo, os três esboços que você vê nesta página fazem parte do conjunto de 180 estudos preparatórios feitos pelo pintor Cândido Portinari para os famosos painéis "Guerra e Paz", encomendados pelo governo brasileiro para a sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

Parte do acervo doado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) ao Museu Nacional de Belas Artes no inicio do ano, os esboços serão expostos no Salon d’Honneur do Grand Palais, em Paris, junto com os painéis, de 6 de maio até 9 de junho. É a primeira vez que eles saem do país para uma exposição.

A mostra em Paris marca o fim da exposição itinerante de "Guerra e Paz", que começou em 2010, quando os painéis foram confiados pela ONU ao Projeto Portinari, a pedido do Ministério das Relações Exteriores. Desde então, os painéis já foram expostos no Theatro Municipal do Rio, no Palácio Gustavo Capanema, no Memorial da América Latina (em São Paulo), no Cine Theatro Brasil Vallourec (em Belo Horizonte).

Depois de Paris, os painéis serão devolvidos à ONU.

Grand Palais
3, Avenue du Général Eisenhower
8ème arrondissement
Telefone: 01 44 13 17 17
www.grandpalais.fr








terça-feira, 15 de abril de 2014

Artistas tentam salvar atelier de Picasso no Quartier Latin

Visitantes observam em museu de Madri a famosa obra de Pablo Picasso que representou o bombardeio em Guernica (Foto: Bernat Armangue/AP)


Segundo informações da France Presse, um abaixo-assinado para salvar o atelier onde Picasso pintou "Guernica" foi lançado nesta segunda-feira (14) na forma de uma carta aberta à prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e ao primeiro-ministro francês, Manuel Valls, ambos de origem espanhola.

A atriz Charlotte Rampling, o cantor Bernard Lavillier, o fotógrafo Lucien Clergue, o cineasta Jean-Pierre Mocky e o violinista Didier Lockwood são algumas das personalidades signatárias dessa carta aberta, lançada pelo jornal "Opinion Internacional".

Na carta, os signatários pedem a Anne Hidalgo e a Valls "a classificação urgente" do Grenier de Grands-Augustins, como é conhecido o ateliê situado nessa rua de Paris, "como lugar de memória".

"Ambos nasceram na Espanha e escolheram viver na França e em Paris. Também foi em Paris que Picasso pintou a tela mais importante do século XX, a 'Guernica', no ateliê (...) no qual viveu de 1937 a 1955. À sua maneira, vocês são herdeiros singulares do 'Guernica', e seus destinos seguem os passos de Picasso", destaca a carta aberta.

Localizado no Quartier Latin, o sótão está fechado ao público desde novembro de 2013, após a expulsão do Comitê Nacional para a Educação Artística, a pedido da Câmara de Oficiais de Justiça de Paris, proprietários do edifício.

Segundo o "Opinion International", o imóvel poderia ser transformado em um hotel de luxo, mas "um dos herdeiros do pintor estava disposto a financiar, integralmente, uma Fundação que mantivesse a vocação patrimonial do edifício".

A comissão regional do patrimônio se reúne em 13 de maio para decidir sobre uma eventual extensão da proteção do edifício, informa o jornal.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Os Gobelins no Século do Iluminismo

No Século XVIII, a manufatura de tapetes Gobelin alcançava patamares inigualáveis de prosperidade e criatividade, assumindo a liderança deste importante segmento da arte europeia.

Selecionadas por seu excepcional estado de conservação, vinte e cinco tapeçarias estão sendo expostas, junto com cartões originais, maquetes, desenhos e gravuras de época na mostra ”Les Gobelins au Siècle des Lumières”, em cartaz até o dia 27 de julho na Galerie des Gobelins.

42, Avenue des Gobelins
13ème arrondissement
Telefone: 01 44 08 53 49
www.mobiliernational.culture.gouv.fr





domingo, 13 de abril de 2014

Milhares marcham em Paris contra austeridade

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Cerca de 100 mil pessoas participaram de protestos neste sábado no centro de Paris organizados por partidos de esquerda contra planos governamentais de promover reformas econômicas e medidas de austeridade.

Os manifestantes marcharam da Place de la Republique, alguns carregando cartazes atacando o presidente François Hollande com frases como "Hollande, basta" e "Quando você é de esquerda, você apóia os trabalhadores".

A polícia francesa disse que cerca de 25 mil pessoas participaram do protesto, que ocorreu depois que o novo primeiro-ministro, Manuel Valls, revelou planos sobre cortes em impostos e despesas na terça-feira. Valls prometeu reduzir o déficit público da França, na esteira de reformas a favor de empresas anunciadas no início do ano por Hollande.




sábado, 12 de abril de 2014

Grand Palais liga esculturas de Rodin a fotos de Mapplethorpe



Uma nova exposição que explora as conexões entre o venerado escultor francês Auguste Rodin e o polêmico fotógrafo norte-americano Robert Mapplethorpe levou um pouco da Nova York dos anos 1980 a Paris.

Nascidos em séculos diferentes e de lados opostos do Atlântico, a justaposição dos dois artistas pode parecer forçada a princípio.

A maior parte do trabalho de Mapplethorpe envolve nus monocromáticos de modelos masculinos - com frequência seus amantes - , enquanto Rodin é celebrado como escultor moderno e pioneiro da segunda metade do século 19, cujas obras-primas incluem "O Pensador" e "O Beijo".

Apesar das diferenças entre os artistas, a curadora da exibição, Hélène Pinet, disse haver razões válidas para unir os dois sob o mesmo teto na exposição recém-inaugurada no Museu Rodin.

"Colocamos os dois juntos porque eram ambos apaixonados pelo corpo humano", declarou Pinet à TV Reuters. "Ambos expressaram isso, um na fotografia e outro na escultura, e ocorre que desenvolveram um vocabulário comum".

A semelhança de forma é arrebatadora. Ecos do famoso "Homem Andando" de Rodin - que não tem cabeça nem braços - são encontrados no estudo "Michael Reed", de Mapplethorpe, que mostra um homem andando com a cabeça e os braços envoltos em sombras.

A exibição, que vai até 21 de setembro, acontece ao mesmo tempo que uma retrospectiva mais abrangente de Mapplethorpe no Grand Palais de Paris, e os dois eventos contaram com empréstimos da coleção Robert Mapplethorpe.

Grand Palais
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