segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O Musée de Cluny

Hoje em dia conhecido como Musée National du Moyen Âge (Museu Nacional da Idade Média), fica no número 6 da Place Paul Painlevé, no 5eme arrondissement, no coração do Quartier Latin e é dedicado à preservação de um enorme acervo de Arte Medieval.

Instalado em duas construções de grande importância e que ficam adjacentes: as Termas Galo Romanas (entre os Séculos I a III d.C.) e a ala residencial dos monges de Cluny (do Século XV), chamada de Hôtel de Cluny.

Em 1515, o Hôtel de Cluny foi proclamado como a residência de Maria Tudor, a viúva de Luís XII e filha de Henrique VII e Elizabeth de York, serviu de moradia ao Cardeal Mazzarin, serviu a outros inúmeros fins até que, em 1793, após a Revolução Francesa, foi confiscado pelo Estado.

Em 1833 foi alugado para Alexandre du Sommerard, arqueólogo e colecionador, até sua morte em 1842, quando o governo comprou o edifício e a coleção para lá criar um museu a partir de sua coleção que desde então vem sendo ampliada, formando um abrangente panorama da arte e da história desde a Gália Romana até o Século XVI.

Sua história remonta ao início do Século XIII, quando a Universidade de Paris se transferiu para a região onde hoje se encontra o Quartier Latin e, como era hábito, a universidade era a um tempo centro de estudo e moradia: o colégio foi erguido na segunda metade do século XIII – onde hoje é a Sorbonne, e já não existe mais – e a parte residencial foi construído a partir de 1334, incorporando o “frigidarium” das antigas Termas Galo Romanas.

No Século XV foi reconstruída pelo abade de Cluny, Jacques d'Amboise, que utilizou uma combinação de elementos góticos e renascentistas, criando um pátio cercado de muros e duas alas de aposentos, de dois andares, cuja configuração do interior ainda é a mesma da época de sua construção, sendo o conjunto tido como um dos mais significativos exemplos de arquitetura do fim da Idade Média em Paris e o seu acervo está dividido nas seguintes seções:
  • Antigüidade e início da Idade Média: peças que atestam o processo de romanização da Gália, peças dos povos bárbaros invasores de períodos mais tardios e peças originárias de regiões distantes como o Egito, Ásia Menor, Bizâncio e Espanha, registrando o intenso intercâmbio cultural e comercial entre a Gália e outras regiões do império romano.
  • Mundo Românico: peças que mostram as variadas correntes estilísticas em atuação no período, provenientes de diversas parte das Europa e ainda com capitéis e esculturas resgatados quando da demolição das abadias de Saint-Germain-des-Prés e de Sainte-Geneviève.
  • Tapeçarias, Tecidos e Bordados: peças que formam uma das mais importantes coleções em seu gênero, com obras provenientes de Bizâncio, Oriente Médio, Egito e Europa.
  • Escultura Gótica: peças que demonstram a evolução da arte da escultura na Paris dos séculos XII e XIII.









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