O Tour D’Argent é tido como um dos mais antigos restaurantes do mundo, fundado em 1582 e frequentado pelo rei Henrique IV de França, onde lá aprendeu a usar o garfo e também por Richelieu que lá conheceu o café.Ocupa todo um prédio no número 15 do Quai de la Tournelle, no 5eme Arrondissement e seus salões proporcionam uma excelente visão do Rio Sena e da Notre Dame de Paris.
Sua famosa adega é uma das mais completas do mundo, com cerca de 420.000 garrafas de vinho avaliadas em milhões de Euros e vigiada 24 horas por dia, 7 dias por semana e, durante a ocupação alemã na Segunda Guerra, foi alvo da cobiça de Hermann Göring, mas seus proprietários conseguiram esconder a maior parte de seu tesouro com paredes falsas.
A "pièce de resistance" são suas receitas com patos e, para tanto, mantém sua própria granja onde cria seus patos, o que dá constância e qualidade ao seu prato mais famoso: o Caneton Tour d'Argent, criado em 1890 por Méchenet e que a cada vez que é servido, recebe um "cartão" com um número sequencial que este ano deve bater a casa de 1.100.000 pratos servidos.
Desde 1996 o Guia Michelin Rouge o deixou de classificar como um três “estrelas", baixou a sua cotação para duas e para apenas uma em 2006, ano no qual Claude Terrail faleceu.
Em 1947 Claude havia herdado o restaurante de seu pai e hoje quem o administra é seu filho André Terrail, que vem lentamente recuperando seu brilho, atraindo talentos para suas cozinhas e salão e, principalmente para a clientela que, entre outros, tinha Elizabeth II, Winston Churchill, John Kennedy e Mikhail Gorbachev.
Em 2009, cerca de 18.000 de vinhos de suas caves foram vendidas em um leilão que arrecadou mais de 1.542.000 €, com os dois destaques: uma garrafa de conhaque de 1788, o Clos du Griffier (aguardente), por € 25.000 e um lote de seis garrafas de Romanée de 1988 por € 5.100 (contra uma estimativa de cerca de € 2750).
Mas, como disse acima, não se preocupem: essa venda representou apenas 4% da sua enorme adega, que ainda tem 420 mil garrafas de reserva.
Há empresas, e até mesmo alguns clientes particulares, que usam os elegantes e sofisticados salões privados, localizados no quinto andar do prédio, onde acomodam entre quinze a quarenta e cinco clientes e que são verdadeiros embaixadores da arte de viver à francesa.
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