domingo, 28 de agosto de 2011

Galvão Bueno: saudades (im)possíveis!

Desde pequenino sempre gostei de assistir corridas de automóveis. Principalmente as de Fórmula 1, que via pela televisão - mesmo quando transmitidas pela Tupi em 1974 e pela Band em 1980 (que teve como narrador o Galvão, acredite quem quiser), hábito que devo ao Aroldo, meu irmão mais velho, precocemente falecido em 1985.

Ele sempre me levava ao Maqui Mundi, um antigo kartódromo na Barra da Tijuca, onde também iam outros amigos dele como o Pedro (pai de uma atriz famosa), o Paulinho (hoje um bem sucedido construtor de barcos) e o Tonka (amigo do colégio Brasileiro de Almeida, que ficava na Lagoa onde funciona hoje uma unidade da UniverCidade) e todos eles conseguiam dar voltas nos karts, enquanto que eu, com bem menos de dez anos nesse tempo, só olhava.

O tempo passou e passei a curtir uma outra onda: os campeonatos cariocas de moto-cross, em uma barrenta pista construída bem ao lado do mesmo Maqui Mundi, onde era levado pelo Rafael, meu antigo cunhado.

Minha paixão por este esporte levou o Rafael a me dar em 1978, quando tinha apenas treze anos, uma raridade: um raro exemplar das seis Husqvarna WR 250cc existentes no Brasil – que eram iguais a motocicleta que ganhara, em 1976, o Rally Paris-Dakar.

Um pouco mais velho – no equivalente hoje ao 8º. Ano do Ensino Médio – um amigo mais ousado, o João, começou a correr no Autódromo de Jacarepaguá, em uma categoria que se chamava nesta época, 1980, de Força-Livre.

Éramos vizinhos e íamos para o Andrews, colégio no qual estudávamos, de Dodge Charger e lembro bem de um azul, de um amarelo e de outro branco e que neles não existiam bancos, a não ser o do motorista: o carona sentava em um caixote de madeira ou no assoalho do carro que aliás, era muito quente já que os escapamentos eram abertos.

Resumindo, adoro corridas mas realmente o Galvão é um cara polêmico, para dizer o mínimo, pessoalmente acho que engraçado e chato, com sua mania de achar que sabe até o que os pilotos estão pensando. Sou mais - bem mais - o Reginaldo Leme, que realmente entende do riscado.

Mas devo confessar que asistir corridas de Fórmula 1 na França é algo tão ruim que chega a ser indescritível.

As corridas são transmitidas pela TF1 – nome apropriado para uma emissora que transmite a F1, sempre pensei, mas a cada corrida, ao escutar atentamente aos comentaristas, faz cada largada virar um verdadeiro desespero.

Eles não se entendem, cada um fala de uma coisa diferente ao mesmo tempo e, para piorar - vocês não vão acreditar - há intervalos comerciais durante a transmissão, a cada dez ou quinze minutos e, ao voltar para a corrida, não se faz um resumo do que foi perdido.

Definitivamente, quero o Galvão de volta na minha vida - mesmo que seja narrando de dentro de um estúdio no Projac e enganando aos telespectadores - mas quero.

Em tempo: e se o Massa ou se o Bruno Senna - ou ainda mais difícil, e se o Rubinho - ganhasse? Como iria escutar o “Tema da Vitória”?

Tema da Vitória

Kartródomo Maqui Mundi

Dodg Charger R/T 1975

Husqvarna WR 250cc 1975

Galvão, Leme e Burti narrando corrida do estúdio

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