domingo, 21 de agosto de 2011

Em Lyon, entre Romanos e Nossa Senhora

Em Lyon, quando almoçamos no Paul Bocuse (desta vez no L'Auberge) Lyon, conhecemos uma taxista que nos levou ao Musée Gallo-Romain de Lyon-Fourvière e à Basílica Notre-Dame de Fourvière.

Resolvemos não ir de carro desta vez e pegamos um TGV da Gare de Lyon (esta em Paris), até a Gare Lyon Part Dieu (esta em Lyon).

Ao chegar fomos rapidamente procurar um táxi para não perder o horário da reserva no restaurante. Achamos o ponto e acenei: uma simpática motorista nos atendeu e prontamente se pôs ao caminho e, ao contrário do que normalmente acontece em Paris, a taxista não parava de falar.

Entre a estação e o restaurante já sabíamos onde e o que ela gosta de comer e mais ainda: que seu tio é o afamado Chef Bernard Pacaud, dono do hiper famoso L'Ambroisie, um legítimo 3 Estrelas no Guide Michelin Rouge.

Ao nos deixar perguntamos se ela poderia nos pegar e depois fazer um “tour” pela cidade já que nossa volta estava marcada para às 19h00 e deveríamos acabar por volta das 16h00.

Ela concordou e ao nos pegar, após o almoço, nos deu um presente: um cartão do L'Ambroisie, no nome do seu tio Bernard onde ela nos recomenda para uma noite especial – que mal posso esperar para fazer!

Andamos por quase todo o centro de Lyon e nossa primeira parada foi na Basílica de Notre-Dame de Fourvière, construída com fundos secretos entre 1872 e 1876, ela fica no alto do Monte Fourvière e oferece uma vista magnífica sobre a cidade.

Como a Basílica do Sacré-Coeur em Paris, Notre-Dame de Fourvière foi construída para ressaltar o poder da Igreja Católica Romana, logo após a derrota da França para a Prússia em 1870, e o nascimento da anti-clerical Terceira República.

Outro ponto comum é o seu estilo neo-bizantino e seu exterior relativamente austero que contrasta com o interior ricamente decorado, concebido para demonstrar a riqueza e poder da Igreja.

Ao deixarmos a Basílica fomos para o Musée Gallo-Romain de Lyon-Fourvière, construído ao lado das ruínas do Grande Teatro e o Teatro do Odéon, na antiga cidade de Lugdunum, nome dado pelos Romanos a uma cidade gaulesa junto ao Rio Rhône, conquistada no ano de 43 a. C.

Mais tarde Lugdunum foi fortificada pelos Romanos e tornou-se, por volta do Século II, a capital da província romana Lugdunense, que se estendia entre os rios Loire, Sena e Saône e a cidade mais importante da Gália Romana, sendo um importante centro comercial e o ponto de partida e chegada de diversas estradas romanas na região da Gália e da Renânia.

O Grande Teatro e o Teatro do Odéon poderiam receber cerca de 13.000 espectadores e durante três séculos, esta área seria o coração da vida da cidade que foi abandonada progressivamente a partir do Século III.Seus vestígios seriam restaurados durante a primeira metade do Século XX e sua escavação completa foi realizada em 1933, sendo que os dois edifícios em forma semi-circular foram restaurados.

Desde o Século XVI se descobrem ruínas, inscrições, objetos, estátuas, moedas e cerâmica de Lugdunum a ponto das primeiras coleções serem desta época.

Contudo, no início da década de 1980, antes da realização d uma série de obras públicas, Lyon executou uma série de escavações exploratórias e com isso pôde enriquecer ainda mais seu acervo que hoje tem quase cinco séculos de descobertas, cobrindo todos os capítulos da vida pública e privada de uma das capitais mais importantes do Antigo Império Romano.











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