Como saio para passear com os cães lá embaixo, pedrto da margem, a Grande Cheia de 1910 não me sai da cabeça - acho que fiquei impressionado com a exposição sobre o tema, “Paris inondé”, que esteve exposta já há algum tempo na Galerie des Bibliothèques.
O material era realmente assustador e muito mais surreal do que um filme do Buñuel: burgueses abastados atravessando avenidas alagadas, o risco de epidemias, 150.000 desalojados e 80.000 edifícios inundados.
Contudo o material tornava evidente que, apesar da gravidade da situação, o povo de Paris e o governo compartilharam um raro momento de solidariedade para superar as dificuldades apresentadas pela falta de abrigo e moradia, pela escassez de alimentos e pela interrupção no sistema de transporte.
Hoje as margens do Sena amanheceram semi-cobertas pelas águas a tal ponto que as peniches ancoradas às margens estão sem acesso e um aviso da prefeitura que se o rio subir pouco mais - entre 80cm a 1m - poderá haver algum tipo de dano à cidade.
E mais uma vez aproveito para desejar que 2012 seja repleto de realizações pessoais e profissionais, com muito carinho e amor e que, se chovesse felicidade, eu lhes desejaria uma tempestade.
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