segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

10 coisas para NÃO se fazer em Paris – mesmo!

Na semana passada falamos da lista que o Le Figaro trouxe com as 100 coisas que você precisaria fazer para poder se considerar um “parisiense de adoção” ou mesmo ainda fazer ao longo de suas viagens para a capital da França.

Hoje vamos falar e dizer o porquê de não se fazer 10 coisas que muitos fazem por conta do sedutor charme de Paris, com seus cafés, museus, restaurantes fabulosos, lojas das melhores marcas de alto luxo do mundo mas que quando você se encontra lado a lado com uma multidão de turistas calçando seus tênis, vai ser decepcionante e por isso mesmo a esmagadora maioria dos parisienses não as faz - vamos à lista:

1) Não faça compras na Avenues des Champs-Elysées:

A via já pode ter sido a mais bela avenida do mundo, mas que hoje foi invadida por cadeias globais de lojas de moda, como H&M, Zara, Abercrombie, cinemas multiplex, concessionárias de automóveis e uma turba de adolescentes indo e vindo, para cima e para baixo.

2) Não se deslumbre pela alta gastronomia:

Paris tem quase 70 com Estrelas no Guide Michelin Rouge, sendo portanto, um paraíso para os gourmets de todo o mundo. Mas além da muita pompa e circunstância, na grande maioria desses tradicionais e requintados restaurantes, os preços são estratosféricos.

3) Não passar o dia no Louvre ou no d'Orsay:

O Louvre e o d'Orsay são os museus mais famosos de Paris e neles estão algumas da mais famosas obra-de-arte de todo o mundo. Mas não pense nem por um segundo que são suas melhores ou mesmo as suas únicas opções. Paris tem muitas outras opções de museus, municipais ou nacionais e sem as angustiantes e enorme filas para se entrar e também sem as multidões que irão, com certeza, prejudicar a sua experiência.

4) Não assassine a moda ou o estilo:

Em Paris, mesmo nos dias de canicule, nem pensar em usar shorts ou bermudas, a menos que você realmente queira ser tratado como um turista qualquer e, como diriam os franceses, ça ne se fait pas.

Outra dica é: deixe os reluzentes tênis brancos em casa, também porque, como regra geral, os parisienses evitam se vestir como se fossem correr na praia ou escalar os Alpes no inverno.

Por outro lado, também não exagere na produção só porque você está indo para a capital mundial da moda.

5) Não abuse dos táxis:

Paris definitivamente não é Rio ou São Paulo: aqui os táxis são ainda mais difíceis de conseguir e quase nunca se consegue pará-los na rua, sendo necessário fazer filas (enormes, às vezes) em pontos como os de ônibus ou agendá-los com antecedência.

Outro ponto negativo é que a tarifa é alta e por muitas vezes as ruas ficam bloqueadas por carros ou furgões que param em fila dupla e aí seu taxímetro sobre aos píncaros.

6) Não procure um ambiente intelectualizado na Rive Gauche:

É verdade que Sartre e Simome podem ter amado o Les Deux Magots ou o Café de Flore e que Picasso e Hemingway podem ter almoçado ou jantado no La Coupole ou na La Closerie des Lilas mas esses dias acabaram e atualmente esses locais só servem aos turistas e cobram bem cara para isso.

Mas, com sorte, talvez você possa escutar alguém filosofanddo sobre a imoralidade de se cobrar 16 Euros por torradas com manteiga e um suco de laranja.

7) Não perca tempo subindo a Tour Eiffel:

Imagine que em 2010 quase 7 milhões de pessoas subiram ao topo da torre, o que não é uma coisa simples: filas de quase duas horas para comprar, mais vinte ou trinta minutos entre o chão e as trocas de níveis e elevadores até o topo – sem contar as mesmas filas para descer.

E tudo isso para chegar lá e perceber que a vista, apesar de muito ampla, é bem monótona, já que a cidade é muito plana e toda muito uniforme, à excessão de um ou outro monumento que pode ser avistado.

8) Não reserve o hotel mais barato:

Encontrar um hotel decente em de Paris por um preço razoável pode levar até mesmo os mais experientes viajantes à beira do desespero: a grande maioria dos hotéis são incrivelmente caros.

Mas pior ainda é achar que fez um excelente negócio e se descobrir numa espelunca longe de tudo, sem elevador, sem staff, sem ar condicionado ou mesmo sem calefação.

9) Não se entupa de croissants ou baguettes:

Todos nós sabemos sobre as virtudes de ouro das boulangeries francesas, mas há um mundo inteiro de outros sabores esperando para serem descobertos e sempre, na sua grande maioria, com preços justos e espalhados por pâtisseries em toda a cidade.

10) Não se baseie em estereótipos:

Todos sempre escutamos que os parisienses são grosseiros e que em Paris os garçons são mal-humorados, que os vendedores são inútil, que todos são esnobes e retraídos.

A verdade é que os parisienses são mais reservados do que a maioria dos brasileiros e que são mesmo menos suscetíveis a ser tornarem nossos melhores amigos em apenas meia hora e que não faz parta de sua cultura distribuir sorrisos e perguntar como podem ser úteis o tempo todo nas lojas, portanto, não retribua isso com grosseria de sua parte. 










Um comentário:

  1. Olá Pedro Nonato eu gostei do seu post, você mostrou a verdadeira realidade da capital Parisiense que os turistas deslumbrados e desavisados se deparam quando visitam Paris. Os Brasileiros mantém aqueles velhos clichês de que Paris é uma cidade: glamorosa, estilosa, perfeita e rica. Porém entendam que em qualquer cidade do mundo existem problemas sociais, o prestamento de serviços aqui é precário não pela a falta de preparo, mas por pura falta de educação: taxistas, garçons, balconistas, policiais e prestadores de serviços são mau humorados com qualquer turistas e até mesmo com o seus próprios compatriotas. Aqui na França discriminação social e cultural todo aquele que não nasce em Paris é considerado brega e ignorante.

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