sábado, 3 de setembro de 2011

O Hôtel National des Invalides

O Musée de l’Armée foi criado em 1905, pela fusão dos antigos Museu da Artilharia, que havia sido criado durante a Revolução Francesa e pelo Museu Histórico do Exército, fundado em 1896. 

Entretanto o Musée de l’Armée, situado no Hôtel National des Invalides é herdeiro, além dos acervos dos dois museus acima, de duas das mais prestigiosas coleções de armas: a coleção de "garde-meuble de la Couronne" e a coleção de armas dos Príncipes Condé (Chantilly).

Depois foi ampliando suas coleções com peças provenientes da Bibliothèque Nationale, do Louvre, da artilharia do Château de Vincennes, do Hôtel des Monnaies, do Castelo Pierrefonds, e de numerosas aquisições feitas durante as campanhas coloniais ou ainda devido a doação realizadas por particulares.

Suas coleções estão divididas nos seguintes departamentos: Armas e Armaduras nos Séculos XIII e XVII, Louis XIV a Napoléon III, Guerras entre 1871 e 1945, Artilharia, Emblemas, Figurinhas (é, figurinhas, mais de 150 mil delas) e ainda pinturas, gravuras, desenhos, esculturas e fotografias.

No mesmo Hôtel National des Invalides podemos visitar o Memorial Charles de Gaule, de onde se sai com a nítida impressão de que foi o General, pessoalmente, o responsável pela liberação da França e também o Musée des Plans-Reliefs, que exibe uma extraordinária coleção de maquetes gigantescas de portos franceses e cidades fortificadas, todas elas construídas nos Séculos XVII e XVIII para auxiliar o planejamento militar.

Com entrada pelo pátio interno temos a Église des Soldats, que é considerada como o centro espiritual do exército francês e sua austera simplicidade contrasta radicalmente com a luxuosa Église Royale (atual Église du Dôme), do lado oposto e com acesso pelos jardins.

Curiosamente de uma vê-se a outro através de uma divisória de vidro - um design inovador que permitiu que os fiéis compartilhassem o mesmo altar sem correr o risco de ter contato social, à época.

Em suas paredes estão pendurados cerca de cem estandartes capturados em campos de batalha e que faziam parte de uma coleção de quase três mil que já adornaram a Catedral de Notre-Dame.

Dentro da Église du Dôme encontramos o Túmulo de Napoleão, bem no centro dela, cravado no chão, está o gigantesco sarcófago vermelho, encerrado em uma galeria ornamentada com citações das realizações do Imperador, como seus Códigos Civil, Penal e Comercial.






Um comentário:

  1. Pedro Nonato,
    Seu blog é entusiasmante. Não há quem não goste de Paris, mas o amor aumenta quando se têm informações detalhadas e práticas, como as que você passa para seus leitores. Aprecio em particular os posts sobre restaurantes e seus pratos fantásticos.
    Abraço,
    Cesar Barroso

    ResponderExcluir

Normas para publicação: acusações insultuosas, palavrões e comentários em desacordo com o tema da notícia ou do post serão despublicados e seus autores poderão ter o envio de comentários bloqueado.