sábado, 24 de setembro de 2011

O Chateau de Vincennes

Um dia desses fomos ao Chateau de Vincennes, que foi construído um pouco antes do Louvre, no século XII e que é um dos poucos castelos que, desde a Idade Média, esta presente em todos os momentos da história francesa.

Assim como Versailles, o Château de Vincennes também se originou de um pavilhão de caça que foi erigido sob as ordens de Luis VII em torno de 1150.

Sob Filipe II e Luis IX, já no século XIII, teve suas instalações engrandecidas, como sua torre de oito andares, com 52 metros e que é considerada a mais alta fortificação de planície de toda a Europa.

Foi de Vincennes que Luis IX partiu para uma Cruzada de onde não voltaria vivo e, entre seus presos famosos estiveram o ministro Nicolas Fouquet, o Marquês de Sade e, no século XX, Mata Hari.

Dentro do castelo se encontra a Sainte Chapelle de Vincennes, cuja construção foi iniciada em 1379, pouco antes da morte de Carlos V, em 1380 e sua inauguração se deu apenas em 1552 sob o reinado de Henrique II.

No Reinado de Louis XI uma mudança fundamental ocorreu no uso do palácio e lá foram erguidos dois pavilhões reais que, construídos no período entre Vaux-le-Vicomte e Versalhes, foram essenciais na definição do estilo clássico.

Apesar de Vincennes ter sido o local de grandes festas, performances teatrais e grupos de caça ele perde para Versailles, ao final de 1671, a condição de palácio real.

A partir deste momento passou por diversas utilizações local para a fabrica da Porcelana de Vincennes, precursora da Porcelana Sèvres, prisão e, mais tarde, um arsenal.

No século XIX seus jardins e parque foram reformados à maneira de jardins ingleses e Napoleão III confiou a Viollet-le-Duc a restauração da Sainte Chapelle e de seu Donjon e ainda doou o seu bosque de seus quase 10km2 à cidade de Paris - o Bois de Vincennes.

No século XX sua história foi marcada pelo fuzilamento, em seus fossos, de Mata Hari em 1917 e serviu de quartel general ao Estado Maior General de Maurice Gamelin, no cargo de defesa da França contra a invasão alemã de 1940, o que não durou quase nada, diga-se de passagem.

Durante a ocupação alemã da Segunda Guerra Mundial, o castelo serviu de quartel para tropas da SS nazista e lá aconteceram trinta fuzilamentos e, em 1964, o já então Presidente da República, Charles de Gaulle escolheu o Château de Vincennes como novo palácio presidencial mas a idéia seria deixada nos arquivos devido a outras prioridades.





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