segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O Palais des Tuileries

O Palais des Tuileries, cuja construção começou em 1564 a mando de Catarina de Médicis, num local ocupado anteriormente por uma fábrica de telhas (tuiles) e que "fechava" o jardim e o pátio interno do Louvre (ver o primeiro esquema abaixo).

Aumentado em reinados sucessivos, chegou a ter uma fachada enorme, com 266m de comprimento e lá mantiveram residência diversos soberanos, como Henri IV, Louis XIV, Louis XV, Louis XVIII e, bem depois, Napoleão III – até à sua destruição por um incêndio em maio de 1871, sendo abandonado após o incêndio e suas ruínas só foram demolidas em 1882 e há, desde 2003, estudos de um comitê que propõe a sua reconstrução, por vários motivos.

Um deles é que a perspectiva “Louvre-Tuileries” X “Place de la Concorde-Champs-Élysées-Arc de Triomphe” usava o antigo palácio – localizado na junção destes dois eixos divergentes – como um belo disfarce para este nó arquitetônico, hoje mal ajambrado com o Arco do Carrousel fortuitamente próximo da interseção dos dois eixos.

Segundo o comitê, a reconstrução do palácio permitiria o re-estabelecimento da harmonia destes dois eixos diferentes e ainda reconduziram os Jardins des Tulleries às suas proporções originais: as de um jardim de palaciano.

Outro seria que o Musée du Louvre necessitaria ampliar sua área a fim de expor adequadamente suas coleções e para tanto a reconstrução do antigo palácio seria fundamental, levando o Louvre a expandir-se para o novo edifício.

Mais um motivo seria a reconstrução dos apartamentos de Estado do Segundo Império tal como em 1871, já que todas as plantas do palácio e muitas fotografias continuam guardados nos arquivos franceses, o que tornaria fácil reconstruir as salas exatamente como estavam no ano em que ardeu.

E mais: o mobiliário e as pinturas do palácio sobreviveram ao fogo, pois haviam sido removidas em 1870, no início da Guerra franco-prussiana, e armazenadas em locais seguros até hoje e, com a possível reconstrução e a recriação destes aposentos, estes tesouros do Segundo Império, atualmente afastados do público, seriam expostos.

O custo estimado para essa empreitada é de 300 milhões de Euros (cerca de 700 milhões de Reais) e seria o maior projeto de construção empreendido no centro de Paris desde o início do Século XXI. (ver o segundo esquema abaixo).




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