As ruínas das arenas de Lutetia são os vestígios do que sobrou de um enorme anfiteatro da época gallo-romana e foram encontrados entre 1860 e 1869, por ocasião da abertura da Rue Monge, no 5éme arrondissement.
Sua construção remonta ao Século I e no local se realizavam todos os tipos de lutas e apresentações teatrais, permanecendo em atividade até o fim do Século III, quando teve lugar a primeira destruição de Lutetia pelos bárbaros ate que, em 577 foram reconstruídas por ordem de Chilpéric Ier e também foram usadas como um cemitério.
As Arenas acomodavam até 17.000 espectadores e seu palco para apresentações teatrais tinham quase 42m de comprimento de quase 42 metros e as lutas de gladiadores e as lutas de entre homens e animais eram realizadas em uma faixa central, elíptica, de cerca de 52m X por 46m.
Em 1883, Victor Hugo escreveu ao Presidente do Conselho de Paris para defendê-las, diz a carta:
“Paris, 27 de julho de 1883,
Senhor Presidente,
Não é possível que Paris, a cidade do futuro, renuncie à prova viva de que era a cidade no passado. O passado transporta ao futuro. As Arenas são a marca antiga da cidade grande. Elas são um monumento único. O Conselho da Cidade que irá destruí-las, destruirá, em certo sentido, a si mesmo. Conserve as Arena de Lutetia. Conserve-as à qualquer preço. O Senhor fará uma ação útil e, melhor ainda, o Senhor terá dado um grande exemplo.
Meus cumprimentos, Victor Hugo.”
Poucos dias depois o Conselho adquiriu as ruínas do anfiteatro e as classificou como Monumento Histórico.
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