segunda-feira, 17 de outubro de 2011

François Vatel

Fritz-Karl Watel nasceu na cidade de Paris, em 1631, em uma família humilde oriunda de Zurique e, só após sua morte teve seu nome transformado para François Vatel, pela Marquesa de Sévigné e é a quem foi atribuída a invenção do Crème de Chantilly, castelo onde morreu em 1671.

Com 15 anos começou sua aprendizagem como confeiteiro e, aos 22 anos foi admitido como auxiliar do cozinheiro de Nicolas Fouquet, Superintendente do Tesouro da França e um dos mais ricos nobres da época.

A corte era o lugar ideal para um jovem talentoso, ativo, organizado e muito ambicioso que, em pouco anos conquistou a posição de Maître d'Hôtel no Château de Vaux-le-Vicomte, sendo o responsável pelas cozinhas, pelas compras dos alimentos, dos utensílios, das louças, dos talheres, das peças de ouro e de prata, das luminárias e da escolha e dos pagamentos dos diversos fornecedores.

A fim de comemorar a inauguraração de Vaux-le-Vicomte, Fouquet deu ordens para que seu Maître d'Hôtel recepcionasse mais de 600 convidados da corte, incluindo a Rainha Mãe, Ana de Áustria e o soberano, Rei Louis XIV.

Para tanto Vatel se fez valer de peças de teatro - entre as quais Les Fâcheux, a primeira comédia-ballet de Molière - música e fogos de artifício e seu único objetivo provar para Luís XIV que ele era muito melhor que o mestre da cozinha real.

Infelizmente essa comemoração grandiosa trouxe má sorte a Fouquet: Louis XIV ficou ainda mais invejoso e suspeitoso de que ele se valia de sua posição para enriquecer ilicitamente e apenas três semanas depois, o Rei ordenou que Fouquet fosse preso sob a acusação de conspiração.

Vatel, que havia esboçado uma pequena revolta, usou de toda a sua prudência e bem antes que a ira real recaísse sobre ele também, se exilou na Inglaterra, retornando à França dois anos depois para trabalhar como "Mestre dos Prazeres e das festividades" para Louis II de Bourbon-Condé, conhecido por Grand Condé, no Château de Chantilly, onde mais uma vez ele teria como missão impressionar o Rei-Sol.

Em Chantilly o Grand Condé o encarregara da maior tarefa de sua vida: promover três dias e três noites de festividades para o rei e 3000 convidados que passariam o fim de semana para caçar.

Todos os convivas aproveitaram os espetáculos proporcionados por Vatel e tudo corria muito bem até que, no jantar da última noite, não houve assados para todas as mesas e ele então, extremamente estressado pelo erro de cálculo, passou a noite em claro, esperando os peixes do dia para o dia seguinte, uma Sexta-Feira Santa.

Mas, ao perceber que a encomenda não seria entregue, suicidou-se – segundo a versão oficial – em virtude do atraso do peixe, que ameaçara o sucesso da ocasião e de seus magníficos esforços.

Uma outra versão, menos digna, que diz que decepcionado com o Grand Condé, que o tratara como um mero objeto ao perder sua “posse” para o Rei num jogo de cartas, que como a um escravo então levá-lo para servir ao Palais de Versailles, se matara.

Sua morte foi retratada como uma tragédia porque o peixe chegara e tudo não passara de um mal-entendido.

Ainda hoje, quando se visita o Château de Chantilly, pode-se entrar nas "cozinhas de Vatel".

Vaux-le-Vicomte

Vaux-le-Vicomte

Chantilly

Chantilly

História do Crème Chantilly

Receita de Crème Chantilly

Chantilly

Cozinhas de Vatel, em Chantilly

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