quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Traída, ex-mulher de Hollande solta o verbo



Não foi necessário nenhum programa internacional de vigilância para que detalhes da vida privada do presidente francês, François Hollande, fossem publicados.

Sua antiga companheira, a jornalista Valérie Trierweiler, traída por ele com uma atriz, dá detalhes sobre a infidelidade do chefe de Estado em um livro com publicação prevista para esta quinta (4).

Em trechos antecipados pela imprensa francesa, Valérie descreve seu cotidiano durante um ano e meio com Hollande no palácio presidencial do Eliseu. A convivência acabou quando uma revista expôs o relacionamento do presidente com a amante, Julie Gayet.

Quando descobriu o caso, Valérie tentou se matar. "A notícia estava no noticiário da manhã. Eu corro para o banheiro. Pego o pequeno saco plástico com pílulas para dormir. François me segue. Ele tenta arrancar o saco, que rasga. Pílulas se espalham na cama e no chão. Eu consigo juntar algumas. Quero dormir, não quero viver as próximas horas", diz um trecho.

Não por coincidência, o livro se chama "Obrigado por este momento", em tradução livre. A jornalista conta ainda que Hollande a procurou por meses após o término do relacionamento, enviando flores e mensagens de texto.

IMPACTOS

Olivier Royant, editor-chefe da revista "Paris Match", para a qual trabalha Valérie, disse que Hollande só soube do livro na terça (2).

O gabinete do presidente não comentou, mas seus aliados políticos se apressaram para tentar conter potenciais danos à sua imagem.

Para o ministro da Agricultura e amigo de Hollande, Stephane Le Foll, o país tem assuntos mais importantes para tratar. "Nós temos problemas suficientemente sérios e pesados", disse. "Não temos muito tempo, por isso não podemos nos dar ao luxo de perdê-lo", completou.

A publicação acontece no momento em que Hollande tenta conter uma crise econômica. Ele é o presidente mais impopular da história francesa recente, e a taxa de desemprego está acima de 10%, perto do recorde histórico.

Opositores de direita disseram que o livro mostra a personalidade de Hollande. "Além de sua vida privada, isso é sobre um homem de cinismo e indiferença preocupantes", disse Brice Hortefeux, membro da coalizão de oposição UMP.

Com informações da Folha de São Paulo.

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