Em matéria de O Globo online, no último dia 24, Fernando Eichenberg trouxe o que o compositor, cantor, poeta e escritor Chico Buarque mais gosta de fazer em suas viagens à capital francesa, onde passa merecidas férias após a longa turnê brasileira de seu show "Chico".
Segundo Eichenberg, Chico, apesar de seu período de autoexílio, em 1969 e 1970, ter sido em Roma, elegeu a capital francesa como seu refúgio europeu, onde gosta de pedalar na companhia da namorada, observar os casais que dançam à beira do Sena e jogar bola na Esplanade des Invalides.
Uma seleção que não posso deixar de compartilhar, apesar de muitas delas já terem sido objeto de nossos posts ou mesmo colunas às segundas, como o Le Petit Pontoise, o L'Ami Louis, o Institut du Monde Arabe, o Musée du Quai Branly, o Jeu de Paume e o Centre Pompidou (Beaubourg).
A entrevista começa assim:
O GLOBO: Um almoço?
CHICO BUARQUE: Num café por aí, saladas com anchovas ou queijo de cabra. Ou uma crepe na Rue du Temple, para comer andando. Quiches na Place des Vosges ou na Ile Saint-Louis; tartare de salmão no La Tartine, na Rue de Rivoli.
Um jantar?
CHICO: No Le Petit Pontoise, no L’Ami Louis, no La Méditerranée, num indiano da Rue Dauphine.
De vez em quando num restaurante italiano, para falar italiano.
Um museu?
CHICO: Beaubourg, o do Mundo Árabe e o do Quai Branly, pela arquitetura. O Museu Picasso, sempre. Vi maravilhas no Grand Palais, vi Hélio Oiticica no Jeu de Paume. Tem o Museu da Mágica, para levar as netas, na Rue Saint-Paul, em frente à casa do Jorge Amado. Por perto, tem até um Museu da Fechadura.
Uma livraria?
CHICO: Michèle Ignazi, na Rue de Jouy, no Marais. O que não tiver, a moça arranja.
Um passeio?
CHICO: De bicicleta com a Thaís (Gulin, a namorada), até a outra ponta da cidade. Pausa para um cachorro-quente.
Um local?
CHICO: Place de Furstenberg, em Saint-Germain.
Um vinho?
CHICO: Bourgogne, Bourgogne.
Uma canção e/ou músico?
CHICO: Jacques Brel, que era belga. E Charles Aznavour, armênio, cantando "Poker".
Um filme?
CHICO: "Acossado". Eu imitava aquelas caretas de Jean-Paul Belmondo.
Uma atriz francesa?
CHICO: Jeanne Moreau.
Um livro ou um escritor francês?
CHICO: Os dois primeiros do Céline. "O estrangeiro", de Camus. E particularmente Boris Vian, com "A espuma dos dias".
Uma lembrança?
CHICO: Paris, 1953, mulheres com os peitos de fora, nas bancas de revista e nas vitrines dos cabarés. Papai que me mostrou.
Uma surpresa?
CHICO: Papaia, no mercadinho da esquina.
Um hábito?
CHICO: Andar lá embaixo na beiradinha do Sena. Fazer xixi debaixo de uma ponte.
Um teatro?
CHICO: O Cirque d’Hiver.
Um prato francês?
CHICO: As entradas.
Manhã, tarde ou noite em Paris?
CHICO: Fim de tarde, noite. Fim de noite na Bastilha, ou no Quai Saint-Bernard, as pessoas dançando à beira do rio.
Uma partida de futebol?
CHICO: Pelada no gramado esburacado do Invalides, até a polícia chegar.
Um time francês?
CHICO: Paris Saint-Germain.
Um mistério francês?
CHICO: Johnny Hallyday.
Segundo Eichenberg, Chico, apesar de seu período de autoexílio, em 1969 e 1970, ter sido em Roma, elegeu a capital francesa como seu refúgio europeu, onde gosta de pedalar na companhia da namorada, observar os casais que dançam à beira do Sena e jogar bola na Esplanade des Invalides.
Uma seleção que não posso deixar de compartilhar, apesar de muitas delas já terem sido objeto de nossos posts ou mesmo colunas às segundas, como o Le Petit Pontoise, o L'Ami Louis, o Institut du Monde Arabe, o Musée du Quai Branly, o Jeu de Paume e o Centre Pompidou (Beaubourg).
A entrevista começa assim:
O GLOBO: Um almoço?
CHICO BUARQUE: Num café por aí, saladas com anchovas ou queijo de cabra. Ou uma crepe na Rue du Temple, para comer andando. Quiches na Place des Vosges ou na Ile Saint-Louis; tartare de salmão no La Tartine, na Rue de Rivoli.
Um jantar?
CHICO: No Le Petit Pontoise, no L’Ami Louis, no La Méditerranée, num indiano da Rue Dauphine.
De vez em quando num restaurante italiano, para falar italiano.
Um museu?
CHICO: Beaubourg, o do Mundo Árabe e o do Quai Branly, pela arquitetura. O Museu Picasso, sempre. Vi maravilhas no Grand Palais, vi Hélio Oiticica no Jeu de Paume. Tem o Museu da Mágica, para levar as netas, na Rue Saint-Paul, em frente à casa do Jorge Amado. Por perto, tem até um Museu da Fechadura.
Uma livraria?
CHICO: Michèle Ignazi, na Rue de Jouy, no Marais. O que não tiver, a moça arranja.
Um passeio?
CHICO: De bicicleta com a Thaís (Gulin, a namorada), até a outra ponta da cidade. Pausa para um cachorro-quente.
Um local?
CHICO: Place de Furstenberg, em Saint-Germain.
Um vinho?
CHICO: Bourgogne, Bourgogne.
Uma canção e/ou músico?
CHICO: Jacques Brel, que era belga. E Charles Aznavour, armênio, cantando "Poker".
Um filme?
CHICO: "Acossado". Eu imitava aquelas caretas de Jean-Paul Belmondo.
Uma atriz francesa?
CHICO: Jeanne Moreau.
Um livro ou um escritor francês?
CHICO: Os dois primeiros do Céline. "O estrangeiro", de Camus. E particularmente Boris Vian, com "A espuma dos dias".
Uma lembrança?
CHICO: Paris, 1953, mulheres com os peitos de fora, nas bancas de revista e nas vitrines dos cabarés. Papai que me mostrou.
Uma surpresa?
CHICO: Papaia, no mercadinho da esquina.
Um hábito?
CHICO: Andar lá embaixo na beiradinha do Sena. Fazer xixi debaixo de uma ponte.
Um teatro?
CHICO: O Cirque d’Hiver.
Um prato francês?
CHICO: As entradas.
Manhã, tarde ou noite em Paris?
CHICO: Fim de tarde, noite. Fim de noite na Bastilha, ou no Quai Saint-Bernard, as pessoas dançando à beira do rio.
Uma partida de futebol?
CHICO: Pelada no gramado esburacado do Invalides, até a polícia chegar.
Um time francês?
CHICO: Paris Saint-Germain.
Um mistério francês?
CHICO: Johnny Hallyday.
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