Na portuária La Rochelle, ruínas, túneis e pescados frescos
Antiga vila de pescadores já foi uma das cidades mais ricas da França
Veleiros atracados no porto de La Rochelle, guardado por duas torres. Foto: Luisa Valle / O Globo |
LA ROCHELLE - A cerca de duas horas de trem de Bordeaux, a cidade portuária de La Rochelle, que já fez parte da Aquitânia, vale uma escapada. A antiga vila de pescadores foi uma das cidades mais ricas da França e atualmente faz parte da região de Poitou-Charentes. As ruas do centro antigo, na área do Vieux Port, guardam em seus arcos e construções as estruturas de uma cidade que entrou na História da França.
As duas torres e o farol na entrada do porto — onde fica a marina do Port de Minimes — são o ponto de partida de um passeio por La Rochelle, dividida durante anos entre a França católica e a Inglaterra protestante. A cidade acabou vítima de um cerco orquestrado pelo cardeal Richelieu que dizimou grande parte da população pela fome no século XVI.
Ainda hoje é possível ver, na maré baixa, parte dos muros de pedras erguidos no mar para evitar a entrada de navios com comida. Durante o grande cerco, as muralhas que protegiam a cidade também foram destruídas. As ruínas, no entanto, ainda estão pelas ruas.
Dizem que todos os prédios principais da cidade eram ligados por túneis subterrâneos que existiriam até hoje, mas não podem ser visitados. Pelas ruas do centro histórico, no entanto, ainda é possível encontrar passagens em túneis que levam de uma rua a outra. É o caso do Rue du Temple, onde ficam as casas que pertenciam à Ordem dos Cavaleiros Templários. Uma espécie de porta numa das laterais da rua leva a um túnel que chega até a Rue du Palais, na qual está o Palácio da Justiça e sua fachada com colunas e escudos. Bem ao lado encontra-se a Câmara do Comércio, ou Hôtel de la Bourse, por onde é possível entrar no pátio e observar os símbolos marítimos nas paredes e o escudo real.
Não muito longe, na Rue de l’Hôtel de Ville, fica o prédio da prefeitura, que atualmente passa por uma reforma. A construção do século XVI traz na fachada o escudo da cidade, além das quatro virtudes capitais: temperança, força, justiça e prudência. Numa recente restauração, foi colocada dentro do campanário do edifício uma estátua do Rei Henrique IV, que de certa forma destoa do estilo gótico do prédio.
Outra rua que vale um passeio é a L’Escale, toda pavimentada com as pedras originais usadas como lastro para estabilizar os navios que traziam sal e vinho do norte da Europa, além de peles de animais do Canadá. A rua é tomada pelas belas mansões do século XVII, entre elas a casa de Nicolas Venette, cirurgião que fez parte da marinha real. A fachada é decorada com gárgulas e bustos de médicos famosos.
Para fechar o passeio, rume para a Place du Marché, onde fica o mercado municipal, com bancas que vendem frutas, legumes, verduras, cogumelos e pescados, que são o forte da gastronomia local.
Depois de passear entre os estandes, não deixe de provar o Pineau des Charentes, bebida aperitiva típica da região, um vinho fortificado com conhaque, no Le Tastevin.
Luisa Valle viajou a convite da Rail Europe e da TAM
As duas torres e o farol na entrada do porto — onde fica a marina do Port de Minimes — são o ponto de partida de um passeio por La Rochelle, dividida durante anos entre a França católica e a Inglaterra protestante. A cidade acabou vítima de um cerco orquestrado pelo cardeal Richelieu que dizimou grande parte da população pela fome no século XVI.
Ainda hoje é possível ver, na maré baixa, parte dos muros de pedras erguidos no mar para evitar a entrada de navios com comida. Durante o grande cerco, as muralhas que protegiam a cidade também foram destruídas. As ruínas, no entanto, ainda estão pelas ruas.
Dizem que todos os prédios principais da cidade eram ligados por túneis subterrâneos que existiriam até hoje, mas não podem ser visitados. Pelas ruas do centro histórico, no entanto, ainda é possível encontrar passagens em túneis que levam de uma rua a outra. É o caso do Rue du Temple, onde ficam as casas que pertenciam à Ordem dos Cavaleiros Templários. Uma espécie de porta numa das laterais da rua leva a um túnel que chega até a Rue du Palais, na qual está o Palácio da Justiça e sua fachada com colunas e escudos. Bem ao lado encontra-se a Câmara do Comércio, ou Hôtel de la Bourse, por onde é possível entrar no pátio e observar os símbolos marítimos nas paredes e o escudo real.
Não muito longe, na Rue de l’Hôtel de Ville, fica o prédio da prefeitura, que atualmente passa por uma reforma. A construção do século XVI traz na fachada o escudo da cidade, além das quatro virtudes capitais: temperança, força, justiça e prudência. Numa recente restauração, foi colocada dentro do campanário do edifício uma estátua do Rei Henrique IV, que de certa forma destoa do estilo gótico do prédio.
Outra rua que vale um passeio é a L’Escale, toda pavimentada com as pedras originais usadas como lastro para estabilizar os navios que traziam sal e vinho do norte da Europa, além de peles de animais do Canadá. A rua é tomada pelas belas mansões do século XVII, entre elas a casa de Nicolas Venette, cirurgião que fez parte da marinha real. A fachada é decorada com gárgulas e bustos de médicos famosos.
Para fechar o passeio, rume para a Place du Marché, onde fica o mercado municipal, com bancas que vendem frutas, legumes, verduras, cogumelos e pescados, que são o forte da gastronomia local.
Depois de passear entre os estandes, não deixe de provar o Pineau des Charentes, bebida aperitiva típica da região, um vinho fortificado com conhaque, no Le Tastevin.
Luisa Valle viajou a convite da Rail Europe e da TAM
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