segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

CarnaParis



Me perdoem o atraso – mais um, eu sei – mas este carnaval e seu apêndice de semana se mostrou uma maratona com uma enxurrada de amigos vindos do Brasil. Aliás, tinha tanta gente conhecida que mais parecia bloco de cidade de interior, uma verdadeiro CarnaParis, numa espécie de homenagem aos carnavais fora de época no Nordeste - que apesar de ter sido na época certa, não teve um bloquinho, uma festinha, um sambinha, enfim, nada que nos lembrasse, nem de muito longe, a folia brasileira.

Os amigos que aqui desembarcaram nesta pequena revoada de brasileiros me deixaram numa completa roda-viva de almoços, jantares, drinks e cafés desde a sexta-feira passada e por isso foi impossível pensar numa crônica pertinente.

O que posso garantir é todos, juntos ou separados, me fizeram ver como é bom contar com pessoas diferentes em nossas relações, pessoas que não sejam iguais ou pasteurizadas.

Um dos ilustres visitantes é um dos meus melhores e mais antigos amigos, daqueles que ao longo da vida já esteve comigo em todas as fases, das mais alegres às mais tristes e ficou hospedado aqui em casa, sem dar trabalho algum: arrumava sua cama e lavava sua louça.

O único problema – para a minha mulher, é claro – é que ele só pensa em duas coisas: mulheres mais novas e mulheres mais velhas, portanto toda sua atenção foi voltada às atividades que pudessem ajudá-lo a conhecer o outro sexo: foi a bares, boates, lojas e ainda me carregou para a Disneyland Paris.

Uma outra amiga presente as atividades do Carnaparis é uma mulher sofisticada, cosmopolita, com amigos espalhados pelo mundo e ainda por cima tem como namorido um cara sensacional que, infelizmente teve que trabalhar em Berlim no mesmo período.

Duas outras queridas amigas estiveram aqui com o namorado de uma delas e mais uma amiga – que eu não conhecia, mas adorei os dois – e tivemos um encontro sensacional, tipicamente carioca, com direito a risos e gargalhadas a noite toda.

Depois encontrei com um casal de São Paulo que amo, ele meu amigo de muitos anos desde meu passado de publicitário e ele de produtor de filmes e comerciais e, por coincidência, o último participante do CarnaParis também é produtor de filmes e comerciais, mas do Rio e meu amigo desde a adolescência.

Semana que vem, descansado, voltaremos à Margem Esquerda de sempre.

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