sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O Crazy Horse de Paris no cinema




Produzido em 2011, o documentário "Crazy Horse" do diretor Frederick Wisemantraz visita, durante os seus 134 minutos, um dos mais famosos e sem dúvida o mais ousado clube de strip-tease parisiense de mesmo nome; mostrando suas vedetes atuando ou simplesmente ensaiando velhos e novos números de dança e exibição, além de eventuais testes e audições.

Veja aqui o trailer do documentário:
https://vimeo.com/33371521

Veja aqui parte do espetáculo "Feu", com direção de Christian Louboutin:http://www.youtube.com/watch?v=-5xBvyXeDvw#t=78

O crítico de cinema André Miranda, do jornal O Globo, escreveu:

"O tempo de um cabaré francês

O tempo, num documentário do diretor Frederick Wiseman, serve a propósitos distintos do que se está acostumado a ver na maior parte das produções que pintam nos cinemas. Wiseman não condensa a passagem de tempo de suas obras para construir uma narrativa: é como se fosse o contrário, como se as narrativas é que fossem encontrando seu caminho no tempo e nas instituições retratadas pelo diretor. Por isso, seus filmes costumam ser longos, de planos lentos e cenas expositivas — algo próximo ao tempo real do espectador.

Introdução feita, “Crazy Horse” é uma produção de Wiseman de 2011, na qual ele acompanhou a montagem de um espetáculo no famoso cabaré de striptease de Paris. Isso significa que, nas mais de duas horas de documentário, o tempo é preenchido por moças no palco dançando à moda (um dos figurinos comuns é um cinto branco, com dois rabichos curtos, um na frente e outro atrás, e nada mais além do cinto), pelas mesmas moças nos camarins se preparando e também por um pouco daquele antiglamour dos bastidores que a gente sabe que existe, mas nunca vê.

Pela lente de Wiseman, o Crazy Horse se torna um ambiente comum aos olhos do espectador: um espaço dinâmico como qualquer outro que o diretor já retratou, e que têm suas particularidades respeitadas, nunca escancaradas. É um filme, tão raro, em que a nudez aparece em muitos momentos, mas nunca é o predominante."

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