sexta-feira, 14 de junho de 2013

Marseille toda prosa

O arrojado design do Mucem, projeto de € 200 milhões dedicado às civilizações mediterrâneas.
Foto: Claude Paris / AP
O repórter Eduardo Maia, de O Globo, publicou nesta sexta (14) no Caderno Boa Viagem / Globo Online, uma excelente matéria sobre a cidade de Marseille, que reproduzo e recomendo a leitura, segue a peça:

Marselha, de cara nova para o Mediterrâneo
Abertura de museu na cidade litorânea da França confirma revitalização da zona portuária
RIO - Não bastassem o charme do milenar Vieux-Port, as belas praias e o clima multiétnico, Marselha acaba de ganhar mais uma atração que a coloca como um dos destinos mais atraentes de 2013, ano em que é uma das capitais europeias da Cultura. Inaugurado no último dia 7, o Museu das Civilizações da Europa e do Mediterrâneo (Mucem) é um novo marco para a cidade, que tenta melhorar a imagem após décadas de altos índices de violência urbana. O novo museu alia arquitetura moderna, história e arte na renovada região portuária.

O projeto de € 200 milhões cobre uma área de 30 mil metros quadrados. A maior parte deles é ocupada pelo moderno edifício projetado pelo arquiteto francês de origem argelina, Rudy Ricciotti. Uma caixa gigante, protegida por uma espécie de rede metálica que permite, do interior, ver o mar, e que leva o nome do píer sobre o qual foi construído, o J4.

No primeiro andar está uma exposição permanente sobre a história das civilizações do Mediterrâneo. No pavimento superior, há dois grandes espaços voltados para exposições temporárias, sempre dedicados à temática mediterrânea. Há previsão de quatro mostras por ano.

No terraço, uma ponte liga o prédio à segunda metade do complexo, a antiga fortaleza de Saint-Jean, de 1660. A construção é um contraponto histórico ao moderno J4.

Saint-Jean guarda outra mostra permanente do Mucem, sobre a cultura das civilizações mediterrâneas. Algumas salas receberam equipamento audiovisual para contar, de forma mais dinâmica, a trajetória da construção. Parte de suas muralhas foi transformada em jardins suspensos.

A maior parte do acervo do Mucem veio do antigo Museu de Arte Popular e Tradições, em Paris. Mas há peças garimpadas em outras instituições e coleções particulares fora da França, especialmente na Grécia.

O museu funciona todos os dias (exceto às terças-feiras), das 11h às 19h. No inverno fecha uma hora mais cedo e, às sextas-feiras, fica aberto até as 22h. O valor do ingresso é € 8 e do sistema de audioguia, € 2. Já a entrada para as áreas comuns, como os jardins, é gratuita. A programação completa e os horários das visitas guiadas podem ser vistos em www.mucem.org

Em frente ao museu está a Villa Méditerranée, um centro cultural inaugurado em abril que é dedicado a pensar o futuro do Mediterrâneo. O Mucem é o empreendimento mais esperado do processo de renovação do porto de Marselha. No ano passado foi inaugurado um novo terminal de passageiros, o que faz a cidade esperar, em 2013, a visita de 25% mais cruzeiristas do que em 2012. Em frente ao terminal, foi aberta uma casa de espetáculos chamada Le Silo, em um antigo silo de alimentos, que hoje recebe de apresentações musicais a balé clássico. A poucos metros dali está o novo museu de arte contemporânea de Marselha, o Frac (Fonds Régional de l’Art Contemporain), aberto em março. Em abril, no antigo bairro industrial de Belle de Mai, foi a vez do Friche, uma antiga fábrica de cigarros transformada em centro cultural com teatro e salas de exposição. Outros detalhes sobre os novos espaços culturais na cidades estão em marseillecityofculture.eu


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