domingo, 23 de junho de 2013

Caravelle: um ícone da aviação moderna faz 58 anos



Em 23 de junho de 1955 era lançado o primeiro avião de passageiros a jato com turbinas na fuselagem: o Caravelle, com velocidade superior a 800km/h e que era usado, principalmente, para vôos dentro da Europa.

O Caravelle representou uma verdadeira revolução na história da aeronáutica porque até 1955, a aviação civil conhecia apenas as aeronaves movidas a pistão e hélice, como o Douglas DC-7, da Douglas e o Lockheed "Super" Constellation, da Lockheed.

Em 1951 o governo francês resolveu incentivar a criação de uma alternativa para o transporte de passageiros através da construção de uma nova uma aeronave que transportasse até 65 passageiros, mais a carga, a uma velocidade de 700 quilômetros por hora.

Um ano após o Ministério francês da Aviação chamou uma concorrência entre fabricantes franceses de aviões foram convidados a apresentar um projeto para a construção de um bimotor a jato, inédito no mundo.

A empresa vencedora da concorrência foi a Société Nationale de Constructions Aéronautiques Sud-Aviation com um projeto de um avião que poderia ser usado tanto em conexões dentro da Europa como em viagens transatlânticas: nascia ali o SE 210 Caravelle, uma homenagem aos navios usados na época dos Grandes Descobrimentos.

Os dois protótipos iniciados em 1953 foram apresentados ao público durante o Paris Air Show de 1955 e trouxeram um enorme prestígio para a aviação francesa - apesar de não usarem motores franceses, já que foram escolhidos motores britânicos da marca Rolls-Royce.

Um detalhe sensacional para a época foi a colocação das turbinas diretamente na parte traseira da fuselagem, melhorando a aerodinâmica e diminuindo sensivelmente os ruídos para os passageiros.

As principais vantagens do Caravelle eram sua grande estabilidade, a liberdade da circulação de ar ao longo da fuselagem, sua confiabilidade já que podia manobrar e decolar apenas com um dos motores, as escadas situadas atrás das asas, as janelas triangulares e a velocidade de até 800 km/h.

Fez tanto sucesso que seu conceito foi copiado pelas norte-americanas Boeing e McDonnel Douglas nos respectivos modelos 727 e DC-9 e sua última unidade deixou o centro de montagem em Toulouse em 1973, sendo produzidas 282 ao total.

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