domingo, 16 de junho de 2013

Gérard Dépardieu volta à carga contra os impostos na França




Segundo informações de O Globo de hoje (16) e de agências internacionais, o ator Gérard Dépardieu diz que foi "empurrado para a expatriação", hoje se apresenta como um ator "franco-russo" e nega que seja um exilado fiscal e afirma que gostaria de ter sete passaportes. Segue a matéria:

PARIS - O politicamente correto é uma noção estranha ao ator francês Gérard Dépardieu, que deixou a França há seis meses e deu entrevista neste fim de semana à publicação francesa “Journal de Dimanche”, chamou atenção o jornal “Le Figaro”.

Na conversa, o comediante falou sobre seu amor à Rússia, sua folha de impostos, seus excessos e sua liberdade política. Definindo-se como um “cidadão do mundo”, Dépardieu acredita ter sido “empurrado para a expatriação”.
— Não sou um exilado fiscal, não estou fugindo do Fisco — insistiu. — Apenas a alíquota sobre mim foi excessiva para uma pessoa de minha idade. Eu amo a os franceses, não parti. Nasci na França sem nada e ajudo uma centena de pessoas a viver há 30 anos.

Tentando provar que é uma pessoa transparente, o ator detalhou sua folha de impostos: paga 30% de taxas na França, impostos na Bélgica onde ele tem uma sociedade e 13% na Rússia, país em que também já abriu uma empresa, diz. Sua companhia russa, a IP, trata de “comércio, restauração, cinema, imóveis e turismo”, segundo ele.
— Não preciso me esconder, como certos políticos — ironiza Dépardieu, na entrevista.

Segundo o ator, ele já superou os ataques massivos que recebeu por ter decidido se instalar na Bélgica.
— Me tornei novamente Cyrano (personagem que interpretou no cinema), um homem que é contra tudo, que foge de seus protetores. Eu tenho uma imagem que os franceses amam: um rebelde que movimenta as coisas. É um espírito hooligan, que agrada bastante ao Putin (presidente russo) — afirma o francês, que abdicou de seu passaporte nacional e obteve do Kremlin a nacionalidade russa.

Dépardieu se disse, na entrevista, “um homem vivaz, maravilhado com o que o rodeia”. Sua liberdade, diz ele, também é desfrutada no campo político:
— Cortei o cordão. Não sou nem de esquerda nem de direita. Miterrand e Chirac foram os dois últimos animais políticos. Presidir um país, com ministros e uma limitação orçamentária, não é fácil. Isso vale para Sarkozy e hoje, para Hollande. O primeiro foi condenado ao ostracismo pela imprensa, o segundo, pelo povo — alfineta.

Hoje, Dépardieu se apresenta como um ator “franco-russo” e defende seu novo país.
— Não concordo com o que se diz na França sobre a Rússia e a Tchetchênia, de onde sou cidadão de honra. É preciso viver lá e não julgar.

Mas o horizonte do artista não se limita à Rússia:
— Eu adoraria ter sete passaportes. Vou pedir o da Argélia e o de outros países que amo — disse.


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