quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Malinês muçulmano que salvou reféns em Paris recebeu cidadania francesa

Lassana Bathily foi considerado heroi após conseguir esconder reféns de atirador Foto: FRANCOIS GUILLOT / AFP

Segundo informações da France Presse, o funcionário malinês e muçulmano que salvou seis reféns do ataque no mercado judaico de Paris, na sexta-feira passada, recebeu cidadania francesa. Lassana Bathily, de 24 anos, escondeu pessoas que estavam no Hyper Cacher de Porte de Vincennes dentro do congelador e apagou a luz, para que o sequestrador e atirador Amedy Coulibaly não os encontrasse. Ele recebeu o apoio de franceses ao longo desta semana para conseguir a nacionalidade.

“Na sequência dos atos de bravura de Bathily durante a tomada de reféns no mercado Hyper Cacher em 9 de janeiro, o ministério acelerou seu pedido de cidadania”, disse o Ministério do Interior em um comunicado.

Depois que o atirador — também muçulmano e de origem africana — tinha matado pessoas durante a emboscada, Bathily escondeu os reféns e pediu que mantivessem silêncio. Ele conseguiu fugir e foi procurar ajuda com a polícia.

— Eu ajudei judeus. Somos todos irmãos. Não é uma questão de judeus, cristãos ou muçulmanos, estamos todos no mesmo barco — disse ele à rede BFM TV.

Bathily trabalha há quatro anos no Hyper Cacher. Ele deu entrada no pedido de cidadania em julho. Após ser agradecido até pelo presidente François Hollande, uma cerimônia oficial para a entrega da cidadania a Bathily será realizada no dia 20 de janeiro.

Ele lamentou a perda de um amigo no ataque.

— Estou triste. Um amigo se foi e ele era muito jovem — disse, sobre Yohan Cohen, colega judeu dele no mercado, que tinha apenas 20 anos.

Coulibaly morreu após um confronto com a polícia, assim como quatro reféns.

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