domingo, 9 de março de 2014

No Dia Internacional dos Direitos das Mulheres milhares marcham em Paris

Protesto no Dia Internacional das Mulheres aconteceu ao redor da Praça da Bastilha (Foto: Pierre Andrieu/AFP)

Segundo informações da AFP, milhares de pessoas marcharam ontem (8) à tarde em diferentes ruas de Paris, por ocasião do Dia Internacional dos Direitos das Mulheres.

Por trás de uma faixa que pedia "Chega de violência contra as mulheres", a passeata principal, que reuniu 2.100 pessoas segundo a polícia, respondeu à convocação de associações feministas, de defesa dos direitos humanos, de sindicatos e de partidos de esquerda.

Várias associações internacionais também estiveram presentes para defender, em particular, o direito ao aborto, em xeque na Espanha. "Abortar, um direito. Integristas ilegais", exigia a associação Solidariedade Mulheres do Mundo Inteiro.

"Não queremos mendigar nosso direito a abortar", disseram as espanholas que estavam na passeata. Já as iranianas pediam "não ao véu obrigatório", acompanhadas por tâmeis, mulheres do Curdistão com trajes tradicionais e por tunisianas.

Segundo Nicole Savy, do grupo feminino da Liga dos Direitos Humanos, na França, "os direitos das mulheres estão bem representados, mas as leis não são aplicadas". Para ela, o exemplo do aborto é "o mais surpreendente, porque se fecham hospitais, maternidades, e os centros de interrupção voluntária da gravidez são cada vez menos numerosos".

No mesmo horário, em outro bairro da capital francesa, prostitutas e defensores das mulheres que usam véu caminharam juntos, em uma marcha que reuniu cerca de mil pessoas - segundo os organizadores - e 850 - de acordo com a polícia.

Sete mulheres, que se proclamaram militantes do mundo árabe e muçulmano, protestaram nuas em Paris, contra 'a opressão'. Com bandeiras de Tunísia, Irã, França e arco-íris, elas tiraram a roupa na frente da entrada do Museu do Louvre e caminharam entre as fontes que ficam ao lado da pirâmide de acesso.

Entre elas, estava Amina Sboui, uma ex-militante do Femen que deixou o grupo feminista por ser, segundo ela, islamofóbico.

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