segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Do Rio Comprido ao Rio Sena - um sonho vivido

Como muitos de vocês sabem, "Rive Gauche" passa o dia-a-dia de Paris e da França, com estilo leve, distraindo e levando o leitor à um passeio pela Cidade Luz e seus arredores e nasceu como uma coluna dominical publicada no Jornal do Brasil que depois migrou para dois sites com atualizações semanais, o www.investimentosenoticias.com.br e o www.annaramalho.com.br e, além disso, conta com atualizações em seu blog e em seu perfil no Facebook.

O que vocês não sabem, mas irão saber em breve, é qual foi a primeira coluna publicada assim que cheguei na França, em janeiro de 2010 e que contava a história de um sonho realizado, o de vir morar em Paris. Segue a coluna:





















Do Rio Comprido ao Rio Sena

Caros Leitores, me chamo Pedro Nonato e ocuparei, aos domingos, este pequeno espaço que chamei carinhosamente de “Rive Gauche”, contando nele a visão de um carioca recém-chegado ao cotidiano parisiense.

Apesar de acreditar que “toda unanimidade é burra” – coisa do Nelson –, todos a quem conheço, acham, por motivos diversos, que Paris é a sua cidade do coração,
o seu “segundo lar” na Europa.

E o que mais me espanta, apesar de retornar a esta cidade há mais de trinta anos – às vezes mais de uma vez por ano –, é a razão que cada um tem para justificar o seu amor por Paris.

Para uns, é romântica, para outros, cosmopolita. Há quem acredite que a gastronomia é a razão de vir aqui, enquanto um bom bocado jura de pés juntos que a cultura democratizada através de museus, galerias de arte, concertos é o que faz sua cabeça.

Quanto a mim, não tenho medidas: é tudo isso ao mesmo tempo. A cidade é romântica, serve de forma igual aos gourmets e aos gourmands, além de ser um verdadeiro museu a céu aberto – sem contar com os propriamente ditos.

Hoje estou em Paris e em casa: escrevo essa primeira coluna com olhos na tela e na minha janela, pela qual vejo o Rio Sena e a Île de Saint Louis ao fundo.

Realizei, de uma vez só, dois sonhos de minha adolescência: voltar a morar em Paris, agora minha primeira casa, e escrever no Jornal do Brasil – ainda que não os pensasse necessariamente nessa ordem ou mesmo em conjunto.

Bom, agora vou tentar explicar como cheguei aqui, tanto na Cidade Luz, quanto nas páginas do Jornal do Brasil.

Como disse há pouco, quando eu ainda era menino, mantinha esses dois sonhos grandiosos.

O primeiro, culpa de minha mãe Lucilla e seus LP’s (imaginem isso, LP’s...) de música francesa como Jacques Brel, Yves Montand, Charles Aznavour e também de minha irmã Bia que, ao se mudar para a França no final dos anos 70 (cruzes!), teve a paciência de me importar, com 13 anos, para conhecer o Velho Mundo.

E o segundo se deu porque, sortudo, pude conhecer dois magníficos homens de jornal, que lá trabalhavam: o Walter Fontoura – à época Editor-Chefe e hoje de volta em São Paulo - e o Bernard da Costa Campos – à época Diretor e já falecido.

Mas como sonhos são apenas sonhos, cresci e precisava trabalhar, procura aqui, acolá e acabei por entrar em um mercado que estava em franca expansão no meio da década de 80 (nossa!, essas datas longínquas de novo): propaganda.

Pelas mãos de um grande amigo até hoje, o Luiz Aviz, aprendi o ofício e me apaixonei pela profissão.

A partir daí, foi uma questão de tempo (aliás, muito) até ter, entre os clientes aos quais eu atendia, o Jornal do Brasil.

Mais um tempo se passou até que, em 2006 aceitei um convite e vim trabalhar no Jornal do Brasil, em sua sede nova no Rio Comprido, onde ocupei várias posições e morei em Brasília e em São Paulo – um sonho realizado.

De volta ao Rio de Janeiro (e ao Rio Comprido também) em agosto de 2008, comecei um trabalho para promover novas abordagens aos aspectos econômicos, culturais e sociais do Brasil no exterior, a fim de se criar uma imagem positiva de diversos setores da vida e da sociedade brasileira, em seus variados aspectos.

Esta visão prosperou ao ponto de fazer com que, ao final de 2009, me mudasse para morar em Paris – meu outro sonho realizado.

Resolvi contar isso tudo logo na primeira coluna do ano para desejar que em 2010 todos os seus sonhos se realizem - podem ter fé: acontece!

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