"Rive Gauche" passa o dia-a-dia de Paris e da França, com estilo leve, distraindo e levando o leitor à um passeio pela Cidade Luz e seus arredores. Nasceu como uma coluna dominical publicada no Jornal do Brasil e depois migrou para dois sites com atualizações semanais, o www.investimentosenoticias.com.br e o www.annaramalho.com.br e, além disso, conta com atualizações neste blog e no Facebook.
sexta-feira, 21 de março de 2014
Écran Total, de Bill Viola no Grand Palais
Até o dia 21 de julho o Grand Palais apresenta "Écran Total", a primeira exposição em Paris sobre o mais famoso representante da vídeo-arte, o norte-americano Bill Viola - a seguir uma breve conversa com o artista e com Kira Perov, sua esposa e colaboradora.
P: Sua primeira exposição em Paris oferece ao espectador uma viagem de várias horas.
Como visitá-la?
R: O trabalho é apresentado como uma viagem que responde a três perguntas: "Quem sou eu?", "Onde estou?" e "Para onde vou?". A primeira parte envolve a maneira pela qual nós habitamos o nosso corpo. Inscrevem-se as nossas vidas no tempo e no espaço ou não passamos de um simples reflexo? A segunda parte explora a nossa relação com a natureza, cuja força não podemos controlar. A última seção retrata a nossa última viagem, porém com possibilidades de renascimento, de eternidade. Cada um de nós organiza sua própria viagem, mergulhando nas obras que mais estimulam sua imaginação. O nosso trabalho baseia-se no tempo e o ideal seria que a exposição pudesse ser visitada várias vezes.
P: Por que a cenografia e os textos foram reduzidos ao mínimo?
R: Na realidade, a cenografia não é tão simples. As obras não estão classificadas por ordem cronológica, não seguem a linha de um relato. O espectador está cercado de imagens e sons sem intermediários. Assim, ele tem liberdade para reagir pessoalmente.
P: Em suas últimas obras, o senhor faz referência a Giotto, Bosch e Goya.
Qual a relação entre a pintura e o vídeo?
R: Sempre considerei a existência de laços profundos entre a pintura e o vídeo. Ambos procuram encarnar o tempo. Para criar Going Forth By Day, que é um "afresco", um ciclo de cinco enormes projeções murais, estudei os afrescos dos mestres italianos. Busquei um imediatismo e uma intemporalidade semelhantes, junto com um esquema narrativo que transmite a sensação de estar no interior do quadro. Os artistas sempre sonharam com a imagem em movimento.
Grand Palais
3, Avenue du Général Eisenhower
8ème arrondissement
Telefone: 01 44 13 17 17
www.grandpalais.fr
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