O Musée Guimet conta com a mais importante coleção de Arte Khmer do mundo - fora do Camboja - em seu acervo e, até o dia 13 de janeiro, apresenta uma excepcional exposição de 250 peças sobre a mágica em torno da mítica cidade de Angkor, capital do Reino Khmer do século IX até o Século XV, que exerce permanente fascínio sobre aqueles que tentam captar seus mistérios
Seria como se a floresta de Fontainebleau abrigasse todas as catedrais de Île-de-France: são esculturas em pedra, moldes em gesso, fotos, pinturas e documentos e trata-se de um justo retorno do destino já que foi o marinheiro francês Louis Delaporte que se apaixonou por Angkor após tê-la descoberto durante uma missão de estudos de navegabilidade no Rio Mekong sob Napoleão III.
Abalado pelo choque estético da descoberta, o marinheiro e aventureiro irá dedicar-se integralmente a "fazer com que a Arte Khmer entre no museu" e a salvar um patrimônio em perigo: todos os templos - exceto o Angkor Vat, transformado em santuário budista - estavam, até então, abandonados.
Naquela época Delaporte, de volta na França, defronta-se com a indiferença: o Louvre recusa as antiguidades do Khmer e os moldes irão trocando de endereço ao sabor do curiosidade do público, que foi crescendo graças às grandiosas reconstituições das exposições universais.
"Estes moldes dão testemunho de um estado de superfície que já não existe. São, muitas vezes, mais refinados que os próprios templos", explica Pierre Baptiste, curador da exposição.
É possível também admirar a espetacular reconstituição de um dos rostos que ornam a torre do templo do Bayon e ainda outras obras-primas, como o Shiva dançante em grés do Século X, uma das maiores esculturas do Khmer, emprestada pelo museu Phnom Penh e que durante toda a exposição, ele estará ao lado de Devi, sua esposa que Delaporte havia trazido de Koh Ker no século XIX.
Musée National des Arts Asiatiques-Guimet
6, Place d'Iéna
16ème arrondissement
Telefone: 01 56 52 53 00
www.guimet.fr
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