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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Menu de restaurantes franceses indicará uso de alimentos processados
Segundo informações do Dow Jones Newswires, o Parlamento da França aprovou na quarta-feira uma lei que obriga restaurantes a dar mais informações aos consumidores sobre o que está em seus pratos, em uma tentativa de conter o uso crescente de alimentos processados e preservar o patrimônio gastronômico do país.
O projeto, aprovado por 177 votos a 170 pelos senadores franceses ontem, exige que os restaurantes indiquem claramente quais pratos no menu foram preparados a partir de produtos frescos dentro de suas cozinhas e quais foram obtidos fora.
O governo disse que a nova lei seria detalhada em um decreto de implementação em março, mas salientou que itens feitos a mão serão carimbados com o selo 'fait maison' (feito em casa). 'A menção ajudará a promover o trabalho de profissionais de restaurantes que estão focados na qualidade', disse Sylvia Pinel, ministra para produtos artesanais, comércio e turismo em comunicado.
Grupos de lobby de restaurantes elogiaram o novo sistema, mas expressaram preocupação de que às vezes pode ser difícil traçar uma linha entre caseiro e não caseiro. 'Estamos esperando para obter os detalhes', disse Martine Croharé, porta-voz do sindicato de restaurantes e hotéis CPIH.
Analistas questionaram se o selo 'caseiro' sozinho ajudaria a conter o setor agroindustrial em constante expansão, que está galgando posições na cadeia de valor agregado em busca de maiores margens, fornecendo a consumidores e restaurantes refeições prontas.
Um dos principais motores da migração para alimentos processados tem sido o alto custo do trabalho. Muitos donos de restaurantes acham mais fácil comprar alimentos preparados industrialmente e aquecê-lo ou montá-lo em suas cozinhas do que contratar funcionários adicionais para criar pratos a partir de produtos crus.
Os alimentos processados entraram nas cozinhas de restaurantes franceses na década de 1960, quando caldos de carne e peixe desidratados ajudaram cozinheiros de restaurante a pular longas horas na preparação de molhos. A participação dos processados na cozinha francesa só aumentou desde então, com ingredientes frescos perdendo espaço para congelados na década de 1990, e alimentos totalmente preparados industrialmente sendo servidos a partir dos anos 2000.
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