"Rive Gauche" passa o dia-a-dia de Paris e da França, com estilo leve, distraindo e levando o leitor à um passeio pela Cidade Luz e seus arredores. Nasceu como uma coluna dominical publicada no Jornal do Brasil e depois migrou para dois sites com atualizações semanais, o www.investimentosenoticias.com.br e o www.annaramalho.com.br e, além disso, conta com atualizações neste blog e no Facebook.
quarta-feira, 11 de junho de 2014
Protestos contra aplicativo Uber complica trânsito de Paris
Na manhã desta quarta-feira, o tráfego começou complicado em Paris, com um total de mais de 30.000 táxis e motoristas de limusine protestando, juntando-se a manifestantes da mesma classe em Berlim, Londres, Madri, Barcelona, Milão e Roma que ocuparam locais turísticos e áreas comerciais nestas cidades.
Os taxistas estão pedindo às autoridades que imponham regras mais duras sobre a atuação do Uber, empresa sediada em San Francisco, cujo software permite que os clientes peguem carona paga com motoristas não licenciados — cada licença pode custar até US$ 270 mil em algumas localidades.
Serviço de partilha de carros da Uber Technologies, que tanto vêm incomodando taxistas em todos os EUA, está enfrentando o maior protesto até então, realizado por motoristas europeus que, como os americanos, consideram o aplicativo uma ameaça à sua sobrevivência.
Manifestações semelhantes anteriores este ano levaram a para-brisas quebrados e muita confusão no trânsito em Paris, uma amostra dos duros desafios que o Uber enfrentará para se expandir na Europa. A empresa americana acaba de participar de uma nova rodada de financiamento que a valoriza em US$ 17 bilhões, quase cinco vezes mais do que na rodada anterior. O Uber já funciona em 128 cidades, sendo que só 20 delas estão na Europa, incluindo Manchester, Lyon e Zurique.
“As cidades europeias tendem a regular mais severamente seus taxistas do que os EUA”, disse à “Bloomberg” Charles Lichfield, analista do Eurasia Group, em Londres. “Eu acho que os protestos [aqui na Europa] têm uma melhor chance de sucesso”.
“Cerca de 1.200 motoristas parisienses estavam bloqueando os aeroportos Charles de Gaulle e Orly esta manhã e impedindo serviços de veículos privados de pegar passageiros”, disse Nadine Annet, vice-presidente da associação de táxi FNAT na França. Taxistas também retiveram o tráfego da autoestrada A1 que circunda Paris, levando a um congestionamento de 200km, segundo relatou um canal de TV local. A grande maioria dos 55 mil táxis profissionais da França e dos 15 mil táxis de Paris estão em greve hoje, disse Annet.
Alguns Motoristas parisienses declaram que já perderam até 40% de sua receita desde 2009 por causa de serviços como Uber.
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