A Catedral de Notre-Dame de Reims é uma das catedrais mais imponentes de toda a França e juntamente com a Catedral de Chartres, são as catedrais góticas mais importantes do país – batendo inclusive a Catedral de Notre-Dame de Paris – e foi um dos primeiros monumentos classificados como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO, recebendo anualmente 1,5 milhões de visitantes.
Reims já era sede do bispado de Champagne no ano 250 e sua influência era tão importante que se acredita que a conversão dos estados germânicos ao catolicismo foi conseguida graças aos seus religiosos.
Mas foi apenas em 1211 – quase mil anos depois – que o arcebispo Aubrey de Humbert assentou a pedra fundamental da nova catedral, que teve terminou em 1516, com 6.650 m2 e uma nave com 139 metros de comprimento, 13 metros de largura e 35 metros de altura.
Uma curiosidade: apesar de seus famosos vitrais datarem, em sua maioria, do Século XIII, os três vitrais da capela axial foram executados em 1974 por Marc Chagall.
A Catedral de Reims foi o berço da coroação dos Reis da França: 29 monarcas franceses foram coroados nela, entre 1027 e 1825, entre eles os mais famosos Reis da Idade Média (Philippe Auguste, Louis IX, Saint Louis, Philippe IV, Charles VII), da Renascença (François I) ou da Época Clássica (Louis XIII, Louis XIV, Louis XV, Louis XVI) e ainda o último Bourbon da Restauração (Charles X).
A cerimônia de coroação era simples, apesar da pompa: o rei recebia as insígnias de cavaleiro, a espada e as esporas de ouro, que faziam dele o braço secular da Igreja. Depois ajoelhava-se diante do Arcebispo, era ungido com o crisma da Santa Ampola na cabeça, no peito, nos ombros e também nas articulações dos braços e das mãos para, em seguida, receber o anel e o cetro da justiça.
Em 2011 a Catedral de Reims comemorou 800 anos com espetáculos que se repetiram todos os fins de semana, desde 6 de maio até ontem e que contaram com apresentações do "Te Deum" e com jogos de luz e sombra que reproduziram as cores originais de sua fachada usada no século XIII.
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