"Rive Gauche" passa o dia-a-dia de Paris e da França, com estilo leve, distraindo e levando o leitor à um passeio pela Cidade Luz e seus arredores. Nasceu como uma coluna dominical publicada no Jornal do Brasil e depois migrou para dois sites com atualizações semanais, o www.investimentosenoticias.com.br e o www.annaramalho.com.br e, além disso, conta com atualizações neste blog e no Facebook.
terça-feira, 23 de abril de 2013
Há 120 anos o Maxim's de Paris abria suas portas
A agência Deutsche Welle publicou hoje (23) em seu calendário histórico uma boa matéria sobre o famoso restaurante Maxim's, que reproduzo e recomendo a leitura - segue a peça:
No dia 23 de abril de 1893, o garçom Maxime Gaillard inaugurou seu restaurante em Paris. O local logo se tornaria o ponto de encontro da alta sociedade.
Desde a abertura do Restaurante Maxim's, em Paris, o endereço é ponto obrigatório para a fina sociedade parisiense. E todos que se consideram como tal. Aliás, manter as aparências foi a filosofia de Maxime Gaillard desde o começo, que não era gastrônomo nem investidor. Apenas um garçom com algumas economias.
A ideia de tornar-se autônomo surgiu por acaso. Uma sorveteria havia falido na Rue Royale número 3, perto da Place de la Concorde, o coração de Paris. Ele comprou o local e o batizou com seu nome.
Seus altos preços logo restringiram a clientela à nobreza da época. Uma mulher que quisesse preservar a reputação não entrava no estabelecimento desacompanhada do marido ou do pai. Por outro lado, também era ponto de encontro das "cocottes", à caça de cavalheiro rico. Não raro, os ricaços encerravam a ceia com belezas nuas de sobremesa, cobertas apenas com chantilly.
Um dos clientes famosos foi o príncipe Eduardo, filho da Rainha Vitória da Inglaterra. Enquanto aguardava sua chance de ascender ao trono, frequentava com regularidade o Maxim's. Sua mesa era a de número 16, onde costumava passar o tempo bebendo champanhe do sapato de suas acompanhantes.
A saudação do maître aos clientes permaneceu a mesma ao longo de todos esses anos. Inalterada, também, a luxuosa decoração em estilo Art Nouveau, os sofás de veludo vermelho e as ninfas pintadas no teto. O que mudou foram os frequentadores, hoje em grande parte turistas.
A luxúria há muito tempo não vem mais suprindo a sobrevivência do restaurante, que desde 1981 pertence ao império do costureiro Pierre Cardin. Aliás, ele idealizou a venda da licença do famoso nome em letras douradas. Maxim's virou também nome de um perfume, de champanhe e um tipo de sorvete. O restaurante, que de vez em quando recebe a visita da família real de Mônaco, já foi frequentado por Onassis, Maria Callas e Salvador Dalí.
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