sábado, 6 de abril de 2013

Há 117 anos eram iniciados os Jogos Olímpicos da era moderna



Há 117 anos, em 6 de abril de 1896 começava em Atenas, na Grécia, a primeira edição dos Jogos Olímpicos da era moderna e o renascimento do espírito olímpico, interrompido no ano 392, deveu-se ao francês Barão de Coubertin, Charles Freddye Pierre.

Motivado pelo ideal da educação através do esporte, Coubertin queria propagar seu uso como um instrumento de aproximação entre os povos, em benefício da paz e a célebre frase "o importante é competir" é à ele atribuída.

Em junho de 1894, apoiado pelo norte-americano William Sloane e pelo inglês Charles Herbert, e na presença de representantes de 15 países, Coubertin fundou em Sorbonne, na França, o órgão precursor do Comitê Olímpico Internacional, que até hoje controla todo o mundo olímpico.

Coubertin planejava a primeira edição dos Jogos para 1900, em Paris, durante a Exposição Mundial, mas o príncipe Constantino da Grécia ficou tão empolgado com a ideia de recomeçar a competição no mesmo país onde ela havia terminado 16 séculos antes, que conseguiu organizá-los em dois anos.

Abertura virou marca registrada: a improvisada frase do Rei George 1º da Grécia ("Declaro abertos os primeiros Jogos Olímpicos em Atenas") tornou-se marca registrada para todas as cerimônias de abertura seguintes e adotou-se o termo "olimpíadas", no plural, pois cada modalidade é vista como um jogo em separado, e "olimpíada" como o espaço de quatro anos entre elas.

Aliás, o nome vem da cidade de Olímpia, na Grécia antiga. Criados em cerca de 2.500 a.C., os Jogos Olímpicos eram uma festa esportiva em homenagem a Zeus e eram tão importantes que até interrompiam guerras em andamento, as competições aconteciam no santuário de Olímpia onde as provas disputadas eram atletismo, luta, boxe, corrida de cavalo e pentatlo (incluía luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e de disco). Os campeões recebiam uma coroa de louros.

As Olimpíadas perderam prestígio quando os romanos tomaram a Grécia, no século 2º a.C e, em 392, o imperador Teodósio 1º converteu-se ao cristianismo e proibiu todas as festas pagãs, inclusive os Jogos Olímpicos, que homenageavam Zeus.

O sonho do Barão de Coubertin de aproximar os povos através do esporte demorou a se concretizar, por exemplo em 1936, na Alemanha, Hitler se negou a reconhecer as quatro vitórias do negro norte-americano Jesse Owens e em Munique (1972), um atentado do grupo terrorista palestino Setembro Negro matou 11 atletas israelenses.

Já em 1980, os Estados Unidos boicotaram os Jogos de Moscou, em protesto à invasão do Afeganistão e sua revanche viria quatro anos depois, com os soviéticos ausentes em Los Angeles.

Nos últimos anos, as Olimpíadas estão se tornando sinônimo de superlativo: os Jogos em Sydney, na Austrália, em setembro de 2000, tiveram a participação de mais de 10 mil atletas, 40% dos quais mulheres, representando 200 nações e buscando 300 medalhas de ouro.

Quatro anos depois, na capital grega, em 2004, os organizadores repetiram o refrão dos "maiores e mais caros Jogos de todos os tempos", com uma verdadeira paranóia em torno da segurança, devido ao temor de ataques terroristas.

As Olimpíadas de 2008, realizadas na China, foram acompanhadas de fortes protestos internacionais contra o desrespeito aos direitos humanos no Império do Meio, sobretudo contra a repressão no Tibete.

Com informações da DE, Deutsche Welle.

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