O moderno prédio do Mucem, no porto de Marselha. Foto de Claude Paris / AP |
Provence reeditada:
Marselha e Avignon renovam atrações
Região portuária revitalizada e espetáculo de luz e som
3D são novidades nessas cidades do sul da França
RIO - Há quem culpe Peter Mayle por ter popularizado a Provence, após o lançamento de seu “Um ano na Provence”, em 1989 (no Brasil, em 1990 pela Rocco). Hoje o best seller volta às livrarias reeditado pela Sextante, e a região famosa pelas cores da alfazema, do vinhos tinto ou rosé, aromas de lavanda e a gastronomia que preza os ingredientes locais e pescados do Mediterrâneo, também volta à cena. Além dos prazeres do campo, Marselha — capital da região — e Avignon — a cidade dos papas — acenam com novidades urbanas. Semana passada uma comitiva de representantes do setor de turismo da região esteve no Rio e em São Paulo, para promover o destino.
O título de capital europeia da cultura, a recomendação feita pelo “The New York Times” como um dos destinos a serem visitados em 2013, e a renovação da área portuária deram um novo ânimo a Marselha, que tem o primeiro porto da França, onde desembarcam mais de um milhão de passageiros de navios de cruzeiro. Embora também seja porta de entrada para o tráfico de drogas, responsável pela pela fama da violência que a cidade luta em se livrar.
Aos turistas que desembarcam por lá, seja de navio, carro ou de TGV, o porto está tinindo de novo. O novo Museu das Civilizações da Europa e do Mediterrâneo (Mucem) é uma das âncoras da área, com três restaurantes (um ‘bistrô chic’, uma brasserie e um café) comandados pelo chef estrelado Gerald Passedat (3 estrelas Michelin no Le Petit Nice, desde 2008, também em Marselha). O renovado Vieux Port tem ainda o centro cultural Villa Méditerranée, inaugurado em abril e, a partir do ano que vem, ganha a área Les Terrasses du Port, com 160 lojas e restaurantes com vista panorâmica. No Hôtel Dieu Intercontinental, aberto em abril (diárias a € 215) numa propriedade restaurada do século XVIII, fazem as honras um spa Clarins e um restaurante gastronômico — o L’Alcyone — com vista para o porto e a Basílica de Notre-Dame de la Guarde.
Em Avignon, o famoso palácio que abrigou os papas Bento XII e Clemente VI, entre outros, durante o século XIV, ganhou este ano um novo espetáculo de som e luz em 3D, “Le luminessences d’Avignon” criado por Bruno Seillier, que apresentou a temporada de “La nuit aux Invalides”, em Paris. A apresentação de Avignon narra a história do palácio. Coladinho a ele está o hotel La Mirande, incluído por Patricia Schultz no ‘guia de cabeceira’ “1.000 lugares para conhecer antes de morrer”. Antiga residência de cardeais, fica tão próximo ao palácio dos papas que chega a ter uma sala onde se descobriu uma passagem secreta que levava à construção vizinha. O hotel (diárias a € 350), que pertence a uma família alemã, foi decorado como um museu. Em toda a propriedade há obras de arte do acervo da família. As salas comuns são dedicadas a períodos relevantes na História e da arte europeias: tem a sala do Renascimento, a do século XVII, com tapeçarias orientais. O restaurante gastronômicos do hotel é comandado pelo premiado chef Jean-Claude Aubertin. As aulas de culinária começam pela manhã com a visita ao mercado na companhia do chef. Na cave, acontecem as degustações de queijos harmonizadas com os vinhos de Châteneuf-du-Pape e que trazem o sabor dos distintos terroirs da Provence produzidos por vinícolas que podem ser visitadas, como a Ogier. Hoje longe das cozinhas de hotéis, mas com passagem pelo La Mirande, onde conquistou uma estrela Michelin, o simpático chef Daniel Hébet, se lançou em voo solo desde 2003, no Le Jardin du Quai, em L’isle-sur-la-Sorgue, a cerca de 30km de Avignon.
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