Ao sair do restaurante uma simpática motorista nos atendeu e prontamente se pôs ao caminho e, ao contrário do que normalmente acontece em Paris, a taxista não parava de falar.
Já no meio do caminho já sabíamos onde e o que ela gosta de comer e mais ainda: que seu tio é o famoso Chef Bernard Pacaud, dono do não mais famoso ainda L'Ambroisie, 3 Estrelas no Guide Michelin e instalado ao número 9 da Place des Vosges (www.ambroisie-placedesvosges.com).
Ao final da corrida nos deu um presente: um cartão do L'Ambroisie, no nome do seu tio Bernard onde ela nos recomenda para uma noite especial – que mal posso esperar para fazer.
Andamos por quase todo o centro de Lyon e nossa primeira parada foi na Basilique de Notre-Dame de Fourvière, construída com fundos secretos entre 1872 e 1876, ela fica no alto do Monte Fourvière e oferece uma vista magnífica sobre a cidade.
Como a Basilique du Sacré-Coeur em Paris, Notre-Dame de Fourvière foi construída para ressaltar o poder da Igreja Católica Romana, logo após a derrota da França para a Prússia em 1870, e o nascimento da anti-clerical Terceira República.
Outro ponto comum é o seu estilo neo-bizantino e seu exterior relativamente austero que contrasta com o interior ricamente decorado, concebido para demonstrar a riqueza e poder da Igreja.
Ao deixarmos a Basílica fomos para o Musée Gallo-Romain de Lyon-Fourvière, construído ao lado das ruínas do Grande Teatro e o Teatro do Odéon, na antiga cidade de Lugdunum, nome dado pelos Romanos a uma cidade gaulesa junto ao Rio Rhône, conquistada no ano de 43 a.C.
Mais tarde Lugdunum foi fortificada pelos Romanos e tornou-se, por volta do Século II, a capital da província romana Lugdunense, que se estendia entre os rios Loire, Sena e Saône e a cidade mais importante da Gália Romana, sendo um importante centro comercial e o ponto de partida e chegada de diversas estradas romanas na região da Gália e da Renânia.
O Grande Teatro e o Teatro do Odéon poderiam receber cerca de 13.000 espectadores e durante três séculos, esta área seria o coração da vida da cidade que foi abandonada progressivamente a partir do Século III.
Seus vestígios seriam restaurados durante a primeira metade do Século XX e sua escavação completa foi realizada em 1933, sendo que os dois edifícios em forma semi-circular foram restaurados.
Desde o Século XVI se descobrem ruínas, inscrições, objetos, estátuas, moedas e cerâmica de Lugdunum a ponto das primeiras coleções serem desta época.
Contudo, no início da década de 1980, antes da realização de uma série de obras públicas, Lyon executou uma série de escavações exploratórias e com isso pôde enriquecer ainda mais seu acervo que hoje tem quase cinco séculos de descobertas, cobrindo todos os capítulos da vida pública e privada de uma das capitais mais importantes do Antigo Império Romano.
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