"Rive Gauche" passa o dia-a-dia de Paris e da França, com estilo leve, distraindo e levando o leitor à um passeio pela Cidade Luz e seus arredores. Nasceu como uma coluna dominical publicada no Jornal do Brasil e depois migrou para dois sites com atualizações semanais, o www.investimentosenoticias.com.br e o www.annaramalho.com.br e, além disso, conta com atualizações neste blog e no Facebook.
domingo, 7 de dezembro de 2014
Ameaças antisemitas mais que dobraram na França
Segundo a fala do Ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, em um comício hoje para protestar contra um violento ataque a um jovem casal judeu, as ameaças e incidentes antisemitas mais que dobraram até agora este ano na França.
Três homens foram detidos pela polícia e compareceram perante um juiz na quarta-feira em relação à invasão de uma casa durante plena luz do dia nesta última segunda-feira (1), no subúrbio parisiense de Créteil, em que uma mulher de 19 anos de idade foi estuprada.
Seu namorado de 21 anos, que foi amarrado durante o ataque, disse que os homens tinham como alvo o apartamento porque eles sabiam que os moradores eram judeus e acreditavam que haveria dinheiro e objetos de valor na casa.
Falando a uma multidão de várias centenas de manifestantes, o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, disse que o governo iria defender a comunidade judaica com "toda a sua força":
- "Temos de fazer da luta contra o racismo e antisemitismo uma causa nacional", disse ele.
A França tem a maior população judaica na Europa, tendo crescido em quase 50 por cento desde a Segunda Guerra Mundial para cerca de 550.000 judeus, de acordo com o grupo CRIF.
Mas incidentes violentos como os assassinatos de três crianças judias e um rabino pelo atirador militante islâmico Mohamed Merah, em 2012, e confrontos em comícios pró-palestinos em Paris em julho têm perturbado alguns membros da comunidade judaica.
Nos primeiros três meses de 2014 mais judeus deixaram a França para Israel do que em qualquer outro momento desde que o Estado judeu foi criado em 1948, citando dificuldades econômicas na estagnada França, mas também o crescente antisemitismo.
(Reportagem de Leila Abboud e Emmanuel Jarry / Reuters)
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