"Rive Gauche" passa o dia-a-dia de Paris e da França, com estilo leve, distraindo e levando o leitor à um passeio pela Cidade Luz e seus arredores. Nasceu como uma coluna dominical publicada no Jornal do Brasil e depois migrou para dois sites com atualizações semanais, o www.investimentosenoticias.com.br e o www.annaramalho.com.br e, além disso, conta com atualizações neste blog e no Facebook.
terça-feira, 19 de agosto de 2014
Há 72 anos fracassava o desembarque dos Aliados em Dieppe, no norte da França
No dia 19 de agosto de 1942, 6 mil soldados, na maioria canadenses, desembarcam no norte da França, na cidade de Dieppe, para formar uma segunda frente contra Hitler. A missão fracassa e os Aliados tiveram que se retirar com grandes perdas.
Hitler deu a ordem para atacar Stalingrado em 19 de agosto de 1942. Em meio ao verão europeu, as Forças Armadas alemãs, a Wehrmacht, avançavam para o Leste. Na Europa Ocidental, a situação parecia sob controle para os alemães. Mas, exatamente nesse dia, tropas aliadas atacaram a costa francesa do Canal da Mancha. Seis mil soldados tentaram desembarcar, com tanques e infantaria, na cidade portuária de Dieppe.
O noticiário alemão de 19 de agosto de 1942 registrou a batalha numa nota curta ditada pelos nazistas: "O Comando Superior das Forças Armadas comunica: uma ampla invasão de tropas inglesas, norte-americanas e canadenses executada, na manhã de hoje, perto de Dieppe, foi contida pelas forças de defesa costeira, com sangrentas perdas para o adversário".
As tropas aliadas não tiveram chance. Ainda no mar confrontaram-se com navios alemães. Enquanto a batalha ocorria no Canal da Mancha, a Wehrmacht foi alarmada a tempo na costa. Os invasores só chegaram até a praia. Utilizando aviões de combate, os alemães conseguiram afundar muitos navios aliados. Quatro mil e quinhentos soldados ingleses, americanos e canadenses morreram na batalha. Só escapou quem teve a sorte de encontrar um esconderijo.
Os Aliados compreenderam logo a gravidade da situação e entraram em pânico. Os soldados negaram-se a desembarcar, mas foram forçados sob ameaça de execução por seus oficiais. Após o combate, um oficial alemão orgulhou-se na rádio estatal da frieza com que as forças nazistas aniquilaram os navios adversários, "despejando as bombas sobre os alvos, como num exercício militar".
A estratégia
Stalin já havia pedido, em 1941, que os Estados Unidos e a Inglaterra abrissem uma segunda frente de batalha contra a Alemanha. Desde o final daquele ano, Roosevelt e Churchill planejavam a invasão da costa francesa. Várias pequenas expedições deveriam preparar o caminho para o grande desembarque de tropas. Em Dieppe, os aliados testaram tanques e armas. Além disso, eles queriam descobrir o esquema de abrigos antiaéreos dos alemães.
A propaganda nazista transformou a batalha num grande triunfo da Wehrmacht. Na realidade, a investida dos aliados provocou um evidente alvoroço entre os generais alemães. Inclusive Adolf Hitler ficou preocupado. Cogitou até a transferência de uma divisão de elite da frente oriental para a França. Em setembro de 1942, ele ordenaria a formação da trincheira do Atlântico.
Cerca de 250 mil pessoas trabalharam no sistema de fortificação, mas problemas de reabastecimento e dificuldades técnicas retardaram a conclusão da obra. Os aliados adiaram, repetidamente, sua grande invasão, provocando decepção e desconfiança nos soviéticos. Finalmente, em 6 de junho de 1944, chegou o Dia D, quando os Aliados conseguiram desembarcar na Normandia, dando início à fase decisiva da Segunda Guerra Mundial e à derrota do regime nazista. Com informações da Deutsche Welle.
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