Rive Gauche
"Rive Gauche" passa o dia-a-dia de Paris e da França, com estilo leve, distraindo e levando o leitor à um passeio pela Cidade Luz e seus arredores. Nasceu como uma coluna dominical publicada no Jornal do Brasil e depois migrou para dois sites com atualizações semanais, o www.investimentosenoticias.com.br e o www.annaramalho.com.br e, além disso, conta com atualizações neste blog e no Facebook.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
Merci, Paris! Merci, France!
Hoje é o dia de nos despedirmos porque, após seis anos completos vivendo na Cidade Luz - cheguei em 1o. de janeiro de 2010 –, me mudo em poucas horas para Miami para iniciar uma nova jornada pessoal e profissional com a mesma felicidade que mudei do Rio para Paris no dia 31 de dezembro de 2009.
Do Rio Comprido ao Rio Sena e agora, do Rio Sena ao Rio Miami (Miami River) – calma, é brincadeira, nada de escrever sobre o Miami River, é claro.
Muito obrigado por todo seu carinho nestes anos todos. Foi um prazer e uma honra. Até breve.
PS. Vou deixar o blog no ar para quem quiser rever as crônicas.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
Do Rio Comprido ao Rio Sena - um sonho vivido
Como muitos de vocês sabem, "Rive Gauche" passa o dia-a-dia de Paris e da França, com estilo leve, distraindo e levando o leitor à um passeio pela Cidade Luz e seus arredores e nasceu como uma coluna dominical publicada no Jornal do Brasil que depois migrou para dois sites com atualizações semanais, o www.investimentosenoticias.com.br e o www.annaramalho.com.br e, além disso, conta com atualizações em seu blog e em seu perfil no Facebook.
O que vocês não sabem, mas irão saber em breve, é qual foi a primeira coluna publicada assim que cheguei na França, em janeiro de 2010 e que contava a história de um sonho realizado, o de vir morar em Paris. Segue a coluna:
Do Rio Comprido ao Rio Sena
Caros Leitores, me chamo Pedro Nonato e ocuparei, aos domingos, este pequeno espaço que chamei carinhosamente de “Rive Gauche”, contando nele a visão de um carioca recém-chegado ao cotidiano parisiense.
Apesar de acreditar que “toda unanimidade é burra” – coisa do Nelson –, todos a quem conheço, acham, por motivos diversos, que Paris é a sua cidade do coração,
o seu “segundo lar” na Europa.
E o que mais me espanta, apesar de retornar a esta cidade há mais de trinta anos – às vezes mais de uma vez por ano –, é a razão que cada um tem para justificar o seu amor por Paris.
Para uns, é romântica, para outros, cosmopolita. Há quem acredite que a gastronomia é a razão de vir aqui, enquanto um bom bocado jura de pés juntos que a cultura democratizada através de museus, galerias de arte, concertos é o que faz sua cabeça.
Quanto a mim, não tenho medidas: é tudo isso ao mesmo tempo. A cidade é romântica, serve de forma igual aos gourmets e aos gourmands, além de ser um verdadeiro museu a céu aberto – sem contar com os propriamente ditos.
Hoje estou em Paris e em casa: escrevo essa primeira coluna com olhos na tela e na minha janela, pela qual vejo o Rio Sena e a Île de Saint Louis ao fundo.
Realizei, de uma vez só, dois sonhos de minha adolescência: voltar a morar em Paris, agora minha primeira casa, e escrever no Jornal do Brasil – ainda que não os pensasse necessariamente nessa ordem ou mesmo em conjunto.
Bom, agora vou tentar explicar como cheguei aqui, tanto na Cidade Luz, quanto nas páginas do Jornal do Brasil.
Como disse há pouco, quando eu ainda era menino, mantinha esses dois sonhos grandiosos.
O primeiro, culpa de minha mãe Lucilla e seus LP’s (imaginem isso, LP’s...) de música francesa como Jacques Brel, Yves Montand, Charles Aznavour e também de minha irmã Bia que, ao se mudar para a França no final dos anos 70 (cruzes!), teve a paciência de me importar, com 13 anos, para conhecer o Velho Mundo.
E o segundo se deu porque, sortudo, pude conhecer dois magníficos homens de jornal, que lá trabalhavam: o Walter Fontoura – à época Editor-Chefe e hoje de volta em São Paulo - e o Bernard da Costa Campos – à época Diretor e já falecido.
Mas como sonhos são apenas sonhos, cresci e precisava trabalhar, procura aqui, acolá e acabei por entrar em um mercado que estava em franca expansão no meio da década de 80 (nossa!, essas datas longínquas de novo): propaganda.
Pelas mãos de um grande amigo até hoje, o Luiz Aviz, aprendi o ofício e me apaixonei pela profissão.
A partir daí, foi uma questão de tempo (aliás, muito) até ter, entre os clientes aos quais eu atendia, o Jornal do Brasil.
Mais um tempo se passou até que, em 2006 aceitei um convite e vim trabalhar no Jornal do Brasil, em sua sede nova no Rio Comprido, onde ocupei várias posições e morei em Brasília e em São Paulo – um sonho realizado.
De volta ao Rio de Janeiro (e ao Rio Comprido também) em agosto de 2008, comecei um trabalho para promover novas abordagens aos aspectos econômicos, culturais e sociais do Brasil no exterior, a fim de se criar uma imagem positiva de diversos setores da vida e da sociedade brasileira, em seus variados aspectos.
Esta visão prosperou ao ponto de fazer com que, ao final de 2009, me mudasse para morar em Paris – meu outro sonho realizado.
Resolvi contar isso tudo logo na primeira coluna do ano para desejar que em 2010 todos os seus sonhos se realizem - podem ter fé: acontece!
O que vocês não sabem, mas irão saber em breve, é qual foi a primeira coluna publicada assim que cheguei na França, em janeiro de 2010 e que contava a história de um sonho realizado, o de vir morar em Paris. Segue a coluna:
Do Rio Comprido ao Rio Sena
Caros Leitores, me chamo Pedro Nonato e ocuparei, aos domingos, este pequeno espaço que chamei carinhosamente de “Rive Gauche”, contando nele a visão de um carioca recém-chegado ao cotidiano parisiense.
Apesar de acreditar que “toda unanimidade é burra” – coisa do Nelson –, todos a quem conheço, acham, por motivos diversos, que Paris é a sua cidade do coração,
o seu “segundo lar” na Europa.
E o que mais me espanta, apesar de retornar a esta cidade há mais de trinta anos – às vezes mais de uma vez por ano –, é a razão que cada um tem para justificar o seu amor por Paris.
Para uns, é romântica, para outros, cosmopolita. Há quem acredite que a gastronomia é a razão de vir aqui, enquanto um bom bocado jura de pés juntos que a cultura democratizada através de museus, galerias de arte, concertos é o que faz sua cabeça.
Quanto a mim, não tenho medidas: é tudo isso ao mesmo tempo. A cidade é romântica, serve de forma igual aos gourmets e aos gourmands, além de ser um verdadeiro museu a céu aberto – sem contar com os propriamente ditos.
Hoje estou em Paris e em casa: escrevo essa primeira coluna com olhos na tela e na minha janela, pela qual vejo o Rio Sena e a Île de Saint Louis ao fundo.
Realizei, de uma vez só, dois sonhos de minha adolescência: voltar a morar em Paris, agora minha primeira casa, e escrever no Jornal do Brasil – ainda que não os pensasse necessariamente nessa ordem ou mesmo em conjunto.
Bom, agora vou tentar explicar como cheguei aqui, tanto na Cidade Luz, quanto nas páginas do Jornal do Brasil.
Como disse há pouco, quando eu ainda era menino, mantinha esses dois sonhos grandiosos.
O primeiro, culpa de minha mãe Lucilla e seus LP’s (imaginem isso, LP’s...) de música francesa como Jacques Brel, Yves Montand, Charles Aznavour e também de minha irmã Bia que, ao se mudar para a França no final dos anos 70 (cruzes!), teve a paciência de me importar, com 13 anos, para conhecer o Velho Mundo.
E o segundo se deu porque, sortudo, pude conhecer dois magníficos homens de jornal, que lá trabalhavam: o Walter Fontoura – à época Editor-Chefe e hoje de volta em São Paulo - e o Bernard da Costa Campos – à época Diretor e já falecido.
Mas como sonhos são apenas sonhos, cresci e precisava trabalhar, procura aqui, acolá e acabei por entrar em um mercado que estava em franca expansão no meio da década de 80 (nossa!, essas datas longínquas de novo): propaganda.
Pelas mãos de um grande amigo até hoje, o Luiz Aviz, aprendi o ofício e me apaixonei pela profissão.
A partir daí, foi uma questão de tempo (aliás, muito) até ter, entre os clientes aos quais eu atendia, o Jornal do Brasil.
Mais um tempo se passou até que, em 2006 aceitei um convite e vim trabalhar no Jornal do Brasil, em sua sede nova no Rio Comprido, onde ocupei várias posições e morei em Brasília e em São Paulo – um sonho realizado.
De volta ao Rio de Janeiro (e ao Rio Comprido também) em agosto de 2008, comecei um trabalho para promover novas abordagens aos aspectos econômicos, culturais e sociais do Brasil no exterior, a fim de se criar uma imagem positiva de diversos setores da vida e da sociedade brasileira, em seus variados aspectos.
Esta visão prosperou ao ponto de fazer com que, ao final de 2009, me mudasse para morar em Paris – meu outro sonho realizado.
Resolvi contar isso tudo logo na primeira coluna do ano para desejar que em 2010 todos os seus sonhos se realizem - podem ter fé: acontece!
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
Feliz Natal e Feliz Ano Novo
Acho que por conta do tempo brando para a época e das férias de Natal, os parisienses têm tentado voltar ao seu ritmo normal de vida e as ruas têm ficado lotadas para as compras natalinas, causando problemas à circulação de veículos e pessoas, como no metrô, que anda insuportável.
E, após um ano com tão conturbado, desejo que todos vocês tenham um Natal e um final de 2015 com muito carinho e amor e deixo minha wish-list para 2016: para um inimigo, perdão; para um oponente, tolerância; para um amigo, seu coração; para um cliente, serviço; para tudo, caridade; para toda criança, um bom exemplo e, para você, o meu respeito.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
10 coisas para NÃO se fazer em Paris
Da mesma forma que Rive Gauche sempre apresenta, ao final do ano, uma lista com as 100 coisas que você precisa fazer para poder se considerar um “parisiense de adoção”, também apresentamos uma lista com as 10 coisas para não se fazer em Paris e o seu porque. Vamos à lista:
1) Não faça compras na Avenues des Champs-Elysées: a via já pode ter sido a mais bela avenida do mundo, mas que hoje foi invadida por cadeias globais de lojas de moda, como H&M, Zara, Abercrombie, cinemas multiplex, concessionárias de automóveis e uma turba de adolescentes indo e vindo, para cima e para baixo.
2) Não se deslumbre pela alta gastronomia: Paris tem quase 70 estabelecimentos com Estrelas no Guide Michelin Rouge, sendo portanto, um paraíso para os gourmets de todo o mundo. Mas além da muita pompa e circunstância, na grande maioria desses tradicionais e requintados restaurantes, os preços são estratosféricos.
3) Não passar o dia no Louvre ou no d'Orsay: são os museus mais famosos de Paris e neles estão algumas da mais famosas obra-de-arte de todo o mundo. Mas não pense nem por um segundo que são suas melhores ou mesmo as suas únicas opções. Paris tem muitas outras opções de museus, municipais ou nacionais e sem as angustiantes e enormes filas para se entrar e também sem as multidões que irão, com certeza, prejudicar a sua experiência.
4) Não assassine a moda ou o estilo: em Paris, mesmo nos dias de canicule, nem pensar em usar shorts ou bermudas, a menos que você realmente queira ser tratado como um turista qualquer e, como diriam os franceses, ça ne se fait pas. Outra dica é: deixe os reluzentes tênis brancos em casa, também porque, como regra geral, os parisienses evitam se vestir como se fossem correr na praia ou escalar os Alpes no inverno. Por outro lado, também não exagere na produção só porque você está indo para a capital mundial da moda.
5) Não abuse dos táxis: Paris definitivamente não é Rio ou São Paulo: aqui os táxis são ainda mais difíceis de conseguir e quase nunca se consegue pará-los na rua, sendo necessário fazer filas (enormes, às vezes) em pontos como os de ônibus ou agendá-los com antecedência. Outro ponto negativo é que a tarifa é alta e por muitas vezes as ruas ficam bloqueadas por carros ou furgões que param em fila dupla e aí seu taxímetro sobre aos píncaros.
6) Não procure um ambiente intelectualizado na Rive Gauche: é verdade que Sartre e Simome podem ter amado o Les Deux Magots ou o Café de Flore e que Picasso e Hemingway podem ter almoçado ou jantado no La Coupole ou na La Closerie des Lilas mas esses dias acabaram e atualmente esses locais só servem aos turistas e cobram bem cara para isso. Mas, com sorte, talvez você possa escutar alguém filosofando sobre a imoralidade de se cobrar 16 Euros por torradas com manteiga e um suco de laranja.
7) Não perca tempo subindo a Tour Eiffel: imagine que em 2010 quase 7 milhões de pessoas subiram ao topo da torre, o que não é uma coisa simples: filas de quase duas horas para comprar, mais vinte ou trinta minutos entre o chão e as trocas de níveis e elevadores até o topo – sem contar as mesmas filas para descer. E tudo isso para chegar lá e perceber que a vista, apesar de muito ampla, é bem monótona, já que a cidade é muito plana e toda muito uniforme, à exceção de um ou outro monumento que pode ser avistado.
8) Não reserve o hotel mais barato: encontrar um hotel decente em de Paris por um preço razoável pode levar até mesmo os mais experientes viajantes à beira do desespero: a grande maioria dos hotéis são incrivelmente caros. Mas pior ainda é achar que fez um excelente negócio e se descobrir numa espelunca longe de tudo, sem elevador, sem staff, sem ar condicionado ou mesmo sem calefação.
9) Não se entupa de croissants ou baguettes: todos nós sabemos sobre as virtudes de ouro das boulangeries francesas, mas há um mundo inteiro de outros sabores esperando para serem descobertos e sempre, na sua grande maioria, com preços justos e espalhados por pâtisseries em toda a cidade.
10) Não se baseie em estereótipos: todos sempre escutamos que os parisienses são grosseiros e que em Paris os garçons são mal-humorados, que os vendedores são inúteis, que todos são esnobes e retraídos. A verdade é que os parisienses são mais reservados do que a maioria dos brasileiros e que são mesmo menos suscetíveis a ser tornarem nossos melhores amigos em apenas meia hora e que não faz parta de sua cultura distribuir sorrisos e perguntar como podem ser úteis o tempo todo nas lojas, portanto, não retribua isso com grosseria de sua parte.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
100 coisas para se fazer em Paris
Rive Gauche sempre apresenta, ao final do ano, essa lista com as 100 coisas que você precisa fazer para poder se considerar um “parisiense de adoção”.
Uma “to do list” que vai muito além da inescapável subida à Tour Eiffel ou a um passeio pelas ruas da Île de Saint Louis saboreando um cornet Bertillon.
Aliás passa muito longe dos clássicos como passar um domingo no Marché aux Puces, subir para Sacre Cœur pelo funiculaire, andar na Grande Roue de Paris, descer a Tour Eiffel pelas escadas, pegar um Bateau-Mouche, fazer seu portrait por um caricaturista da Place du Tertre em Montmartre, andar no andar de cima daqueles ônibus de turistas ou mesmo ficar dando voltas e mais voltas para estacionar o carro.
Vamos à lista, revisitada:
1. Jantar no Tokyo Eat (16ème) sem entrar pela porta do Palais de Tokyo
2. Tomar café da manhã no terraço do Café Marly (1er), um dos muitos “Costes”
3. Sentar à mesa no l’Astrance (16ème)
4. Fazer uma festa de despedida no Train Bleu, na Gare de Lyon (12ème), sem viajar para lugar algum
5. Jantar em uma das mesas do lado de fora da Lipp (6ème), de preferência ao lado de uma celebridade
6. Tomar uma sopa de cebola em Les Halles (1er)
7. Tomar um sorvete de casquinha comprado na matriz da Maison Bertillon (4ème)
8. Se deleitar com um Paris-Brest de Philippe Conticini, da Pâtisserie des Rêves na Rue du Bac (7ème)
9. Ter prazer em encher seu carinho de compras na la Grande Épicerie du Bon Marché (7ème)
10. Ter sido seduzido pelo macaron de caramel au beurre salé do Ladurée (8ème)
11. Tomar um chá de menta na Mesquita de Paris (5ème)
12. Almoçar uma verdadeira refeição tamoul no Pooja (10ème)
13. Comer uma costela – para dois – às seis da manhã no Denise, na La Tour de Montlhéry (1er)
14. Acreditar que está em Nova York ao desfrutar um club sandwich no Harry's Bar (2ème)
15. Encomendar uma tábua de queijos na Marie-Anne Cantin (7ème)
16. Gastar uma manhã inteira em um domingo no marché bio do Boulevard Raspail (7ème)
17. Almoçar um bento no Kunitoraya 2 (1er)
18. Brindar com vinho da Fête des Vendanges de Montmartre, no início de outubro (18ème)
19. Comer falafel no l'As du Fallafel, na Rue des Rosiers (4ème) em um domingo
20. Gastar 80 € por um frango assado – para dois – com fritas no l’Ami Louis (3ème)
21. Saber onde comprar flores e comer ostras no Marché de Rungis (Val-de-Marne)
22. Comprar seu chá favorito numa das várias lojas dos Mariage Frères
23. Fazer um piquenique na Pont des Arts (passarela sobre o Sena, ligando o Institut de France e o Louvre)
24. Acreditar que está em Beyrouth ao comer um sanduíche libanês na Avenue George V (8ème)
25. Comer no New Nioullaville (11ème) para comemorar o Ano Novo Chinês
26. Tomar um café no Flore (6ème)
27. Saborear um "plateau" de ostras BB no La Coupole (14ème), sentado como um habitué nos bancos vermelhos (mas não nos da varanda, é claro)
28. Ser capaz de jurar que a cabeça do novilho é do Apicius (8ème)
29. Beijar seu amor no Quai ou no Port de la Tournelle, na margem do Sena, é claro
30. Pedir um cocktail da mesma cor dos olhos de sua companhia no bar Hemingway do Hotel Ritz (1er)
31. Passar a noite no Hotel Chopin na Passage Jouffroy (9ème) para namorar
32. Conseguir gravar o seu nome e o nome do seu amor na parede das catacumbas (14ème)
33. Jogar cartas e tomar champagne no convés de um Bateau-Mouche para apreciar as luzes da cidade
34. Combinar um encontro, ao menos uma vez, à de Notre-Dame, na fontaine Saint-Michel ou nos degraus das escadarias da Opéra Garnier
35. Beber algo no Bourbon, atrás da Assemblée Nationale (7ème), ao por do sol
36. Passear no Père Lachaise (20ème) e visitar os túmulos de Jim Morrison e de Oscar Wilde
37. Descer aos Esgotos de Paris (7ème) e sentir seu odor
38. Correr nas Tuileries (1er) ao amanhecer
39. Dar voltas em torno da Place des Vosges, tentando descobrir onde fica o apartamento de Jack Lang, de Maître Binoche e o de DSK
40. Ir até o parque de Bartabas em Aubervilliers
41. Fazer parte de um dos passeios em patins por Paris
42. Vagar pela cidade durante a Nuit Blanche
43. Comprar um passe de Vélib
44. Pegar as escadas rolantes do Beaubourg (4ème)
45. Admirar as vitrines de Natal dos grands magasins
46. Ter procurado o Café des Deux Moulins, na Rue Lepic (18ème), pensando na Amelie Poulain
47. Se perder na estação de Chatelet-Les Halles (1er)
48. Andar pela Rue St. Honoré (1er) e ver suas vitrines sem gastar um centavo
49. Ser confundida com Shirley MacLaine em Irma la Douce (de Billy Wilder) ao passar pela Rue Casanova (1er)
50. Perder a baldeação na estação Michel-Ange-Molitor e ter que fazer meia volta por nada pela linha 10 do Metrô
51. Assistir ao desfile em 14 de julho nos Champs-Elysees (8ème)
52. Brincar com um barco de controle remoto nos lagos dos Jardins du Luxembourg (6ème) ou des Tuileries (1er)
53. Ver os velhos crocodilos no Palais de la Porte Dorée (12ème)
54. Conseguir acabar de ler um livro em uma das cadeiras verdes (se disponível) no Jardin du Luxembourg (6ème)
55. Conseguir uma entrada para uma soirée de Almodóvar ou de Lynch no Champollion (5ème) ou para uma jornada de Star Wars no Grand Rex (2ème)
56. Insultar todos os táxis que passam ocupados
57. Ir um uma caserna dos bombeiros para dançar em um Bal de Pompiers, na noite de 14 de julho
58. Esperar a Tour Eiffel piscar no restaurante do Théâtre de Chaillot (16ème), durante o intervalo
59. Tomar uma bebida no Canal Saint-Martin (10ème), entre duas partidas pétanque
60. Dançar ao som de DJ no Batofar, Quai François Mauriac / Port de la Gare (13ème)
61. Dançar nos clássicos salões do Maxim's (8ème) nas sextas-feiras das soirées Belle Époque
62. Apostar em uma corrida de trote no Hippodrome Paris-Vincennes (12ème), em uma noite de inverno
63. Ser barrado no Chez Castel (6ème)
64. Caminhar para casa, de manhã cedo, por falta de ônibus e metrô
65. Esperar o nascer do sol nos degraus das escadarias de Sacré-Cœur (18ème)
66. Frequentar um curso no Collège de France (5ème)
67. Ir numa vernissage da Galerie Kamel Mennour (6ème) para encontrar o artista em pessoa, como Claude Lévêque ou mesmo Daniel Buren
68. Assistir à uma ópera na Opéra Bastille (12ème)
69. Ir ao Louvre (1er), mesmo que seja apenas para sorrir para a Mona Lisa e permanecer na sala dos Rubens
70. Ver Podalydès atuar no Comédie-Française (1er)
71. Passear pelas prateleiras das livrarias La Hune (6éme) ou L'Ecume des Pages (6ème)
72. Ir no Orsay para admirar “Nuit Étoilée” de Van Gogh (7ème)
73. Entrar no atelier de Delacroix na Place de Furstenberg (6ème)
74. Tentar entrar no Château des Brouillards em Montmartre (18ème)
75. Conhecer a Porte de l'Enfer nos jardins do Musée Rodin (7ème)
76. Ter compreendido a Batalha de Austerlitz nos Invalides (7ème)
77. Entrar no metrô pela saída Guimard na Porte Dauphine (16ème) ou pela Othoniel na Place du Palais-Royal (1er)
78. Ter andado entre girafas e elefantes na Galerie de l'Évolution do Musée d'Histoire Naturelle (5ème)
79. Assistir a uma comédia musical no Théâtre du Châtelet (1er)
80. Ter visto no Théâtre des Champs Elysées (8ème) Filarmônica de Viena ou de Berlim
81. Entrar cofres do Banque de France, durante as Jornadas do Patrimônio
82. Levar seus filhos no mais antigo teatro de marionetes de Paris, no rond-point do Champs-Élysées (8ème)
83. Se permitir um domingo de compras na Rue des Francs-Bourgeois (4ème)
84. Comprar um disco de vinil na Crocodisc (5ème)
85. Entrar no Herboristerie do Palais-Royal (Ier) e fazer muitas perguntas
86. Receber o seu chefe numa camisa Charvet (Ier), uma referência da camisaria sob-medida
87. Sair da Colette (1er) com um montão de coisas desnecessárias
88. Querer comprar um filhote de cachorro na animalerie do Quai de la Mégisserie (1er)
89. Assistir a uma missa ortodoxa na Rue Daru (8ème)
90. Dar lances (mas não muitos) na Casa de Leilões Drouot (9ème)
91. Ter tempo para si mesmo no spa do Le Meurice (1er) ou do Plaza Athénée (8ème)
92. Pagar 90 centavos de Euro por um “œuf mayo” no Voltaire (7ème)
93. Ter andado na calçada do Palais de l'Élysée (8ème) e ter sido advertido pela Gendarmerie
94. Encontrar ao menos um motorista de táxi amigável
95. Tomar uma bebida no segundo andar do Le Germain e ver o busto amarelo de Sophie, do escultor Xavier Veilhan
96. Assistir ao ballet da Ópera de Paris e fazer sua reverência "em arco"
97. Confundir as colunas Buren por estátuas, no Palais Royal
98. Experimentar o cabelo subir na cabeça, na sala de eletrostática doPalais de la Découverte (8ème)
99. Escolher e experimentar guitarras nas lojas da Rue de Douai (9ème)
100. Passar ao menos um mês de agosto em Paris
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
Os maravilhosos Château Mouton Rothschild
Como sempre faço ao escrever sobre vinhos, deixo claro que não tenho a ousadia de competir com meu amigo e colega de sítio (como a Ana Ramalho chama aqui seu “site”) Reinaldo Paes Barreto – ele sim um grand connaisseur de vinhos e afins – mas de qualquer forma arrisco aqui a sua descrição: o Château Mouton Rothschild fica na Região de Médoc, na cidade de Pauillac e produz um dos melhores Bordeaux e é classificado como um "Premier Grand Cru Classé", a mesma e rara distinção dos Châteaux Margaux, Latour, Lafite Rothschild e Haut-Brion.
E, para completar, resolvi falar sobre os seus rótulos e não sobre o vinho em si, já que além de ser um excelente vinho, o Château Mouton Rothschild é particularmente famoso pelos seus maravilhosos, belos e diferentes rótulos.
Tudo começou quando, em 1945, o Baron Philippe de Rothschild decidiu comemorar a vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial e aí mandou decorar o Mouton Rothschild com um "V" (de vitória) desenhado por Philippe Jullian.
Depois, entre 1946 e 1954, o Baron usou vários pintores ou ainda cartunistas para criar os rótulos até que, a partir de 1955 passaram a ser criados por artistas de renome internacional e que não eram pagos por este trabalho: recebiam em troca vinhos de duas diferentes safras, incluindo aquela para qual eles tenham criado e uma outra de sua escolha.
Entre os astistas que criaram seus famosos rótulos estão Chagall, Miró, Picasso, Braque, Dali, Dufour, Henry Moore, Kandinsky, Andy Warhol, Balthus, entre outros e há também exceções ou características especiais, como:
- o rótulo de 1953 que celebra o centenário da aquisição do Château
- o rótulo de 1973 que homenageia Pablo Picasso, morto naquele ano
- os dois rótulos de 1978 pois não houve acordo sobre o qual seria o mais bonito
- o escândalo do rótulo de 1993 que usava um trabalho de Balthus sobre uma garota nua e que não foi aceito nos EUA, para onde foi impressa uma série limitada sem o desenho
- o rótulo do milênio, em 2000, é uma serigrafia de um carneiro, o emblema do Château
- o rótulo de 2003, que faz uma homenagem ao Baron Nathaniel de Rothschild, com sua foto
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Os melhores bares e clubes gays de Paris
O Marais tem bares e clubes adorados pelos gays franceses e também por estrangeiros que visitam a cidade e, com certeza, quem está com viagem marcada ou pensa em ir em breve a capital francesa, não pode deixar de passar por lá. Veja abaixo uma seleção de endereços do mais conhecido bairro gay de Paris e que você não pode deixar de conhecer.
Souffleurs
Bar na linha inferninho, o Souffleurs é pequeno e frequentado por gays, lésbicas e pela comunidade artística. O som varia entre o eletrônico experimental e o rock clássico é ideal para conhecer gente diferente e tomar cerveja. A entrada não é paga e abre todos os dias das 18h00 até às 02h00 da manhã.
7, Rue de la Verrerie
4ème arrondissement
Telefone: 09 64 21 81 33
www.les-souffleurs.com
Duplex
Um dos mais antigos bares gays da cidade, o Duplex é aquele lugar que todo mundo passa em algum momento da noite. Um dos poucos espaços que fica aberto até às 04h00 da manhã aos finais de semana - e até às 02h00 durante a semana. Sempre cheio e ótimo para conhecer gente bonita.
25, Rue Michel Le Comte
3ème arrondissement
Telefone: 01 42 72 80 86
www.duplex-bar.com
Café Cox
Ao mesmo tempo bar e balada, o lugar é dedicado aos ‘muscle bears’, os ‘ursos’ que adoram passar horas na academia. Na faixa dos 30 anos, o público fetichista do lugar é adepto do figurino de couro e látex. As motos congestionam a entrada da casa. Em algumas noites, os descamisados dominam a pista. Aberto até às 02h00 da manhã.
15, Rue des Archives
4ème arrondissement
Telefone: 01 42 72 08 00
www.cox.fr
Bears’den Paris
Como no Café Cox, os "ursos" também tomam conta dessa casa, mas aqui eles estão na faixa acima dos 40 anos e a animação dos frequentadores já ficou famosa em Paris. Funciona até às 05h00 da manhã.
6, Rue des Lombards
4ème arrondissement
Telefone: 01 42 71 08 20
www.bearsden.fr
Raidd Bar
A grande atração do Raidd Bar são as apresentações de go-go boys tomando banho de sunga em aquários espalhados pelo espaço. São dois andares e duas pistas que tocam pop, eletrônico e disco divas. Na casa, também rola shows de sexo ao vivo, vale checar a programação para não ser pego de surpresa. Fica aberta até 04h00 ou 05h00 da manhã, dependendo do dia.
23, Rue de Temple
4ème arrondissement
Telefone: 01 53 01 00 00
www.raiddbar.com
Raidd Bar
A grande atração do Raidd Bar são as apresentações de go-go boys tomando banho de sunga em aquários espalhados pelo espaço. São dois andares e duas pistas que tocam pop, eletrônico e disco divas. Na casa, também rola shows de sexo ao vivo, vale checar a programação para não ser pego de surpresa. Fica aberta até 04h00 ou 05h00 da manhã, dependendo do dia.
23, Rue de Temple
4ème arrondissement
Telefone: 01 53 01 00 00
www.raiddbar.com
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